No ano de 2003, o africano Vagner
Bigajó(foto) se inscreveu no programa de cooperação educacional do
governo brasileiro com países da África e América Latina (PEC-G),
e pretendia cursar Ciências Sociais e voltar com mais qualificação
para o seu país.
Acontece que o filho da Guiné
Bissau foi estreitando laços com a instituição que o acolheu e
agora ele faz parte do quadro de docentes da Ufal.
Vagner Bigajó foi aprovado no
concurso público para professor substituto do campus Arapiraca,
realizado no dia 6 de fevereiro deste ano, e foi empossado
recentemente para ministrar a disciplina “Sociedade, natureza e
desenvolvimento”, no tronco inicial da área de humanas. “Fui
muito bem recebido pela comunidade acadêmica e estou feliz com a
oportunidade de retribuir as oportunidades que a Ufal me
proporcionou, compartilhando conhecimentos com os alunos”,
comemorou o novo professor.
Embaixador dos estudantes
estrangeiros
Durante todo o período de sua
graduação em Ciências Sociais, Bigajó participou ativamente da
vida acadêmica e do movimento estudantil. Foi bolsista de iniciação
científica, representante do centro acadêmico e era considerado o
embaixador dos estudantes estrangeiros da Ufal, sempre debatendo com
representantes do MEC e da universidade sobre como melhorar as
condições de moradia e estudo dos que vieram de outros países.
Para aprofundar as questões
relacionadas a presença de estudantes estrangeiros na Ufal, Bigajó
decidiu abordar o PEC-G como tema da monografia. “Procurei levantar
as principais dificuldades dos estudantes de outros países que
cursavam a Ufal. Em relação aos africanos, a maior preocupação
era mesmo a financeira. Não havia uma bolsa para contribuir com a
permanências destes estudantes. A maioria se mantinha com a ajuda
dos familiares. Mas como a situação econômica de alguns países
africanos é bastante instável, eles acabavam atravessando
dificuldades”, relatou Vagner.
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