segunda-feira, 30 de abril de 2012

Africano torna-se professor da UFAL - Campus Arapiraca


No ano de 2003, o africano Vagner Bigajó(foto) se inscreveu no programa de cooperação educacional do governo brasileiro com países da África e América Latina (PEC-G), e pretendia cursar Ciências Sociais e voltar com mais qualificação para o seu país.
Acontece que o filho da Guiné Bissau foi estreitando laços com a instituição que o acolheu e agora ele faz parte do quadro de docentes da Ufal.
Vagner Bigajó foi aprovado no concurso público para professor substituto do campus Arapiraca, realizado no dia 6 de fevereiro deste ano, e foi empossado recentemente para ministrar a disciplina “Sociedade, natureza e desenvolvimento”, no tronco inicial da área de humanas. “Fui muito bem recebido pela comunidade acadêmica e estou feliz com a oportunidade de retribuir as oportunidades que a Ufal me proporcionou, compartilhando conhecimentos com os alunos”, comemorou o novo professor.
Embaixador dos estudantes estrangeiros
Durante todo o período de sua graduação em Ciências Sociais, Bigajó participou ativamente da vida acadêmica e do movimento estudantil. Foi bolsista de iniciação científica, representante do centro acadêmico e era considerado o embaixador dos estudantes estrangeiros da Ufal, sempre debatendo com representantes do MEC e da universidade sobre como melhorar as condições de moradia e estudo dos que vieram de outros países.
Para aprofundar as questões relacionadas a presença de estudantes estrangeiros na Ufal, Bigajó decidiu abordar o PEC-G como tema da monografia. “Procurei levantar as principais dificuldades dos estudantes de outros países que cursavam a Ufal. Em relação aos africanos, a maior preocupação era mesmo a financeira. Não havia uma bolsa para contribuir com a permanências destes estudantes. A maioria se mantinha com a ajuda dos familiares. Mas como a situação econômica de alguns países africanos é bastante instável, eles acabavam atravessando dificuldades”, relatou Vagner.

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