sexta-feira, 20 de abril de 2012

HOJE, DIA DO DISCO DE VINIL !


Vinil chega a custar até R$ 1 mil

Criado no ano de 1948, o disco de vinil marcou gerações que acompanharam o crescimento e apogeu da indústria fonográfica, que atualmente vive momentos de crise. Hoje, após 64 anos do lançamento do percussor The Voice of Frank Sinatra, colecionadores e amantes dos famosos bolachões continuam a perpetuar o que para muitos se tornou uma tradição.

O dia 20 de abril marca uma data comemorativa pouco lembrada no Brasil, o Dia do Disco. A data foi escolhida por ser o aniversário de morte do cantor e compositor brasileiro Ataulfo Alves. Atualmente, os discos fazem parte apenas do cotidiano de colecionadores, pois já não são vendidos em grandes lojas há mais de 15 anos.

O vendedor "Chico dos discos", de 73 anos de idade, dedicou mais da metade da sua vida à venda dos vinis. Além de comercializar o Long Play (abreviatura LP) há 36 anos nas ruas do centro de Maceió, ele é um verdadeiro amante do som produzido pelo disco. "Um dos meus primeiros vinis foi do Agnaldo Timóteo. Desde então, não parei de colecionar. Pra mim, nada se compara ao chiado original do som que só um disco tem, pois no CD a gente não escuta essas coisas", disse.

Na Rua do Sol, onde "Chico dos discos" comercializa seus LP's, é possível encontrar exemplares que custam de R$0,50 a R$1.000. Para ele, o que torna um vinil mais caro é a dificuldade de encontrá-lo no mercado. "Eu vendi o primeiro disco de Roberto Carlos por R$1.000. As pessoas estão dispostas a pagar por aquilo que é raridade" afirmou. O comércio do senhor Chico já virou ponto de referência para quem está à procura dos discos. "Eu vendo em média 20 discos por dia", completou.
Novos adeptos
O prazer de colecionar vinis atinge pessoas de todas as idades. O estudante Nicolas Serafin começou sua coleção há três meses e já tem mais de 30 discos. Inicialmente, a intenção do jovem era adquirir exemplares que ainda não foram lançados nas novas mídias. "Comprei o disco do Moraes Moreira a Zé Ramalho e não tenho a intenção de parar. Além de custar barato, é uma sensação única a de se ter um LP nas mãos. Diferentemente do MP3, ali está contida toda a história de uma época", afirmou.

Na opinião do maestro e produtor musical Almir Medeiros, o som das mídias digitais ainda é o mais limpo e próximo à realidade. Apesar disso, ele acredita que o prazer de se colecionar discos pode estar mais atrelado às tradicionais capas e conteúdos que cada um carrega consigo, além do som peculiar de chiado produzido pelo atrito da agulha com o plástico.
 
Fonte: http://mais.al/geral/

 

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