Eduardo Cunha foi-se. Não há
mais cumplicidade do PSDB, não há mais pedido de impeachment, não há nada mais
que possa salvar Eduardo Cunha.
Ele sempre foi uma
abjeção, mas agora é só um molambo. Vai ter sua vida familiar, com seus
gastos pagos com cartões suíços, esquadrinhada e execrada nas manchetes.
Os detalhes
sórdidos se sucederão, um pior que o outro. Infelizmente, os dele, só os
dele.
Porque Eduardo
Cunha não chegou onde chegou sozinho. Comprou apoios e os revendeu a muita
e variada gente. É o escroque profissional, do tipo que pulula em
Brasília.
Do tipo que todo
mundo sabe que é, mas não tem jeito de se livrar numa política movida a
dinheiro, que ele insiste em eternizar, enfiando até na Constituição o
financiamento empresarial.
Cunha era o
ponta-de-lança do impeachment e só por isso ganhava o “benefício da dúvida” do
tucanato. Agora, nem este mais.
Eduardo Cunha não
tem condições de fazer acordo com quer que seja. Tornou-se um zumbi. Só o
que pode fazer é contaminar.
Brasília inteira
sabe disso e não foi outra a razão que levou a maioria do PMDB a desembarcar de
sua canoa.
Antes do PSDB, que
comprou as “ações do Cunha” na alta e vai ter de vende-las na baixa.
Faro pior, só mesmo
o de Veja, que dá capa para a “queda” da presidenta. Deveria,
por jornalístico, ter dado para a queda, sem aspas, do presidente da
Câmara. Que não chega vivo politicamente ao final da semana.
O governo volta a
ter maioria na Câmara, se não fizer besteira. Deixe Cunha afundar sozinho
e jogue boias para os náufragos de seu barco.
Quem vai ganhar o
abraço do afogado de Cunha é o PSDB, que o mimava.
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