segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Ministro Levy FICA ! ! !


A presidenta Dilma Rousseff afirmou neste domingo (18) que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, permanece no governo, e defendeu que a aprovação da CPMF, que está sob análise no Congresso, é crucial para que o Brasil volte a crescer. Em entrevista coletiva em Estocolmo, na Suécia, a presidenta informou a jornalistas que o assunto de sua reunião com Levy na sexta-feira, no Palácio do Planalto, foram os próximos passos a serem adotados para que o governo consiga aprovar as medidas econômicas pendentes para que o Brasil consiga alcançar o equilíbrio fiscal.
“O ministro Levy fica. Nem se tocou nesse assunto”, disse, em referência às especulações de que o ministro deixaria o cargo. Dilma sustentou respeitar opiniões diferentes, mas reafirmou o respaldo do governo a Levy.
Dilma afirmou que terá frequentes reuniões com Levy para tratar da aprovação de importantes medidas para o país junto ao Congresso, dentre elas, a CPMF. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
Dilma afirmou que terá frequentes reuniões com Levy para tratar da aprovação de importantes medidas para o país junto ao Congresso, dentre elas, a CPMF. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
“Se ele fica, é porque concordamos com a política econômica dele”, afirmou a presidenta. “Não tinha nenhuma insatisfação dele. Eu não sei como é que saem essas informações, elas são muito danosas”.
A presidenta relatou que, juntamente com o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, e com o do Planejamento, Nelson Barbosa, discutiu-se a estratégia para que o governo consiga aprovar a CPMF, a DRU (que permite o governo gastar livremente parte do Orçamento) e outras medidas provisórias que integram o ajuste fiscal.
Dilma anotou que a aprovação da CPMF pelo Congresso Nacional não é um desejo do governo, e sim uma medida necessária para que o país tenha “um ano de 2016 estável do ponto de vista do reequilíbrio das finanças”.
“A CPMF é crucial para o País”, enfatizou. “Não estamos aumentando impostos porque queremos, estamos aumentando impostos porque precisamos. A questão da CPMF é a melhoria macroeconômica do País. Pode ser que nesse momento algumas pessoas não entendam, mas certamente entenderão quando os efeitos que essa medida produzir aparecerem”.
A presidenta avaliou que, “sem a CPMF é muito difícil” que o País alcance o reequilíbrio fiscal e volte a crescer. “É um grau de dificuldade máximo. Nós precisamos estabilizar as contas públicas para que o país volte a crescer, para que se perceba que o Brasil tem uma solidez fiscal”.
Retomada do crescimento econômicoRespondendo sobre medidas para a retomada do crescimento econômico, a presidenta lembrou que o governo vem tomando medidas para reduzir os gastos públicos. Além disso, destacou a redefinição dos preços relativos, que permitirá uma queda sistemática da inflação no curto e médio prazo.
Simultaneamente, o governo também criou o Plano de Nacional de Exportações que, combinado com a alta do dólar, permitiu a reversão positiva da balança comercial brasileira.
“Saímos de um déficit de US$ 4 bilhões e acreditamos que chegaremos a um superávit em torno de US$ 16 bilhões. Isso significará que as exportações vão dar sua contribuição. Não é só por causa do câmbio, também estamos fazendo toda uma política de comércio exterior no sentido de garantir acordos comerciais, como é esse que pretendemos fazer com a União Europeia”.
Dilma destacou também a contribuição dos investimentos do Plano de Investimentos em Logística, com concessões nas áreas de rodovias, ferrovias, portos e aeroportos e na área também de energia elétrica.
Diálogo e pazDilma afirmou que o Brasil tem de buscar “sistematicamente um ambiente de entendimento, de diálogo e paz” na política, e “alcançar uma estabilidade política baseada em uma visão de que interesses partidários e pessoais têm de ser colocados abaixo dos interesses do País”.
Ela afirmou que a crise política que o Brasil atravessa “é um componente da crise econômica”, e disse que “é óbvio que a crise política amplia as condições de bloqueio para sair da crise econômica”, mas declarou que as duas são igualmente importantes de serem resolvidas.
A presidenta refutou as especulações de que teria feito qualquer tipo de acordo político com o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha.
“Acho fantástica essa conversa de que o governo está fazendo acordo com quem quer que seja. Até porque o acordo do Eduardo Cunha não era com o governo, era com a oposição, e é público e notório”, afirmou. “Acho estranho atribuírem ao governo qualquer tipo de acordo que não seja para passar no Congresso a CPMF, a DRU, as MPs”.
Dilma disse ainda, quanto à decisão do Supremo Tribunal Federal sobre o rito de processos de impeachment na Câmara, que “não tenho como me manifestar sobre qualquer questão que ocorre no Legislativo, nem tampouco no Judiciário”.
Questionada se não causava constrangimento ao governo brasileiro a repercussão internacional do caso Eduardo Cunha, ainda que se trate de outro Poder, a presidenta respondeu que “seria estranho se causasse”. “Ele não integra o meu governo”.
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