Estou com a alma tomada da
mais profunda gratidão e alegria.
Quero transformar, mais uma
vez, este sentimento em compromisso - e também em convocação.
Por isso, digo:
É hora de seguir em frente,
companheiras!
É hora de fazer mais mudanças,
companheiros!
É hora de construir mais
futuro, queridos militantes e queridas militantes!
É hora de ampliarmos a
extraordinária transformação pacífica que estamos fazendo há mais de uma
década!
Quatro anos atrás, eu disse em
uma convenção igual a esta:
"Lula mudou o Brasil e o
Brasil quer continuar mudando. A continuidade que o Brasil deseja é a
continuidade da mudança."
No meu discurso de posse, eu
disse:
“Temos um desafio enorme
porque o país é outro, porque mudou de patamar, e todo povo que muda de patamar
quer mais e melhor. Não quer e não pode retroceder”.
Hoje, estas palavras continuam
bem atuais.
Elas demonstram visão
estratégica e trazem uma forte sensação de dever cumprido.
O Brasil quer seguir mudando
pelas mãos dos que já provaram capacidade de transformar profundamente o País e
melhorar a vida de nosso povo.
Nós - o PT e os partidos
aliados - tivemos competência de implantar, nos últimos 11 anos, o mais amplo e
vigoroso processo de mudança da história do país.
Que, pela primeira vez,
colocou o povo como protagonista;
Que retirou 36 milhões de
brasileiros da miséria;
Que levou 42 milhões para a
classe média;
Que fez, em pouco mais de uma
década, a maior redução da desigualdade social de nossa história.
E isso não pode parar.
Companheiros
e companheiras,
Quero conversar com vocês
sobre as grandes batalhas que vamos enfrentar.
Se na eleição do presidente
Lula a esperança venceu o medo, nessa eleição a verdade deve vencer a mentira e
a desinformação; o nosso projeto de futuro deve vencer aqueles cuja proposta é
retornar ao passado.
Presidente Lula: quando há 12
anos, você assumiu a presidência, o Brasil era um.
Quando a deixou, o Brasil era
outro, completamente diferente e muito melhor. De fato, a esperança tinha, em
definitivo, vencido o medo.
Quando eu assumi o governo, o
mundo era um. Pouco tempo depois, o mundo era outro.
A verdade é que a crise
econômica e financeira internacional ameaçou não apenas a estabilidade das
maiores economias do mundo, mas boa parte do sistema político e econômico
mundiais, ao aumentar o desemprego, abolir direitos e semear a
desesperança.
Porém, o Brasil, dessa vez não
se rendeu, não se abateu, nem se ajoelhou!
O Brasil soube defender, como
poucos, o mais importante: o emprego e o salário do trabalhador – e foi o País
que melhor venceu esta batalha!
Antes dos nossos governos, o
Brasil se defendia das crises arrochando os salários dos trabalhadores,
aumentando as taxas de juros a níveis estratosféricos, aumentando o desemprego,
diminuindo o crescimento, vendendo patrimônio público.
Com essa política desastrosa
alienavam o futuro do País!
A partir de nós, não.
Pela primeira vez em nossa
história, o trabalhador não pagou o preço da crise.
Enquanto, no resto do mundo, a
crise devorou, desde 2008, 60 milhões de empregos, aqui foram criados 11
milhões de postos de trabalho com carteira assinada.
Mantivemos a política de
valorização do salário mínimo e reajustamos o benefício do Bolsa Família sempre
acima da inflação.
Fomos o país que mais venceu a
luta contra a miséria.
O que consolidou o maior
programa de habitação popular e o que está realizando algumas das maiores obras
de infraestrutura do mundo.
O País que, fortalecendo a
Petrobras, descobriu o pré-sal e criou o modelo de partilha.
Este novo Brasil conseguiu
implantar o maior programa de educação profissional de nossa história.
Conseguiu ampliar as
oportunidades para as mulheres, os jovens e os negros;
Levar Mais médicos a 3.800
municípios;
Melhorar a qualidade do ensino
em todos os níveis;
E acelerar os avanços de nossa
infraestrutura econômica e social.
Conseguimos fazer isto porque
nunca esquecemos os nossos compromissos mais profundos.
Sempre que as dificuldades
aumentavam e o governo recebia pressões de todos os lados, eu repetia para mim
mesma:
Eu não fui eleita para trair a
confiança do meu povo, nem para arrochar salário de trabalhador!
Eu não fui eleita para vender
patrimônio público, mendigar dinheiro ao FMI, e colocar, de novo, o país de
joelhos, como fizeram!
Eu fui eleita, sim, para
governar de pé e com a cabeça erguida!
Companheiras
e Companheiros,
Fizemos muito, mas precisamos
fazer muito mais, porque as necessidades do povo ainda são grandes.
Por mais que a nossa década
tenha vencido o legado perverso das décadas perdidas que herdamos, ela não
poderia ter resolvido problemas que se arrastam há séculos.
O povo quer mais e melhor - e
nós também.
Temos, agora, uma oportunidade
rara na história: criamos as condições para defender os grandes resultados de
um ciclo extraordinário e, ao mesmo tempo, temos força para anunciar o
nascimento de um novo ciclo de desenvolvimento.
Este novo ciclo manterá os
dois pilares básicos do nosso modelo - a solidez econômica e a amplitude das
políticas sociais - e trará avanços ainda maiores na melhoria da
infra-estrutura e dos serviços públicos, na qualidade do emprego, no
desenvolvimento tecnológico e no aumento da produtividade da nossa economia.
Este novo ciclo fará o
ingresso decisivo do Brasil na sociedade do conhecimento, cujo pilar básico é
uma transformação na qualidade da educação.
E não adianta ficar dando
voltas: a transformação da educação só se consolida com a valorização plena e
real do professor - com melhores salários e melhor formação.
Já começamos a fazer isso e
vamos acelerar muito mais quando ingressarem os 75% dos royalties do petróleo e
os 50% do excedente em óleo do pré-sal. Todos destinados à educação.
Companheiros
e companheiras,
Nos últimos onze anos, o país
testemunhou o maior crescimento do emprego, a maior valorização do salário e a
maior distribuição de renda da sua história.
O salário do trabalhador cresceu
70% acima da inflação e geramos mais de 20 milhões de novos empregos com
carteira assinada.
Foi também o mais longo
período de inflação baixa da história brasileira.
No novo ciclo que vamos
construir é necessário consolidar e aprofundar ainda mais estas conquistas.
Um avanço decisivo será
melhorar a qualidade do emprego.
Isso pressupõe melhor ensino
técnico e formação profissional, inovação e desenvolvimento tecnológico. A
conseqüência será um forte aumento da produtividade da nossa economia
Para melhorar a formação
profissional dos brasileiros, implantei o Pronatec: o maior programa de ensino
técnico e qualificação de nossa história.
Demos, também, continuidade a
obra extraordinária de Lula, consolidando o Enem, ampliando o Prouni e o Fies,
criando novas universidades e escolas técnicas.
Implantei a política de quotas
para as escolas públicas e o Ciência sem Fronteiras, o maior programa de bolsas
de estudos no exterior de nossa história.
O Pronatec já tem 7,4 milhões
de matrículas.
Um feito e tanto que não vai
parar por aí!
Na quarta-feira passada,
lançamos o Pronatec-2 que, a partir de 2015, vai ampliar para 12 milhões estas
vagas, distribuídas em 220 cursos técnicos e 646 cursos de qualificação, todos
gratuitos.
Em 2018, teremos formado 20
milhões de brasileiros e brasileiras.
Companheiros
e companheiras,
São tão amplos os desafios, as
propostas e as tarefas que temos, que é mais apropriado chamar o que nos
propomos construir de "novo ciclo histórico" - e não apenas de
"novo ciclo de desenvolvimento" -, o que nos propomos construir,
junto com o povo brasileiro.
Este ciclo pressupõe uma
transformação educacional, uma revolução tecnológica e uma revolução no acesso
digital. E, ao mesmo tempo, uma reforma dos serviços públicos, uma reforma
urbana, uma reforma política e uma reforma federativa.
Este novo ciclo histórico já
está sendo gestado, em parte, pelos programas e projetos que estão em
andamento, como o PAC, o Minha Casa, Minha Vida, o Pronatec, o Ciência sem
Fronteira e os grandes investimentos em infraestrutura.
O Minha Casa, Minha Vida é, na
verdade, um vigoroso pilar do grande plano de reforma urbana que já começamos a
implantar.
Como também o são os vultosos
projetos de mobilidade em execução nas principais cidades brasileiras, que
somam recursos de 143 bilhões de reais.
Junto com todos os
investimentos em saneamento básico e acesso ao abastecimento de água.
Durante a campanha, teremos
condições de debater e aprofundar, com a sociedade brasileira, o Plano de
Transformação Nacional, e todo seu conjunto de reformas que produzirá um novo
salto de desenvolvimento para o Brasil.
Uma peça importante do plano é
o programa Brasil Sem Burocracia. Nenhum país do mundo acedeu ao
desenvolvimento sem romper as amarras da burocracia.
Para avançarmos, é necessário
tornar o Estado brasileiro, não um estado mínimo, mas um Estado eficiente,
transparente e moderno.
Outro programa decisivo é o
Banda Larga para Todos, com o qual vamos promover a universalização do acesso
de todos os brasileiros a um serviço de internet barato, rápido e seguro.
O programa pressupõe tanto a
expansão da infra-estrutura de fibras óticas e equipamentos de última geração,
como o uso da Internet como ferramenta de educação, lazer e instrumento de
participação popular, em especial nas decisões do governo.
A reforma urbana que
imaginamos engloba não apenas a rediscussão do uso do espaço urbano - e a
melhoria da oferta da casa própria e do saneamento básico - mas também
transformações decisivas na mobilidade, no transporte público e na segurança.
Já a reforma dos serviços
públicos dará uma atenção especial à melhoria da qualidade da saúde.
Fizemos o Samu, as Upas, os
medicamentos gratuitos do Aqui Tem Farmácia Popular, a Rede Cegonha e o Mais
Médicos, um programa estratégico que fortalece o SUS e, portanto, a atenção
básica de saúde .
Temos nos esforçado muito, mas
os serviços de saúde precisam sofrer, ainda, uma transformação mais profunda
para ficar a altura das necessidades dos brasileiros.
Companheiras
e companheiros,
Um Plano de Transformação
Nacional desta envergadura, só pode se concretizar com uma ampla reforma, capaz
de redefinir os papéis dos entes federados.
Não é por acaso que alguns dos
serviços públicos que apresentam mais deficiência são os que têm interface
entre os governos federal, estaduais e municipais.
É preciso reestudar e
redefinir novos papéis e novas funções para os entes federados, porque a
complexidade crescente dos nossos problemas exige esta mudança.
É importante que a redefinição
do pacto federativo integre o âmbito da grande reforma política que o Brasil
necessita.
Esta reforma é fundamental
para melhorar a qualidade da política e da gestão pública.
A transformação social
produzida por nossos governos criou as bases para a promoção de uma grande
transformação democrática e política no Brasil.
Nossa missão, agora, é dar
vida a esta transformação democrática e política, sem interromper, jamais, a
marcha da grande transformação social em curso.
Não vejo outro caminho para
concretizar a reforma política do que a participação popular, mobilizando todos
os setores da sociedade por meio de um Plebiscito.
Companheiros
e companheiras,
Nosso Plano de Transformação
Nacional será a ampliação do grande conjunto de mudanças que estamos
realizando, junto com o povo brasileiro.
Significa mais oportunidades
para os brasileiros no nosso território e mais oportunidades para o Brasil no
mundo.
Oportunidade tem sido nossa
palavra-chave.
Antes do PT e dos partidos
aliados chegarem ao poder, as oportunidades para um brasileiro subir e crescer
na vida eram poucas, quase nulas.
Hoje são muitas!
Vamos continuar transformando
o Brasil em um país de oportunidades para todos, em especial para os grupos
majoritários historicamente marginalizados: as mulheres, os negros e os
jovens.
Como mulher - e primeira
presidenta - sei que a igualdade de oportunidades para homens e mulheres é um
princípio essencial da democracia e um poderoso estímulo ao progresso de uma
nação.
Sei, que nesta tarefa de
continuar mudando o Brasil, conto com o apoio insuperável desta combativa
militância do PT, e de todos os nossos partidos aliados.
É uma sorte e um privilégio
contar com vocês!
É uma sorte e um privilégio
ter um vice da estatura de Michel Temer - um estadista e um companheiro de
todas as horas.
Sou, hoje, uma governante
ainda mais madura e disposta a enfrentar desafios.
Pronta para ouvir e propor
novas idéias.
Tive o desafio de suceder uma
lenda viva.
Um gigante que em muitas áreas
fez mais, em 8 anos, do que outros governos em 80.
Eu preciso de mais quatro anos
para poder completar uma obra à altura dos sonhos e desafios do Brasil.
Para fazer isso, preciso do
apoio dos brasileiros e, especialmente, desta grande militância.
Precisamos ir às ruas explicar
o que fizemos e o que podemos fazer.
Precisamos ter uma conversa
toda especial com os mais jovens, pois eles não puderam testemunhar todo
processo de transformação que o Brasil passou nos últimos onze anos.
A campanha é para isso: para
lembrar o passado e, antes de tudo, explicar o futuro.
Mas a nossa campanha tem que
ser uma festa de paz.
Eu nunca fiz política com
ódio.
Mesmo quando tentaram me
destruir física e emocionalmente, por meio de violências físicas indizíveis, eu
continuei amando o meu país e nunca guardei ódio dos meus algozes. Por isso
vencemos a luta pela democracia.
Eu sou como o povo brasileiro.
Não tenho rancor, mas não
abaixo a cabeça. Não insulto, mas não me dobro. Não agrido, mas não fico de
joelhos para ninguém.
Não perco meu tempo odiando
meus adversários porque tenho um país para governar, um povo para representar,
um modelo de emancipação popular para executar e proteger dos que tentam
bloqueá-lo.
A nossa campanha precisa ser,
antes de tudo, uma festa de alto astral.
Abaixo a mediocridade! Abaixo
o pessimismo e o baixo astral!
As grandes vitórias
brasileiras são construídas com o fermento da alegria e do otimismo.
Vejam como a Copa está dando
uma goleada descomunal nos pessimistas.
Sonhemos, companheiras e
companheiros!
Sonhemos sonhos heróicos e sem
limites.
Antes de tudo, amemos o Brasil
e nossos compatriotas, com toda a força do coração.
Não deixemos o ódio prosperar
em nossas almas.
Recolhamos as pedras que
atiram contra nós e as transformemos em tijolos para fazer mais casas do Minha
Casa, Minha Vida.
Recolhamos os panfletos
apócrifos, com falsas denúncias, e os transformemos em cartilhas e material
pedagógico para assegurar educação de qualidade para nosso povo.
Recolhamos os impropérios e as
grosserias e os transformemos em versos de canções de esperança no futuro do
Brasil.
Com a força do povo,
venceremos de novo. Viva o Brasil! Viva o Povo
Postado por O TERROR DO NORDESTE
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