Vanessa Sigiane da Mata
Fonseca nasceu no dia 10 de fevereiro de 1976 na cidade de Alto Garças distante
357 quilômetros de Cuiabá, capital mato-grossense. É filha de Sebastiana professora do ensino
fundamental e seu Divinor um caminhoneiro que tornou-se pecuarista da região. Possui ascendência
indígena através da avó materna, que era uma Xavantes. Ouviu de tudo na infância, de Gonzagão a Tom Jobim; de Milton Nascimento a Orlando Silva. Ouviu de tudo, de samba, música caipira e até brega italiano através das ondas Médias de uma emissora de rádio local.
Alto Garças tem esse nome pelo fato do
Rio Garças ter as suas nascentes dentro do território municipal. Alto Garças é
pioneira e principal pólo sementeiro do Estado de Mato Grosso. Dentre os
produtores sementeiros destacam-se as Sementes Adriana, Sementes Arco Íris,
Sementes São Jerônimo, Sementes São Lourenço, Sementes Girassol, dentre tantas
outras. Além de pólo sementeiro e de grande produtora de grãos, destaca-se
também pela pecuária e pela rica área florestal. A região é rica em belos rios e cachoeiras,
oportunidade de turismo, além de possuir dentro do município as nascentes dos
Rios Garças e Itiquira.
Cezalpino Mendes Teixeira
Junior, o Junior Pitucha, foi eleito prefeito pelo PR -
Partido Republicano, na Coligação “Fazendo Mais por Alto Garças”, na eleição de
2012. É filho de um dos maiores líderes políticos da história de Alto Garças, o
saudoso Cezalpino Mendes Teixeira, e de Tereza Carvalho Teixeira. A população
de Alto Garças, conforme CENSO de 2010, era de 10.321
habitantes.
Lindos
cabelos encaracolados, vestidos sempre floridos
e o sorriso largo viraram marcas registradas de Vanessa da Mata. Tamanha exuberância
talvez seja a fórmula encontrada para disfarçar sua timidez, distribuída em seu
1,80m. O jeito acanhado de menina do interior não foi um impedimento para que a
cantora se mudasse para São Paulo aos 17 anos. Virou modelo, ganhou espaço como
compositora, se descobriu cantora, e, no ano passado, revelou também o lado
escritora, com o romance “A Filha das Flores”.
Do primeiro álbum, “Essa Boneca Tem Manual”, para o mais recente, “Segue O Som”, se passou uma década. Tudo aconteceu despretensiosamente, ela garante. “Jamais imaginaria conhecer Maria Bethânia ou Chico César. Já sabia que queria cantar desde os 3 anos, era um ímpeto, uma vocação, uma necessidade de fazer com que a música fosse um ganha-pão. Mas não foi nada racional e planejado”, afirma. “Segue O Som” é uma prova, pois nasceu sem grandes pretensões, entre a excursão de um disco em homenagem a Tom Jobim, que a levou a seis capitais brasileiras, inclusive Brasília. O novo disco tem suingue. Apresenta a suavidade da MPB, riffs de guitarra e a melodia do reggae (presente na carreira da cantora desde a década de 1990, quando foi backing vocal da banda Black Uhuru). Para ela, a obra não se encaixa em gêneros predefinidos. “É um disco praiano, a cara do litoral, muito positivo”, define da Mata.
Há duas semanas, viveu um
episódio de preconceito. “Uma menina me chamou de
mulata de maneira muito agressiva. Eu poderia, e ainda posso, agir
judicialmente. Mas, ao vê-la me chamar de mulata, mesmo com um tom pejorativo,
me senti elogiada. Ela caiu do cavalo, ficou desconcertada. Queria me atacar,
mas essa palavra tem conotação positiva para mim. Não senti que ela estava me
xingando até notar, pela tom de voz dela, que era uma tentativa de insulto. No
entanto, mulata para mim é um elogio e tanto!”, desabafou Vanessa.
O CD “Segue O Som” será lançado na próxima sexta-feira, dia 25,
na cidade do Rio de Janeiro no Circo Voador, às 22hs.
Músicas:
TODA HUMANIDADE NASCEU DE UMA MULHER
SEGUE O SOM
NÃO SEI DIZER ADEUS
NINGUÉM É IGUAL A NINGUÉM (DESILUSÃO)
HOMEM INVISÍVEL NO MUNDO INVISÍVEL
HOMEM PRETO
POR ONDE ANDO TENHO VOCÊ
MY GRANDMOTHER TOLD ME (TCHU BEE DOO
BEE DOO)
DESEJOS E MEDOS
SUNSHINE ON MY SHOULDERS
REBOLA NÊGA
SE O PRESENTE NÃO TEM VOCÊ
UM SORRISO ENTRE NÓS DOIS
SEGUE O SOM (REMIX LEO BREANZA E MILLER)
Ninguém
É Igual A Ninguém (Desilusão)
Por
que houve o amor
Por
alguém que nunca o priorizou
Por
que houve profundidade
Se
ele era raso e não sentia o coração
Por
que esse amor se disse forte
Se
quem o teve nunca o quis
Nunca
se deu de verdade
E
o evitou quanto mais sentiu
O
mundo capital
O
marketing da aparência superficial
A
contramão do amor puro
O
fast-fode, o jato do alívio
Por
que esse amor se disse forte
Se
quem o teve nunca o quis
Nunca
se deu de verdade
E
o evitou quanto mais sentiu
Trágica
subida
Montanha
Russa
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