Três meses, 601 homicídios em Alagoas. Esse é o saldo macabro
registrado de janeiro a março deste ano. A média é de 200 assassinatos por mês.
Uma tragédia social. É como se, todo mês, caísse um Boeing ou afundasse um
navio lotado de passageiros alagoanos, sem sobreviventes. São números de
guerra, equiparados às principais áreas de conflito do planeta.
Para se ter uma ideia, em sete anos de guerra no Iraque,
entre 2003 e 2010, morreram 4.487 soldados americanos – uma média de 639 por
ano. É quase o que se mata em alagoas em três meses. No ano de 2013, 2.220
pessoas morreram em todo o estado, vítimas da violência. Ou seja, em apenas um
ano, Alagoas registrou metade do número de mortes que o Exército dos Estados
Unidos registrou em sete anos de conflito no Iraque.
E o governo ainda canta vitória, de galo, porque em março
deste ano o índice de homicídios caiu em 12% em relação ao ano passado. Ainda
assim, foram 189 vítimas de crimes violentes. Falando francamente, não há o que
comemorar.
Fonte: Coluna
FATOS&NOTÍCIAS, do jornal Gazeta de Alagoas de hoje (página A13)
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