domingo, 11 de dezembro de 2011

SALVE O POVO ARGENTINO! VIVA OS PORTENHOS!

Milhares comemoram nas ruas a posse de Cristina Kirchner Desde 2003, a economia argentina tem crescido em média 7% ao ano, graças em parte ao aumento dos preços do petróleo e de produtos agrícolas, como a soja. Mas o terceiro governo kirchnerista enfrenta hoje novos desafios


Milhares comemoram nas ruas a posse de Cristina Kirchner

Milhares de pessoas, militantes e membros de organizações governistas lotam neste sábado (10) as ruas de Buenos Aires em comemoração a posse do segundo mandato da presidente argentina, Cristina Kirchner. Ao prestar juramento na cerimônia de posse, Cristina quebrou o protocolo ao recordar o marido falecido e antecessor, Néstor Kirchner (2003-2007), com a frase "Que Deus, a pátria e ele me demandem", caso não cumpra as expectativas do mandato.


As imagens de Cristina e de seu falecido marido podem ser vistas em boa parte das bandeiras e cartazes dos militantes portenhos e de outras cidades argentinas. Muitas pessoas chegaram cedo também à histórica Praça de Maio, situada em frente à sede do governo, para onde Cristina foi após o ato no Parlamento para saudar as delegações estrangeiras e prestar juramento aos ministros, a maioria já remanescente do primeiro mandato.

Dezenas de policiais vigiaram as principais avenidas de Buenos Aires, por onde passaram entre sexta-feira e sábado a presidente Dilma Rousseff, o príncipe das Astúrias, Felipe de Bourbon, e os presidentes Evo Morales (Bolívia), José Mujica (Uruguai) e Fernando Lugo (Paraguai). Também é esperada a chegada dos presidentes Sebastián Piñera (Chile), Álvaro Colom (Guatemala) e Porfirio Lobo (Honduras).

Cristina, a primeira mulher das Américas a ser reeleita nas urnas, assume um novo mandato após ganhar as eleições gerais de outubro passado com mais de 54% dos votos.

A presidente, de 58 anos, vestida de luto fechado, mais de um ano depois da morte de Néstor Kirchner, recebeu a faixa presidencial das mãos da filha Florencia, não do vice-presidente Julio Cobos, como deveria acontecer.

Cobos tornou-se seu inimigo, ao votar contra ela em 2008, durante a crise dos agricultores no Senado. Mas ele esteve presente na solenidade, o que foi motivo, antes, de muitas especulações.

"Hoje, como podem imaginar, não é um dia fácil para a presidente", falou Kirchner, ao lembrar, com a voz embargada, a morte do marido que, há quatro anos, em 2007, passou a ela o comando do país.

O falecimento do marido, vitimado por uma crise cardíaca, a seu lado, no dia 27 de outubro de 2010, permitiu a ela transmitir a imagem de uma pessoa mais sensível e menos autoritária.

"Cristina, Cristina", gritavam milhares de jovens, em frente ao Congresso e que acompanhavam a cerimônia por uma tela gigante.

Chegou ao Congresso escoltada por um grupo de "granaderos" a cavalo.

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