domingo, 25 de dezembro de 2011

Nota dos Urbanitários Alagoanos

Os/as trabalhadores/as da Eletrobras Distribuição Alagoas vêm a público informar que apesar do esforço de todos/as nós, visando minimizar as deficiências no fornecimento de energia para a população, medidas da direção da empresa, tem inviabilizado nossos esforços e impedido nossa vontade de trabalhar para melhorar a qualidade dos serviços prestados.
Lamentamos pelos prejuízos que as quedas de energia causam à população alagoana e reafirmamos que estamos empreendendo os mais altos esforços para reverter essa situação e prestar um serviço de boa qualidade.
Mas isso não significa que as condições estão sendo dadas a nós empregados/as. Somos eletricistas, técnicos, engenheiros, entre outros profissionais, atendendo ocorrências e fazendo obras por toda a cidade, sob sol ou forte chuva e ventania, horas à fio pendurados no poste, e em áreas de risco para tentar restabelecer e melhorar o fornecimento de energia na sua casa, na sua rua, no seu bairro, por todo Estado, e queremos que a Eletrobras Distribuição Alagoas seja uma empresa do povo e comprometida em primeiro lugar com o interesse social.
Porém, apesar de serem anunciados investimentos para o setor, quando esperávamos que os recursos atenderiam a contratação de nova mão-de-obra, para juntarmos forças e termos condições de aplicar esses recursos de forma célere, formos surpreendidos com decisões de gestores da empresa, por nós consideradas equivocadas, que só nos faz desacreditar do projeto anunciado. Apesar dos recursos estarem disponíveis, leis trabalhistas são rasgadas, onde temos que nos submeter a redução de custos, com vistas a transferir a responsabilidade de anos sem investimentos, para quem trabalha arduamente. Somos trabalhadores/as e queremos que as leis trabalhistas sejam respeitadas.
A redução de custos deveria contemplar também o corte de parte dos Assistentes de Diretorias que não fazem parte do quadro da Empresa, ou seja, “Terceirizados”. Entre esses estão: filhas de ex-prefeitos, sobrinho de governador, amigos de diretores, etc. O custo destes “Assistentes Terceirizados” giram em torno de R$ 5 milhões por ano à empresa, que equivalem a contratação de 45 eletricistas próprios.
Por que será que essas medidas de redução de custos só atingem as áreas de investimentos e dos direitos dos/as trabalhadores/as? Estão querendo sucatear a empresa justamente no momento em que se discute a renovação das concessões do setor elétrico?
A sociedade exige uma resposta. O presidente da Eletrobras, que responde pela empresa em alagoas Marco Aurélio Madureira, precisa vir a público e se posicionar sobre o que está acontecendo.

Nota em jornal alagoano pelo Sindicato dos Urbanitários de Alagoas, deste domingo, dia 25

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