terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Livro deixa tucanato desesperado!

Amaury Ribeiro Júnior, que em poucos dias vendeu mais de 30 mil exemplares, pesquisou todas as denúncias durante muitos anos até editar a Privataria tucana, que poderia ser conhecida também como Pirataria tucana. Trechos do trabalho aparecem em blogs na internet e dão a volta por cima do silêncio da mídia de mercado.


Em jogo estão bilhões de reais revertidos para os bolsos de muitos cidadãos acima de qualquer suspeita que se locupletaram com as privatizações a preço de banana.


De quebra, o livro de Amaury Ribeiro Junior apresenta dossiês montados contra adversários, até mesmo contra o senador Aécio Neves e outras coisas mais. A investigação mostra um esquema de lavagem de dinheiro com conexões em paraísos fiscais.


Estão envolvidos, entre outros, segundo o jornalista, o ex-governador paulista e candidato à Presidência da República em 2002 e 2010, José Serra, a filha Monica e outros big-shots do PSDB. E ainda aparece o banqueiro acima de qualquer suspeita Daniel Dantas.


Quem sabe da vida de Daniel Dantas é Protogenes Queiroz, que investigou profundamente o banqueiro e poderá, como relator ou presidente da CPI, enfrentá-lo cara a cara se for mesmo aprovada a instalação da comissão, como todos os cidadãos contribuintes estão a exigir.


A revista Carta Capital saiu na frente e já apresentou matéria esclarecedora a respeito do livro. Pela gravidade das denúncias, a cúpula tucana e o próprio FHC deveriam responder as perguntas que surgem. Se por acaso continuarem negando serão obrigados a entrar na Justiça. Até porque, argumentar apenas que o livro é “café requentado” não responde ao que está sendo denunciado.


E cá entre nós, como é diferente o comportamento dos arautos da moralidade quando tratam de matérias relacionadas com ministros do atual governo e o esquema acontecido durante o período de privatização de estatais na gestão tucana. A mídia de mercado segue a mesma linha. É possível que pela gravidade do que foi apresentado não vai dar para empurrar eternamente as denúncias para debaixo do tapete, como fazem geralmente quando estão envolvidos cidadãos do tipo acima de qualquer suspeita.



Mário Augusto JakobskindÉ correspondente no Brasil do semanário uruguaio Brecha. Foi colaborador do Pasquim, repórter da Folha de São Paulo e editor internacional da Tribuna da Imprensa. Integra o Conselho Editorial do seminário Brasil de Fato. É autor, entre outros livros, de América que não está na mídia, Dossiê Tim Lopes - Fantástico/IBOPE Direto da Redação

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