segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Hoje, 22 de agosto, Dia Internacional do Folclore

Uma domadora de leões, um forjador de músicas e um guerreiro cantador. Uma mulher e dois homens que no começo deste mês receberam oficialmente a missão de defender e conduzir o que há de mais genuíno em Alagoas: sua cultura.

Anadeje Morais é uma herdeira. Criada no balanço e na tradição do guerreiro Leão Devorador, ela perpetua o legado de sua mãe, a mestra Vitória. Sua labuta é levar adiante o trabalho de sua mãe e do mestre José Tenório, idealizadores do guerreiro que tem sede na Chã da Jaqueira, subúrbio de Maceió, capital de Alagoas. É dela a missão de deixar o leão vivo e pronto. O grupo tem 30 participantes de diferentes idades, são crianças encantadas com a novidade, adolescentes que conseguiram, enfim, enxergar a importância do leão e adultos que lembrando de sua infância, decidiram matar a saudade e se firmarem como alagoanos orgulhosos de suas histórias.
O avô era tocador de viola e o pai, de harmonia. Não tinha outro caminho para Severino João da Silva, que aos 12 anos animava as festas de Panelas, cidade do interior pernambucano, onde nasceu e já respondia pelo apelido de Jaçanã. Não demorou muito para que o local ficasse pequeno para ele. Depois de passar por Recife e São Paulo, escolheu Maceió como lar, se tornou violeiro, repentista de respeito e agora, aos 53 anos, defende a cultura do Estado que escolheu para morar.

A voz anda fraca. O passo já não é o mesmo. A firmeza nas palavras já não é tão evidente. Com a saúde fragilizada o que mestre Artur Moraes dos Santos não deixa esmorecer é sua força para ser um guerreiro de alagoas. E por isso ele canta: “Ô minha Lira, a rainha primeira; encruza a perna, seja mais ligeira...”, canta o velho brancante, ao lembrar da Lira do guerreiro. É assim ritmando que mestre Artur, 86 anos, um dos mais novos selecionados como Patrimônio Vivo de Alagoas, conta um pouco da SUS história dentro do guerreiro no Estado.
Fonte: Secretaria Estadual de Comunicação de Alagoas

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