Marinho anuncia o fim da Globo
O jn não é de televisão. É jornal impresso lido na tv
Por 2'57” o filho mais velho do Roberto Marinho, em trajes fúnebres, celebrou o réquiem da empresa que herdou do pai e não vai deixar para os filhos e netos.
O motivo das imprevistas exéquias foi revelar o novo cenário do
jornal nacional.
(Sobre o jornal nacional, leia abaixo a Navalha).
A peroração tem a Dialética de Cicero e a Oratória de Carlos
Lacerda.
Um desastre ferroviário, diria o Mino
Carta.
Melhor seria se a tarefa tivesse sido conferida ao Ministro
Gilmar Mendes!
Hoje, na página 3 do Globo
Overseas Investment BV é possível ler a íntegra da manifestação
lúgubre.
Aqui vão trechos reveladores do iminente enterramento:
(...)
A principal característica dessa crise
política não é apenas a imprevisibilidade e o alto grau de incerteza, pois isso
já aconteceu antes, é a guerra da contrainformação, dos fatos alternativos, das
teorias da conspiração e, porque não dizer, do mar de mentiras que nos assola,
principalmente através da internet e das redes sociais.
O nosso compromisso com a verdade, com a
'sua excelência, o fato', como diria Ulisses Guimarães, nos torna um porto
seguro da informação e um dos alicerces da vida democrática. Dá para imaginar o
que seria se não existíssemos junto com outros respeitados baluartes do bom
jornalismo no Brasil?
(...)
Nosso
trabalho principal é cuidar da saúde do grupo de empresas e do exercício de sua
missão e princípios, para entregá-lo saudável à próxima geração, que continuará
a mesma tarefa.
Ele sentiu o golpe mortal entre a nuca e o pescoço, como na
Ilíada: da internet e das redes sociais.
Primeiro, demonstram que a
Globo está à venda.
(O Valdir Macedo não se cansa de dizer que não está interessado,
porque a folha de salários é maior que a receita.)
E, segundo, que o Marinho constata que fracassou:
- “Netflix supera TV paga em assinantes nos EUA”: streaming tem
51 milhões de assinantes e a TV, 49 milhões – revela o Estadão, ele próprio em
comatoso estado;
- “Penetração da Globo Play não passa de 3,6%”, segundo pesquisa
da MobileTime/Opinion Box, publicada na Fel-lha
A “Globo Play”, funesta tentativa dos filhos
do Roberto Marinho de enfrentar – no Brasil e olhe lá - os gigantes
multinacionais nos serviços de streaming, leva uma surra: 63% da Netflix e 21%
da Spotfy
São esses os “fatos alternativos” que “assolam” a Globo
Overseas.
Porque de Overseas só tem o paraíso fiscal…
É que os filhos
do Roberto Marinho já perceberam não ter cacife para entrar numa
guerra perdida – a guerra de vender comercial em troca de entretenimento, na
tevê aberta.
Essa indústria acabou.
Assim como acabou a indústria que dela vivia, a publicidade.
Hoje, no mundo, só duas agências de publicidade – a WPP, de
origem inglesa, e a Publicis, de origem francesa – têm bala na agulha para
enfrentar o Google e congêneres.
Qualquer um – sem precisar dos
jênios do Guanaes – pode fazer publicidade diretamente nos googles – e por isso o
Google googlou a Globo.
A verdade é dura, a Globo apoiou a ditadura, mas, agora, ela
joga o MT na cloaca.
(Embora a Cegonhóloga ainda
resista…)
Como o povo não é bobo, sabe-se que, na verdade, essa estratégia
é simples: limpar os livros e a reputação para se vender.
Provavelmente ao Slim.
O
Golpe não tem a oferecer à Globo nada que possa salvá-la.
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