quinta-feira, 18 de maio de 2017

GOLPISTAS CANALHAS ! ! !

Celso Raeder
Velhos canalhas que não pensem nos netos


Fala João,
Diz Moniquinha,
Se você não delatar,
Nunca volta pra Bahia.
Vai, vai, vai, falando,
Vai, vai, vai, acusando,
Diz que o Lula que roubou,
Olha o promotor, olha o promotor, olha o promotor...
Um ex-presidente da companhia de saneamento de Campinas foi o primeiro "rato de laboratório" testado pelo Ministério Público, que queria ver como a sociedade reagiria diante de um criminoso beneficiado por delação premiada.
Deu certo!
Nenhuma prova material foi apresentada pelo delator, mas isso era apenas um detalhe que a mídia local se encarregara de resolver, publicando matérias sem qualquer compromisso com a verdade.  
Não encontraram nenhum sinal de incompatibilidade patrimonial no curso das investigações, e mesmo assim o juiz responsável pelo processo condenou a mulher do ex-prefeito, Hélio de Oliveira Santos, a mais de 20 anos de prisão.
Esse é o roteiro pronto e acabado para o desfecho do processo contra o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva.
A diferença é que, nesse caso, são necessários vários delatores para levar a missão a cabo.
Um bando de homens velhos, brancos, ricos, que não se reconhecem como criminosos, mas sim como "profissionais que abraçam oportunidades".
E a Justiça reforça essa anomalia conceitual, mandando-os de volta para casa com uma tornozeleira eletrônica, que depois ninguém mais vai se lembrar de trocar a pilha.
Na base da pirâmide social, o vagabundo é dono de uma ética que os criminosos do andar de cima desconhecem.
Para o assaltante, assinar 30 processos é parte do ofício. Já a turma da Lava Jato, beneficiada por delação premiada, a culpa é sempre de outro. Em síntese, a culpa é do Lula. Confirmando, portanto, o power point moleque do promotor Dellagnol.
Bando de calças frouxas. Velhos que borram os fundilhos das calças e não assumem as merdas que fizeram.
De onde veio o grosso do dinheiro repatriado? Dos ladrões beneficiados por delação, ora bolas! Tanta grana lá fora, nas contas de padres, santos e coroinhas, e a Operação Lava Jato buscando pelo em ovo para provar que Lula é dono de um caixote no Guarujá.
Em troca da liberdade, os delatores estão entregando para seus netos um país mergulhado no caos, na miséria e na violência.
Um país ingovernável.
Entre todos os condenados pelo juiz Sérgio Moro, só conheço um com colhão para mudar esse jogo de cartas marcadas: Eduardo Cunha.
Esse derruba os barões da mídia, o Temer, o PMDB e mais uma dúzia de partidos de aluguel. Explode o Congresso Nacional, fura o pato da Fiesp, desmascara o MBL, talvez até vire herói daqui cem anos nos livros de História.
O problema é que Cunha está nas masmorras, com uma máscara de ferro para não falar o que sabe sobre esse golpe.

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