Moro colocou o povo no
banco dos réus
Hoje, um burguês ignorante das agruras de ser brasileiro imaginará interrogar apenas um homem, mas estará interrogando milhões. Assim será por falta de inteligência para entender que, quando Lula estiver sentado no banco dos réus, estará personificando todo esse povo humilde cotidianamente humilhado por gente como o juiz Sergio Moro.
De um lado,
Lula e seu vernáculo coloquial; de outro, o empertigado janota, herói das
madames e dos doutores que desprezam o papel do Estado por não precisarem de
seus serviços, mas que estarão sempre prontos a servirem-se do Erário.
O
interrogador de Lula imaginou levar a Curitiba um homem rendido, humilhado,
cabisbaixo para se ajoelhar diante de si com o olhar implorando clemência para
não passar seus últimos anos de vida em uma masmorra fétida.
O que
encontrará diante de si neste 10 de maio de 2017, porém, será um cidadão
humilde, mas altivo e digno por estar ciente de que é portador da esperança de
dezenas de milhões de brasileiros.
Pobre Sergio
Moro. Ele nunca entendeu quem é e o que representa Lula. Que não é só um
político. Aquele que o juiz quer destruir, foi, é e será sempre a esperança dos
brasileiros que, sob seu governo brilhante, puderam realizar os sonhos de uma
vida. E que anseiam pela volta daqueles tempos.
Legiões de
homens, mulheres e crianças cruzaram o país para virem emprestar seu apoio a
Lula em uma terra hostil a ele e à democracia – e não por culpa da população
local, mas de uma elite que domina região.
Todas essas
pessoas estão em Curitiba para serem julgadas e interrogadas junto com seu
líder político porque sabem que hoje, mais do que nunca, reside nele a chance
de impedir o massacre que o nosso povo está sofrendo nas mãos de salafrários
que começam a produzir uma das maiores e mais rápidas ondas de empobrecimento
coletivo da história brasileira.
Quando
perguntam aos brasileiros em quem desejam votar para governar o país a partir
de 2018, o primeiro, o mais lembrado é aquele que todos sabem que melhorou a
vida de todos, inclusive dos burgueses que não têm a honestidade e a decência
de reconhecer quanto o Brasil ganhou quando Lula governou o país.
Por isso,
convém a esse juiz que se julga tão importante que se dirija com muito,
mas muito respeito mesmo a Lula quando o interrogar, porque o
ex-presidente estará representando milhões de brasileiros, cada um dos quais
tão cidadão quanto Sergio Moro, com a mesma importância que a dele e merecedor
de tanto respeito quanto ele.
Eduardo Guimarães é comerciante e editor do Blog
da Cidadania
Nenhum comentário:
Postar um comentário