Primeira aula de
mestrado é um marco na história da UNEAL
Por Vilceia Melo
Gestores, professores, mestrandos e
alunos de graduação de diversos cursos, participaram, nessa segunda-feira (15),
da primeira aula do Programa de Pós-Graduação em Dinâmicas Territoriais e
Cultura da Universidade Estadual de Alagoas (ProDiC/Uneal). Um dia para
ficar marcado na história da instituição, que após quarenta e seis anos de
fundação, e apenas dez, que foi transformada em universidade, inicia o primeiro
mestrado do interior de Alagoas. A aula foi realizada na Sala dos Conselhos, no
prédio da Reitoria, em Arapiraca.
O professor e historiador Douglas
Apratto Tenório, que é Doutor Honoris Causa pela UNEAL, foi o convidado
especial para a aula inaugural do mestrado. Ele ressaltou a importância dessa
iniciativa que é um marco na educação superior de Alagoas . De acordo com
Douglas Apratto, o mestrado tem uma grande importância significativa não
somente para a universidade, mas também para toda a comunidade do Agreste,
contribuindo na formação de mão de obra qualificada e na multiplicação da ciência
e do saber.
“A finalidade de uma universidade é
fechar o ciclo do ensino superior. Não apenas com a graduação mas fechar o
ciclo com o mestrado e com o doutorado. Porque desta forma a universidade
passa a ter autonomia. Antes desse mestrado vocês estavam consumindo a produção
do conhecimento de outra universidade, a partir desse mestrado e de outros que
virão, a UNEAL passa a produzir e a consumir o próprio conhecimento”, discursou
Apratto.
O reitor Jairo José Campos da Costa,
afirmou que o Programa de Pós-Graduação em Dinâmicas Territoriais e
Cultura (ProDiC) da UNEAL é um reflexo natural do fortalecimento da
instituição da política de qualificação que a instituição vem implantando
ao longo dos últimos anos.
“Esse programa é o resultado do esforço
dos professores da UNEAL, que, com seus trabalhos, suas pesquisas e currículos
contribuíram para a aprovação da proposta do mestrado”, reconheceu Jairo
Campos.
Clébio Araújo, vice-reitor, ressaltou
que mesmo diante de todas as dificuldades de estrutura e com a evasão de quase
um terço do quadro docente, a UNEAL lança um programa de mestrado no interior
do Estado.
“Esse programa é um marco na
democratização da pós- graduação em Alagoas. Nossa política é de inclusão dos
pobres, dos excluídos, não é por acaso que o eixo temático desse programa
propõe uma inteseção entre cultura e território. Esse programa entra para a
historia como um marco diferente no modo de fazer pós-graduação em Alagoas”,
finalizou.
O presidente de Desenvolvimento
Econômico da Fundação de Amparo à Pesquisa de Alagoas (Fapeal), Fábio Guedes,
parabenizou os gestores da UNEAL pela luta constante para uma universidade cada
vez mais qualificada.
“Foi por meio dessa insistência dos
gestores da UNEAL em avançar nas áreas de ciência e de pesquisa que o laços com
a Fapeal foram estreitados e resultaram em programas como o Prodic”,
pontuou Guedes.
O pró-reitor de Pesquisa e de
Pós-Graduação, Cristiano Cezar Gomes da Silva, e o coordenador do ProDiC,
Roberto Souza, também participaram da composição da mesa da aula inaugural do
mestrado e agradeceram a todos que participaram desse processo.
Mestrandos
Dos 84 inscritos na seleção, dez alunos
foram aprovados para o programa de mestrado da UNEAL. Dentre eles, Katia Jeane
Alves, que cursou Administração na instituição em 2003. A mestranda afirmou que
já havia realizado duas especializações em Educação à Distância e em Gestão
Pública. Mas a aprovação no mestrado pela UNEAL tem um sentimento
especial.
"É muito gratificante voltar à
universidade que eu me formei e fazer parte da primeira turma de mestrado da
UNEAL. Tenho certeza que essa nova etapa da minha vida acadêmica vai gerar
grandes oportunidades.
Cristiano Miguel Pontes conquistou a
vaga no mestrado para aluno especial. Ele é cego e disse que as limitações
impostas pela visão nunca o impediram de alcançar seus objetivos. "O
mestrado na UNEAL é um grande incentivo para fazer pesquisa e estudar o
segmento de pessoas com deficiência.
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