Fascistas
agridem Letícia Sabatella
Por
Altamiro Borges

Os atos
deste domingo (31) favoráveis ao impeachment de Dilma - e que, na prática, dão
respaldo ao "golpe dos corruptos" e ao covil de Michel Temer - foram
menores do que previram as seitas que os convocaram. É certo que houve cisão
neste campo minado, com alguns grupos - como o Movimento Brasil Livre (MBL) -
cancelando a sua participação na reta final já prevendo o fiasco. Mesmo assim,
eles voltaram a expressar forte carga de ódio e preconceito. Em São Paulo, por
exemplo, um boneco gigante de um militar pregou a volta da ditadura. A cena
mais asquerosa, porém, ocorreu em Curitiba. Uma horda fascista hostilizou a
atriz Letícia Sabatella, xingando-a de "puta" e de outros
impropérios.
Em um
vídeo publicado no seu Instagram, a atriz registrou com coragem o momento da
covardia. Ela relata que passeava pela Praça Santos Andrade, no centro da
capital paranaense, quando foi agredida pelos fanáticos. "Não fui provocar
ninguém. Passava pela praça antes de começar a manifestação e parei para
conversar com uma senhora. Foi meu erro. Preocupa esta falta de democracia no
nosso Brasil. Eles não sabem o que fazem", postou Letícia Sabatella. Até o
início da noite deste domingo, o vídeo já tinha mais de 11 mil visualizações e
milhares de comentários.
Sua
postagem poderá servir para identificar alguns dos fascistas que a agrediram.
No vídeo aparece uma mulher histérica aos gritos de "chora petista",
"nossa bandeira jamais será vermelha", "acabou a mamata para
vocês". Surge também um manifestante, que encara o celular da atriz e a
chama várias vezes de "puta". Já um senhor empurra a artista e exige
que a tirem da praça. Durante todo o tempo, Letícia Sabatella mantém a
sobriedade e diz apenas que os agressores não são democráticos. Caso houvesse
Justiça no país, o vídeo seria utilizado para identificar os fascistas, que
pregam o ódio e desrespeitam a Constituição.
Uma
análise dos personagens grotescos também poderia revelar algumas biografias
curiosas. Quando da agressão ao cantor Chico Buarque, em um restaurante no
Leblon (RJ), logo depois se soube que os psicopatas tinham longas fichas
corridas. Um deles era filho de um playboy aecista que apresenta um programa de
turismo na tevê; outro era neto do fundador da terrorista União Democrática
Ruralista (UDR); e o terceiro era herdeiro de uma usina com incontáveis
processos na Justiça por sonegação, crimes ambientais e desrespeito às leis
trabalhistas. Já o agressor do ex-ministro Alexandre Padilha, em um restaurante
em São Paulo, pertencia a uma família recordista em processos na Justiça -
denunciada, inclusive, na midiática Lava-Jato. Os falsos moralistas adoram
posar de vestais da ética!
Acesse
http://altamiroborges.blogspot.com.br/2016/07/fascistas-agridem-leticia-sabatella.html
para assistir o vídeo
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