A Bancada do
Partido dos Trabalhadores na Câmara dos Deputados repudia mais uma ação
oportunista, seletiva, ideológica e política do ministro Gilmar Mendes,
presidente do Tribunal Superior Eleitoral. Ao entrar com ação em que pede a
cassação do registro do Partido dos Trabalhadores e a cassação da legenda,
Mendes tira de vez a toga e assume o papel nítido de militante da oposição.
Gilmar Mendes evidencia sua seletividade por ignorar que outros partidos - como
o PSDB, PMDB, DEM e PP - também receberam recursos - de maneira legal, como o
PT - de empresas que têm e tiveram contratos com estatais. A tese do presidente
do TSE, se levada ao pé da letra, inviabilizaria todo o sistema partidário no
Brasil.
Comportando-se como o carrasco de um partido só, Gilmar Mendes mostra não ter
compostura para ocupar o cargo. Há anos elegeu o PT como alvo de sua fúria. Sem
mostrar nenhum pudor, tem se destacado por assacar impropérios contra o
PT, tanto durante as sessões no STF como em entrevistas à imprensa.
O presidente do TSE esquece que o PT sempre defendeu o financiamento público de
campanhas eleitorais, uma bandeira histórica do partido. O PT defende
também , junto com outras forças políticas, profundas mudanças no sistema
político e eleitoral do Brasil, com assembleia constituinte convocada
exclusivamente para essa finalidade.
O presidente do TSE
comete um desvario ao pedir a cassação do registro do PT. Seu destempero verbal
já se tornou conhecido, tanto que em 2014 o PT o interpelou judicialmente
por ter pronunciado declarações caluniosas contra o partido. Ao
pedir agora a cassação do registro do PT, ele veste de vez a roupa da oposição e
faz juz ao apelido de tucano de toga da Suprema Corte. O nosso Judiciário
precisa de magistrados, não de militantes políticos.
Brasília, 7 de agosto de 2016
Deputado Afonso Florence - líder do PT na
Câmara dos Deputados
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