segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Presidente do TST defende ideias iguais às da CUT para mudar estrutura sindical. Mas Estadão confunde as bolas (NOVIDADE!!!!)

Chamada de entrevista publicada pelo jornal induz leitor ao erro

Escrito por: Blog do Artur Henrique

O jornal O Estado de S. Paulo de hoje faz uma confusão e tanto com uma entrevista concedida pelo presidente do TST, João Orestes Dalazen(na foto abaixo, à esquerda).

Logo abaixo da manchete (‘Modelo sindical brasileiro é arcaico e inconveniente’), texto de apresentação da entrevista – a chamada linha fina – diz que o presidente do TST defende que os sindicatos “negociem diretamente por empresa, não mais por categoria”.

Não foi isso que Dalazen disse. O que ele disse, e está lá escrito na mesma entrevista, é que é preciso implementar em todas as categorias o que chamamos de comitês sindicais de empresa, ou seja, a organização por local de trabalho. Ele cita como exemplo os comitês que existem nas empresas metalúrgicas do Grande ABC.
Esses comitês são representações sindicais que funcionam em tempo integral dentro das empresas, com autonomia em relação à direção da companhia. Mas todos são subordinados ao sindicato, e seus representantes são eleitos no mesmo processo de votação que escolhe a direção executiva do sindicato.


Não são entidades à parte, muito ao contrário. O que são, se assim pudermos definir, numa linguagem pouco usada no movimento sindical, “postos avançados” do sindicato dentro das empresas, com a função de negociar e resolver as demandas daquele local de trabalho.

Porém, o sindicato, compreendido como entidade que negocia as questões gerais de toda a categoria, permanece.

De resto, na mesma entrevista Dalazen defende mudanças que a CUT também defende, e brada aos quatro ventos sem, no entanto, ser repercutida com frequência ou fidelidade pelos jornais.

Assim como o presidente do TST, defendemos a ratificação da convenção 87 da OIT, o fim do imposto e da unicidade sindicais. Porque também achamos que a estrutura sindical, como está, é arcaica e inconveniente.

Quem resiste às mudanças são as outra cinco centrais, que inclusive recuaram de acordo que haviam feito pelo fim do imposto sindical.

Acesse: http://www.cut.org.br/destaques/21765/

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