terça-feira, 28 de outubro de 2014

Rio Acima ! ! !


Moramos, sim, na propaganda do PT

Como sempre os analistas de aluguel produzem uma análise míope do resultado da eleição que reconduziu Dilma Rousseff ao cargo de presidente do Brasil. Dizem que o país rachou, que há muitos problemas no horizonte pós-eleitoral. Os âncoras da emissora oposicionista deram a notícia da quarta vitória seguida do PT num pleito presidencial como se transmitissem um velório. Geralmente, após uma eleição, o clima é de otimismo. Só que desta vez alguma coisa está fora da ordem, há algo estranho no ar… o clima de animosidade continua e os de sempre jogam mais lenha na fogueira.

Nunca antes na história deste país a imprensa privada se engajou com tanta desfaçatez na campanha de um candidato como agora com Aécio. Nem com Collor foi assim. A edição antecipada da revista semanal que pensa que o leitor é cego foi criminosa, de envergonhar qualquer jornalista honesto.

E mesmo assim, Dilma venceu. O poder de influenciar desses colunistas de aluguel mais uma vez mostra-se risível.

Nas redes sociais, reina a histeria tucana. Nas rádios, a campanha anti-petista continua, como se a eleição ainda não tivesse acontecido. O cenário projetado para o país daqui em diante é o pior possível. Logo depois de eleita, Dilma conclamou todos à união, mas só falam em divisão. E ainda diziam que era o PT que apostava no discurso do "nós" e "eles", da luta de classes.

A dor-de-cotovelo nunca vai passar. Não se iludam: jamais engolirão o PT. 

Mas é um erro dizer que Dilma ganhou a eleição no Norte e Nordeste. Aécio perdeu no Sul, no Centro-Oeste e no Sudeste, onde tudo estava armado para que ganhasse de lavada e tirasse a diferença lá de cima. Só não contavam com o fato de nem todo mundo ser teleguiado aqui embaixo.

Não, não foram os beneficiários do Bolsa Família dos estados mais pobres que reelegeram Dilma. Foram os 8 milhões de paulistas que não foram na onda do catastrofismo da imprensa tucana, os quase 4,5 milhões de eleitores do Rio que não acreditam na revista semanal mentirosa, os quase 6 milhões de mineiros que conhecem Aécio de perto, os cerca de 3 milhões de gaúchos sensibilzados com a distribuição de renda no país nos últimos 12 anos, os mais de 1 milhão e 300 mil goianos que não têm cérebro de Hommer Simpson. Isso sem falar em 1,3 milhão de catarinenses que não deixaram Aécio tirar a diferença em seu estado.

Foram eles que, no cerne do ninho tucano, no epicentro da influência dos monopólios da mídia, deram a vitória à atual presidente.

A Bolsa de São Paulo caiu hoje, claro. As manchetes nos sites e jornais hegemônicos não são de festa, mas de apreensão. Listas intermináveis de problemas que a presidente terá de resolver tomam o lugar da comemoração de mais da metade do eleitorado, que votou na candidata vitoriosa. O país não rachou, querem rachá-lo a qualquer custo para ter cacife e continuar a sabotagem.

Nem parece que ontem houve mais uma festa democrática gigantesca que atraiu os olhares do mundo inteiro. A grande imprensa está de luto. E quer que todos que votaram em Aécio abram mão da esperança de um futuro melhor e vistam preto pelos próximos quatro anos.

Aécio disse durante a campanha que venceria a eleição porque o povo brasileiro não mora no mundo maravilhoso da propaganda do PT.

Pois eis o meu endereço e o de mais de 54 milhões de pessoas:

Avenida Propaganda do PT, número 13, apartamento 2014.

Fonte: http://rioacima1.blogspot.com.br/

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