É lamentável o preconceito que vem à
tona depois de um processo democrático tão importante, como as eleições do
último domingo. É um absurdo que o nordeste e os nordestinos sejam
caracterizados como ignorantes ou desinformados por seus votos. Primeiro porque
isso é fruto de preconceito lastimável, segundo porque mostra um
desconhecimento profundo da atual situação do nordeste brasileiro. Quem faz
afirmações deste tipo imagina o nordeste da década de 90 ou de antes, onde
reinavam a fome, o desemprego e a falta de oportunidade. Por isso muitos, como
eu, tiveram que abandonar sua terra natal e migrar para outras regiões em busca
de melhores condições de vida.
Hoje, o nordestino anda de cabeça
erguida porque não é mais tratado pelo governo como cidadão de segunda
categoria. Das 18 universidades criadas nos 12 anos de governo, 7 são no
nordeste. A região conta hoje com 62 extensões universitárias. Mais de 16 mil
estudantes dessas universidades foram estudar no exterior com o Ciência sem
Fronteiras. Dos 20 milhões de empregos criados no país, quase 20% foram no
nordeste. 141 escolas técnicas foram implantadas na região, representando 33%
do total no país. A mortalidade infantil, que era um dos principais problemas
da região caiu a menos da metade. Os nordestinos, hoje, não são mais
personagens de tristes reportagens sobre as migrações para os grandes centros
urbanos. Eles podem viver nas suas terras de origem com dignidade e
oportunidade.
Somos todos brasileiros e temos que nos
unir para continuar construindo um país mais solidário, mais justo, com mais
oportunidades para todos, independente de cor, crença, religião ou região do
país em que cada um tenha nascido. As pessoas deveriam ser agradecidas pela
diversidade do nosso grande país. Essa é a nossa riqueza.
LULA
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