Devemos aproveitar as oportunidades que os países centrais em profunda crise nos propiciam: reafirmar nossa autonomia e garantindo nosso futuro autônomo mas relacionado com a totalidade do mundo ou desperdiçá-las e vivermos atrelados ao destino sempre decidido por eles que nos querem condenar a sermos apenas os fornecedores dos produtos in natura que lhes falta e assim voltam a nos recolonizar.
Não podemos aceitar esta estranha divisão internacional do trabalho. Temos que retomar o sonho de alguns de nossos melhores analistas do quilate de Darcy Ribeiro e de Celso Furtado entre outros que propuseram uma reinvenção ou refundação do Brasil sobre bases nossas, gestadas pelo nosso ensaio civilizatório tão enaltecido mundialmente.
Este é o desafio lançado aos candidatos à mais alta instância de poder no país. Não vejo figura melhor para seguir nesta reconstrução a partir de baixo, com uma democracia representativa e participativa, com os seus conselhos e movimentos populares opinando e ajudando a formular caminhos que nos levem para frente e para o alto do que a atual Presidenta Dilma.
A situação é urgente pois, como advertia, pesaroso, Celso Furtado: “tudo aponta para a inviabilização do país como projeto nacional” (op.cit. 35). Nós não queremos aceitar como fatal esta severa advertência. Não devemos reconhecer as derrotas sem antes dar as batalhas como nos ensinava Dom Quixote em sua gaia sabedoria.
Essa batalha será decidida dia 5 de outubro. Que os bons espíritos guiem os rumos de nosso país.
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