terça-feira, 14 de outubro de 2014

"Adeus, Fernando Pessoa" ! ! !

"Adeus, Fernando Pessoa" relata juventude na resistência à ditadura

Por Paulo Martins
Este romance, embora seja uma história de juventude, que se estende pelas vivências poéticas de seu principal personagem, vem a ser também, paralelamente, a história ficcional do surgimento do PCdoB em Minas Gerais, no período de 61 a 64. De fato, seu foco narrativo é todo centrado em Belo Horizonte.
Trata-se do segundo volume de uma trilogia, cujo terceiro livro já está em andamento e terá como foco narrativo principal a Guerrilha do Araguaia.
Livro: ADEUS, Fernando Pessoa
Autor: Paulo Martins
Romance
Em Adeus, Fernando Pessoa, Paulo Martins nos apresenta um jovem estudante brasileiro nos anos 60, que, como tantos, tem “os melhores anos da sua vida” assombrados pela truculência da ditadura militar. Um jovem que, também como tantos, deixa de lado os amados livros de poesia e matemática para mergulhar a fundo na luta contra as manobras da ditadura, desde a renúncia de Jânio Quadros até o Golpe de 1964.
Se inicialmente participava de encontros e atividades que apoiavam o regime democrático e a reforma agrária, ao ver crescer sua indignação contra o regime, o narrador começa a ser mais atuante na luta contra o poder – cuja violência passa a viver na pele, experimentando suas primeiras prisões. A partir deste ponto, não há mais volta: o protagonista-narrador abandona projetos como a carreira universitária e a sua paixão pela poesia para se dedicar de corpo e alma ao movimento social e à luta por um ideal político.
Inspirado na trajetória pessoal do autor, Adeus, Fernando Pessoa é uma obra tocante, escrita com precisão histórica, emoção e sensibilidade. Uma leitura que mostra como ter coragem de lutar pelos próprios ideais e sonhos é, de alguma forma, lutar também pela poesia.
Mesmo tendo eliminado alguns de meus compromissos, cheguei a um momento em que comecei a perder o fôlego. Senti vontade de pedir socorro. Faltavam-me as forças para continuar naquele ritmo. Nem tempo para ler e buscar um maior conhecimento da doutrina eu tinha mais. As tarefas práticas não deixavam, os compromissos pareciam intermináveis. Tantos que eu até fui perdendo o prazer pelo trabalho partidário, pois já estava ficando automatizado. Se não lia, muito menos escrevia. Há meses que não criava um único poema.
Então veio setembro, e deu-se um fato surpreendente. Um conteúdo novo brotou de repente de dentro mesmo das tarefas, e uma espécie de encantamento revolucionário penetrou magicamente em meu coração e ocupou a minha mente fatigada.
Sobre o autor: Paulo Martins nasceu em Ipiaú-  Autodidata, abandonou cedo os cursos de Sociologia e Política e de Economia para se dedicar ora à política, ora à literatura. Participou ativamente das lutas contra a ditadura militar nas décadas de 1960 e 70 e, mais tarde, da campanha pela anistia. Viveu na China em 1964/65. Seu primeiro romance, Glória partida ao meio, foi publicado pela 7Letras em 2009. É também autor de Jacques Brel – A magia da canção popular (7Letras, 1998)e coautor de Liberdade para os brasileiros – Anistia ontem e hoje (Civilização Brasileira, 1978).
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