terça-feira, 23 de setembro de 2014

Presidente do PT comenta programa da Má-rina ! ! !

Rui Falcão: “Programa de Marina é retrocesso para o país”


Rui Falcão (Foto: Cesar Ogata)
Rui Falcão (Foto: Cesar Ogata)
Presidente nacional do PT e coordenador da campanha da presidenta Dilma Rousseff à reeleição, o deputado Rui Falcão (SP) concedeu uma entrevista a um jornal carioca, na qual avalia o programa de governo da adversária do PSB, ex-senadora Marina Silva – o que está em vigor hoje.
Rui lembra, também, que o candidato tucano, Aécio Neves, embora jogado no 3º lugar na disputa eleitoral presidencial e visto como carta fora do baralho, sem chances de chegar ao 2º turno, “não está morto na campanha”. Rui fala ainda das propostas da presidenta Dilma para o próximo mandato.
Sobre o programa da candidata do PSB, Rui avalia que ele representa "um retrocesso do ponto de vista das propostas de política econômica, de relações externas, de submeter os programas sociais à disponibilidade fiscal”. O deputado dirigente do PT critica a independência formal do Banco Central, o fato dela pretender colocar em segundo plano os bancos públicos e as declarações de Walter Feldmann (um dos coordenadores da campanha de Marina) de que pretenderia mudar o regime de partilha e o de concessão do pré-sal.
Rui acentuou: “em nenhum momento nós batemos na Marina. O que temos feito é criticar o programa dela”. Lembrou que foi no PT que ela “se fez politicamente” – pela legenda, Marina foi eleita vereadora, deputada e senadora – e destacou a falácia do discurso dela sobre a “nova política”, citando não apenas o troca-troca de partido, como o fato dela ter “pessoas que poderiam ser identificadas na linguagem dela com a velha política, como os ex-deputado e ex-senador Paulo e Jorge Bornhausen (DEM-SC) e o ex-deputado Heráclito Fortes (DEM-PI)”.
Rui também falou sobre a candidatura Aécio Neves. “Há analistas imaginando até que nesta reta final pode haver uma reversão e o Aécio ultrapassar a Marina”, lembrando que o candidato tucano “não está morto na disputa”. “A cada dia ele apresenta novas propostas, fazendo apelos, e atacando Marina também. Mais no rádio do que nos eventos públicos. A ofensiva maior é contra nós, mas, lateralmente, ele pega a Marina também”.
Garantias com Dilma
No segundo turno, segundo Rui, a presidenta Dilma pode herdar os votos tanto de eleitores hoje identificados com o PSOL, PSTU e PV, quanto de eleitores que pensam em votar em Aécio ou Marina. Rui citou o exemplo de Minas Gerais, onde “boa parte da votação do ex-senador migra para a Dilma”, enfatizando que Pimentel, candidato do PT de lá, tende a ganhar no 1º turno. Já sobre a estratégia da campanha Dilma, ele afirmou que “independentemente de quem vá para o 2º turno”, a linha será a de mostrar o que foi feito neste país e as propostas de futuro.
O presidente do PT não economizou análise nas propostas da presidenta para o próximo mandato: “vamos manter a política econômica atual, com esses ajustes de mais investimento em infraestrutura, de qualificar melhor a mão-de-obra e de investir mais em saúde e educação”.
“Vamos continuar evitando que a inflação fuja do centro da meta. Nós já provamos que não é incompatível aumentar salário, manter a inflação sob controle e fazer a economia crescer. Havia esse mito ao qual se quer retornar agora que, para fazer o país, era preciso fazer arrocho salarial, manter uma taxa razoável de desemprego, e nós provamos que não precisa disso. Agora tem gente que finge que não existe uma crise mundial terrível e que nós nos defendemos da crise sem perder emprego, sem arrochar salário e sem retirar direitos”, complementou Rui.
Cliquem aqui e leiam a íntegra da entrevista de Rui Falcão
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Três artigos imperdíveis aqui no blog:

 
Fernando Nogueira da Costa
Fernando Nogueira da Costa
Além da entrevista do Rui Falcão, nós recomendamos a todos a leitura de três artigos excelentes sobre a disputa presidencial.  Primeiro, a análise do nosso colaborador Fernando Nogueira da Costa que, hoje, apresenta 13 boas razões para votarmos contra a independência do Banco Central, explicando didaticamente o que isso significa para o país (cliquem aqui).
Ladislau Dowbor
Ladislau Dowbor
Confiram, também, o artigoVoto Dilma, uma questão de bom senso, do professor e economista Ladislau Dowbor, no qual ele detalha as suas razões para votar na presidenta Dilma e alerta: “nem a situação internacional preocupante, muito menos a dinâmica interna do país permitem aventuras, nem voos inseguros em nome da moralidade e do liberalismo”.
wadihcapa
Wadih Damous
Por fim, não deixem de ler e refletir sobre a análise de Wadih Damous, ex-presidente da OAB-RJ, que dentre 13 motivos para votar na Dilma destaca que a reeleição da presidenta significa a “preservação do papel do Estado e dos bancos públicos na economia e na sociedade como elementos indutores do progresso”.

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