O jornal não deu como manchete principal de capa, mas fez uma
chamada na 1ª e publicou meia página internamente sobre uma revelação
bombástica da campanha da candidata do PSB ao Planalto, Marina Silva. O
coordenador nacional de seu comitê central e da campanha, Valter Feldman
anunciou e detalhou a decisão de Marina de reverter o modelo de partilha do
pré-sal acabando com o conteúdo nacional e com a participação obrigatória
da Petrobras em todas áreas em exploração e a serem exploradas na camada marítima.
Ela repudia, é contra a política de conteúdo ideológico
“doutrinário” na área, segundo Feldman. Representantes de Marina estiveram com
executivos da área de petróleo semana passada e estes, segundo o coordenador
nacional da campanha, se queixaram da política de conteúdo nacional – a lei
exige que 60% dos equipamentos e componentes para a área sejam feitos no
Brasil.
“Interessa muito o desenvolvimento brasileiro, mas não pode ser de
caráter doutrinário, imaginando que nós temos a capacidade de responder a tudo”,
afirmou Feldman em encontro com empresários ontem, ao justificar a decisão de
Marina de, caso eleita, reverter o modelo de partilha do pré-sal, ainda que ela
mantenha a disposição de investir até 2020 R$ 1 trilhão na área.
Vão entregar o pré-sal para o capital privado internacional
Pronto, está oficializado então: num governo Marina, caso ela se
eleja, querem entregar a riqueza do pré sal e a renda excedente do petróleo
para o capital privado internacional colocando em risco os programas de
Educação e Saúde. Já que, pelo modelo aprovado pelo Congresso e sancionado pela
presidenta Dilma Rousseff, 75% da renda do pré-sal vão para a Educação e 25%
para a Saúde.
Mas, não colocam em risco só isso não. Colocam sob altos riscos,
também, o avanço tecnológico nacional, a indústria naval e de equipamentos e
toda cadeia de fornecedores e prestadores de serviços nacionais que a Petrobras
contrata. Infelizmente temos aí a prova dos nove do que o PT e a presidenta
Dilma tanto tem denunciado: para Marina e para um eventual governo seu, o
pré-sal é a última das últimas riquezas nacionais a serem consideradas e eles
vão entregar de mão beijada o petróleo da camada às multinacionais.
Quem sabe entregarão às sobreviventes dentre as famosas “7 irmãs”,
as maiores multinacionais do petróleo que, com o mesmo nome ou com 0 nome
mudado dominaram e dominam o mercado há décadas. A reportagem da Folha
até lembra que três delas, a Shell, a British Petroleum e a Statoil já têm
investimentos no Brasil.
Vocês
acompanham e obtém mais detalhes da decisão com a leitura na íntegra da
reportagem da Folha, publicada sob o título “Campanha de Marina critica modelo
do PT para explorar pré-sal”. Acessem aqui: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/poder/185936-campanha-de-marina-critica-modelo-do-pt-para-explorar-pre-sal.shtml
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