domingo, 25 de maio de 2014

Jeferson e seu "DILMA BOLADA" ! ! !

Redes sociais se consolidam como um novo mercado para a política

Caso da 'Dilma Bolada' traz à tona potencial desta ferramenta para atingir opinião pública


Nesta semana, o blogueiro Jeferson Monteiro, criador do perfil fake  no Facebook "Dilma Bolada", que conta com mais de 1 milhão de curtidas - enquanto o oficial tem pouco mais de 500 mil - denunciou que uma agência de publicidade teria tentado comprar a página para torná-la favorável ao PSDB de Aécio Neves, e não mais à presidente Dilma Rousseff. O caso ganhou incrível repercussão e reacendeu a discussão sobre a importância das redes sociais como ferramenta política e diferencial para as eleições.
"Está se formando um mercado de identidades virtuais por meio de blogs e páginas nas redes sociais. Sabemos que há centenas deles, com diferentes níveis de acesso, mas que ainda não estão precificados, não têm um valor de mercado. Quando tiver início uma formalização deste processo, terão preço. Essa questão com o perfil da 'Dilma Bolada' começou a marcar um valor, exatamente porque a imagem que o criador formou atrai as pessoas e potencializa a informação, no sentido do emissor pro receptor", defende o cientista político e professor da Unicamp Valeriano Costa.

Perfil fake da presidente Dilma Rousseff no Facebook
Perfil fake da presidente Dilma Rousseff no Facebook
O especialista afirma que o processo tende a se expandir. "É um novo mundo se abrindo, tem uma importância crescente. A internet multiplicou e difundiu a figura de identidade. As páginas têm um número gigantesco de acessos e o Brasil é um dos países com mais acessos dessas páginas no mundo. Se isso não for decisivo nas eleições deste ano, nas próximas pode ser ainda mais relevante", aponta. "Não é à toa que os meios de comunicação tradicionais estão sendo pressionados e os jornalistas criando sites. Não se sabe até onde vai esse movimento, mas é claramente marcante", completa.
Rafael Araujo, doutor em Ciência Política pela PUC-SP e professor da Escola de Sociologia e Política de São Paulo, concorda que o movimento está consolidado. "É uma tendência crescente e permanente. Candidaturas já estão contratando serviços, já se sabe da audiência gigantesca da internet. Se o viral for bem feito, pode ter mais audiência que a televisão. É barato e eficaz", explica. "A legislação eleitoral não consegue controlar o uso da internet, então é uma estratégia bastante comum o uso de virais como forma de conseguir realizar um marketing sem danos para o candidato. Uma regra do marketing eleitoral é que quando você ataca ou destrata outro candidato isso volta contra você. Quem 'bate' no candidato acaba perdendo votos, e por isso costumava-se contratar candidatos nanicos para fazer esse papel. Agora não precisa mais porque há uma militância digital para fazer isso", esclarece o cientista político.
O professor ainda enaltece o perfil do "Dilma Bolada" como estratégia eleitoral. "Foi uma excelente oportunidade de marketing pessoal para a Dilma. Se o Aécio conseguisse comprar o perfil, minaria a estratégia dela e contra-atacaria sem se responsabilizar", finaliza.

Postado por Helio Borba  no BLOG APOSENTADO INVOCADO

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