As mentiras
reproduzidas como novidade na última edição da revista Veja já haviam sido
vendidas pelo sr. Marcos Valério à Procuradoria Geral da República, em 2012, e
foram repetidas à Lava Jato, em 2016, numa desesperada tentativa de envolver o
ex-presidente Lula em mais uma falsa acusação. Em nenhum dos dois casos a
impostura parou de pé, por ser história falsa, sem prova nem testemunho, apesar
da obsessão macabra dos que tentam até hoje tirar proveito político do
assassinato do prefeito Celso Daniel, em janeiro de 2002. Mas Veja foi longe
demais, até para uma revista que sempre abusou de mentir sobre o PT, e terá de responder
pelo crime que cometeu.
Veja é falsa desde a
capa até o ponto final da matéria. Apresenta como se fosse “recente” um
depoimento prestado por Marcos Valério em 17 e 18 de outubro do ano passado e
que não gerou desdobramentos. Mente ao dizer que o caso Celso Daniel “foi
reaberto” a partir daquele depoimento, pois nenhum novo procedimento foi
gerado, até porque os supostos fatos narrados estariam prescritos. Omite que
Valério fracassou em outras tentativas de chantagem. E, como é hábito no
jornalismo gângster, publicou calúnias e falsidades sem dar chance de resposta
aos ofendidos.
Veja esconde dos
leitores que nem mesmo a Lava Jato, notória pela perseguição a Lula, encontrou
elementos para reabrir o caso e que a “Operação Carbono 14” (lançada em 1º. de
abril de 2016 com objetivo de envolver falsamente Lula e o crime de Santo
André) foi o maior fracasso da perseguição movida por Sergio Moro e pelos
procuradores no âmbito da Lava Jato. Das nove pessoas então acusadas com
estardalhaço, cinco tiveram de ser inocentadas por Moro, porque simplesmente
não havia crime a ser apurado, e as demais passaram a responder por outras
acusações.
Veja esconde ainda
que outra manobra frustrada para envolver Lula no caso, desta vez em 2017, foi
revelada pelo site Intercept na série Vaza Jato. Em 13 de março daquele ano,
Sergio Moro repassou a Deltan Dallagnol uma queixa da então deputada Mara
Gabrilli (PSDB-SP), segundo a qual os promotores do Ministério Público de São
Paulo “não estariam interessados” no caso de Marcos Valério. Foi em decorrência
dessa intervenção indevida e ilegal da Lava Jato que os promotores de São Paulo
ouviram Valério duas vezes, em 17 de abril de 2017 e em outubro de 2018,
segundo nota oficial do MPSP. E nada disso transformou mentira em verdade.
A capa da Veja enoja
e ofende. Brota no mesmo pântano onde nasceram tantas outras mentiras contra o
PT e suas lideranças. Revela o desespero dos que não aceitam o fato de que a
farsa judicial contra Lula está desmoronando, depois de cinco anos da mais
sórdida e mais intensa campanha que já se fez nos meios de comunicação contra
um líder político na história desse país.
O Partido dos
Trabalhadores e seus membros ofendidos por mais esta ação criminosa da revista
Veja estão tomando, desde hoje, a medidas no âmbito da Justiça contra a
publicação, seus proprietários, editores e o autor da matéria. O mesmo ocorrerá
a todos que reproduzirem a falsidade com intenção de caluniar. Da mesma forma
que estamos certos de que a verdadeira Justiça virá para Lula, com a anulação
da sentença parcial, injusta e ilegal de Sergio Moro, temos de acreditar que os
crimes cometidos contra a verdade e a dignidade também serão punidos com o
rigor da lei".
Gleisi Hoffmann,
presidenta nacional do Partido dos Trabalhadores
Brasília, 25 de outubro
de 2019
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