Nesta tarde fria do inverno arapiraquense, no interior alagoano,
li um romance juvenil já em sua 221ª edição, o fantástico livro “O
MEU PÉ DE LARANJA LIMA” do carioca José Mauro de Vasconcelos.
De uma ternura incomensurável, uma realidade misturada com ficção crua, torna-se
impossível a emoção não tomar conta do leitor.
Simplesmente
UMA LEITURA FANTÁSTICA e IMPERDÍVEL
Algumas frases do Livro
“A Fábrica era um dragão que todo dia
comia gente e de noite vomitava o pessoal muito cansado.”
“A gente mata no coração. Vai
deixando de querer bem. E um dia a pessoa morreu.”
“Alegria é um sol brilhante dentro do
coração.”
“Fiz uma coisa que raramente fazia ou
gostava de fazer com os meus familiares; beijei o seu rosto gordo e bondoso...”(do
Portuga, meu maior amigo)
Sobre a árvore do seu amigo: “Como é
que ela se chama, Portuga? Quem tem uma árvore tão grande e bonita assim tem
que batizar ela.”
“No Natal vou ter muito dinheiro.
Comprarei um caminhão de castanhas e avelãs. Nozes, figos e passas. Tanto
brinquedo que até eles vão dar e emprestar pros vizinhos pobres... E vou ter
muito dinheiro, porque de agora em diante quero ser rico, rico demais e ainda
vou ganhar na Loteria...”
“Lá em casa todo mundo morre de
alegria se eu for dado. Vai ser um alívio. Eu tenho uma irmã entre Glória e
Antônio que foi dada pro Norte. Foi viver com uma prima, que é rica, para
estudar e ser gente...Se não quiserem dar, você me compra. Papai está desempregado,
sem dinheiro nenhum. Garanto que ele me vende. Se pedir muito caro você pode me
comprar a prestações...”
Alguns detalhes sobre o livro
Publicado em 1968, foi escrito em doze dias;
Está na 221ª edição, com cerca de meio milhão de
exemplares vendidos;
Já traduzido e editado na Áustria, Alemanha,
Estados Unidos, Inglaterra, Argentina, Itália, Holanda e França;
Os direitos autorais estão sendo negociados na
Dinamarca, Finlândia e Tchecoslováquia; e
Edições estão sendo preparadas nos idiomas norueguês,
japonês, sueco e polonês.
José Mauro de Vasconcelos (1920 no
Rio de Janeiro – Faleceu em São Paulo em 1984) autor de 251 livros, explicava a
característica dos seus livros: “O que atrai meu público deve ser a minha
simplicidade, o que eu acho que seja simplicidade. A minha linguagem regional
está numa atitude compreensiva. Os meus personagens falam linguagem regional. O
povo é simples como eu. Como já disse, não tenho nada da aparência de escritor.
É a minha personalidade que está se expressando na literatura, o meu próprio
“eu”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário