Não
tem descanso, não é, Temer? Sua trinca caiu e você sabe que tem mais….
Do Tijolaço
Por Fernando Brito
Enquanto
Merval Pereira corre atrás de histórias mal arrumadas como a do cabeleireiro –
expediente que lógico que não vai colar com uma mulher austera como Dilma Rousseff
-, cabeludas são as histórias que vão aparecendo sobre a trinca da conspiração
de Temer no Senado: Renan Calheiros, Romero Jucá e José Sarney.
Os R$ 70
milhões que Sérgio Machado diz ter-lhes pago não são trocados que se ponha num
envelope pardo e discretamente se mande entregar. Para ter sido homologada
delação com este teor, é óbvio que há documentação que permite rastrear tamanho
fluxo de dinheiro.
Numa tradução gaiata daquele “verba volant, scripta manent” da famosa carta do ex-vice decorativo, pode-se dizer que a verba voava, mas a escrituração de seu vôos permanece.
Neste momento, fingir que este escândalo nada tem a ver com o julgamento de Dilma no Senado é algo que só mesmo Michel Temer e os ministros do STF conseguem fazer.
Machado não foi apenas levado ao cargo pelo comando do PMDB – onde Temer sempre esteve. Resistiu ao desejo de Dilma de demiti-lo, na mesma leva em que despachou Paulo Roberto Costa. E pagou com derrotas no Senado por isso.
Alguém quer saber como a alguém não basta ser eleito para poder governar?
A questão que apavora a todo o esquema golpista, de vários senadores do “sim” até o pseudopoeta que coordena-lhes o condomínio é que não pode haver a menor dúvida que muita gente comeu do cocho rico que Sérgio Machado abastecia.
O senador Marcelo Crivella é um dos que deve estar orando fervorosamente, por ter indicado o pastor Rubens Teixeira como diretor financeiro de Machado na Transpetro, num episódio que ficou falado no mundo político por coincidir com as ameaças de cassação de Renan Calheiros e, com isso, os riscos para o próprio Machado, que numa cerimônia na Câmara de Vereadores do Rio, agradeceu o apoio sem meias-palavras:
Numa tradução gaiata daquele “verba volant, scripta manent” da famosa carta do ex-vice decorativo, pode-se dizer que a verba voava, mas a escrituração de seu vôos permanece.
Neste momento, fingir que este escândalo nada tem a ver com o julgamento de Dilma no Senado é algo que só mesmo Michel Temer e os ministros do STF conseguem fazer.
Machado não foi apenas levado ao cargo pelo comando do PMDB – onde Temer sempre esteve. Resistiu ao desejo de Dilma de demiti-lo, na mesma leva em que despachou Paulo Roberto Costa. E pagou com derrotas no Senado por isso.
Alguém quer saber como a alguém não basta ser eleito para poder governar?
A questão que apavora a todo o esquema golpista, de vários senadores do “sim” até o pseudopoeta que coordena-lhes o condomínio é que não pode haver a menor dúvida que muita gente comeu do cocho rico que Sérgio Machado abastecia.
O senador Marcelo Crivella é um dos que deve estar orando fervorosamente, por ter indicado o pastor Rubens Teixeira como diretor financeiro de Machado na Transpetro, num episódio que ficou falado no mundo político por coincidir com as ameaças de cassação de Renan Calheiros e, com isso, os riscos para o próprio Machado, que numa cerimônia na Câmara de Vereadores do Rio, agradeceu o apoio sem meias-palavras:
“Destaco
agora meu amigo, meu irmão, Senador Marcelo Crivella, que se constituiu um
paredão em minha defesa quando fui lançado aos leões, só porque discordei de
medidas que interessavam mais aos poderosos.”
Machado,
que foi líder do governo FHC no Senado já disse, de boca própria, como as
coisas funcionam:
Fui
indicado para a função pelo PMDB. Fui quatro anos deputado, oito anos senador.
Tenho relação extensa com tanta gente, de todos os partidos… O senador, ou anda
de braços abertos ou não avança.
Sérgio
Machado avançou, não há dúvidas. E, como ele próprio confessa agora, não foi só
os braços que abriu.
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