sexta-feira, 17 de julho de 2015

Cunha, o DESAFETO do Governo ! ! !


Dudu Cunh(ão)a, o sempre desafeto do governo!
Esse miserável desordeiro não rompeu, pois nunca esteve com o governo.


Em 1994, Cunha tornou-se evangélico de carteirinha, e começou a atuar no rentabilíssimo ramo das rádios controladas pelas seitas dos pastores eletrônicos, que começavam a se multiplicar com a velocidade dos coelhos e a avidez gananciosa dos exploradores da miséria humana. Já evangélico de profunda convicção, em 1999 ele foi contemplado por outra figura – digamos assim – polêmica, o então governador do Rio Anthony Garotinho. Elevado ao comando da Companhia Estadual de Habitação, durou pouco mais de seis meses.

São notórias as posições, mais que conservadores, francamente reacionárias de Eduardo Cunha. Ele é um elemento melífluo, diabólico, daninho ao país. Em nenhum momento de sua carreira política maléfica, iniciada em 1986, deixou de estar ao lado de figuras no mínimo duvidosas no que se refere à ética e à integridade. E em nenhum momento deixou de estar cercado por aluviões de denúncias de irregularidades de todos os tipos e calibres.

Ele foi o tesoureiro da campanha de Collor de Melo no estado do Rio de Janeiro em 1989. Mostrou-se tão eficaz que acabou sendo convidado para integrar a equipe econômica da então ministra Zélia Cardoso de Mello. 1991, veio a segunda – e essa sim, irrecusável – chance: indicado por PC Farias, assumiu a presidência da Telerj, a companhia telefônica pública do Rio de Janeiro. Foi sua grande estréia no mundo dos negócios e negociatas.

Presidente

Como Presidente da Câmara dos de-PUTA-dos, conseguiu aprovar a terceirização para qualquer atividade nas empresas, a sua contrarreforma política, as medidas provisórias que retiraram direitos trabalhistas e a redução da maioridade penal.

“Neste semestre, ele [Cunha] teve uma atuação horrorosa, prepotente e manobrista. Trabalhou em favor de quem financiou sua campanha e atropelou o nosso regimento interno. Não é nada comum que se vote projetos como estes, de tamanha complexidade, em tão pouco tempo, sem discussão alguma com a população, sem diálogo”, critica o deputado Vicentinho (PT-SP).

A PEC 182, a contrarreforma política, Cunha colocou em votação antes mesmo que fosse aprovada na Comissão Especial montada para analisar o projeto. “O episódio mostra como ele tem agido à margem do governo federal, criando um ativismo legislativo para medir forças com Dilma, defendendo interesses da bancada BBB [Boi, Bala e Bíblia] e atacando os direitos humanos e movimentos sociais”, explica o cientista político Pedro Fassoni Arruda, professor da Pontifícia Universidade de São Paulo (PUC-SP), “Ele tem feito mudanças a toque de caixa, sem consultar a população, sem discussão alguma.” concorda com Vicentinho.  

Eduardo Cunha queria que o governo blindasse seu nome das investigações da Lava Jato

Em novo depoimento, o lobista Julio Camargo, avassalador, detalha uma propina milionária envolvendo negócios com navios sondas da Petrobras. Camargo se disse apreensivo quando se encontrou com Cunha. Ele é, segundo o empresário, “conhecido como uma pessoa agressiva, mas confesso que comigo foi extremamente amistoso, dizendo que ele não tinha nada pessoal contra mim, mas que havia um débito meu com o Fernando do qual ele era merecedor de 5 milhões de dólares”. Fernando é Fernando Baiano, suposto sócio oculto de Cunha, apontado como operador do PMDB.

“Diria mais sob o ponto de vista verbal, uma pessoa que tenta lhe constranger, lhe colocar a corda no pescoço, no sentido de possuir as ideias”. Por que ele não fez essas denúncias em depoimento anterior? Ele menciona que foi alertado, ao fechar o acordo de delação premiada com o MP Federal do Paraná, que acusações contra políticos deveriam ser feitas para a PGR por causa do foro privilegiado.

“Uma pessoa que ameaça você através de terceiros é uma pessoa da qual se precisa ter cuidado”, alegou. Cunha teria lhe garantido que estava “no comando de 260 deputados”. “Fico preocupado”, contou. “O maior receio é com a família, porque quem age desta maneira perfeitamente deve agir contra terceiros.” Intimidação é uma especialidade.

O doleiro Youssef afirmou à Justiça no mesmo dia que um deputado federal que integra a CPI da Petrobras o está pressionando. Não deu o nome, mas contou para quem ele trabalha. “Eu como réu colaborador quero deixar claro que eu estou sendo intimidado pela CPI da Petrobras por um deputado, a mando do senhor Eduardo Cunha”, disse.

Eduardo Cunha vinha nadando de braçada. O ápice de sua cavalgada se deu no atropelamento regimental que fez com que a Câmara aprovasse a redução da maioridade penal de 18 para 16 anos para crimes hediondos recentemente.

Achacou, ameaçou, desdenhou das críticas. Arrogante, sentindo-se acima da lei.

Um déspota que, no vácuo e com a cumplicidade e o auxílio dos suspeitos de sempre, virou o sonho de consumo de uma direita indigente.

O deputado pernambucano Jarbas Vasconcelos, do mesmo PMDB, ex-senador e ex-governador, com a autoridade de quem sempre enfrentou os coronéis do seu partido, subiu à tribuna da Câmara na terça-feira, dia 14, para dizer o que pensa da gestão Cunha. Foi implacável. “As manobras de Cunha resulta em “votações precárias, interrompidas e remendadas, o resultado, é de uma mediocridade sem tamanho, longe do que anseia a sociedade brasileira”.

Companheiro de Ulysses Guimarães no velho MDB, Jarbas disse que votou em Cunha para derrotar o PT, mas está chocado com o autoritarismo na cadeira que foi ocupada pelo Senhor Diretas [Ulysses]. “Estamos vivendo um momento de ditadura absoluta; ele faz o que quer”.

O roteiro, agora, foi drasticamente alterado. Pode ser a trilha sonora do início do fim do projeto do Dudu Cunh(ão)a.

A corda, no pescoço, 
já lhe incomoda.

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