segunda-feira, 13 de junho de 2011

Ela tira de letra

 
Rápidos como quem furta, jornais encomendaram pesquisas para ver se a queda do bem sucedido consultor Antonio Palocci baixaria a popularidade da presidente Dilma Rousseff.

Ao olharem os números, porém, ficaram com a sensação de quem descasca uma laranja com água na boca e vê que está bichada. A população continua apoiando e acreditando no governo Dilma. E mais, aprovou a entrada de Lula no circuito durante a celeuma em torno do apartamento de R$ 6,6 milhões comprado por Palocci.

Palocci se foi. Entrou em seu lugar uma senadora muito menos palatável ao mercado da desinformação que o demitido. E ainda ganhou força no governo outra mulher, Ideli Salvati, que, como se dizia na gíria dos anos 40, "não é bolinho". Em suma, o governo ficou mais aguerrido para a batalha diária contra a vigilante (quando lhe convém) imprensa brasileira.

Dilma sabia que não seria fácil. E sabe que não será. Alguns machistas dizem que ela não vai aguentar tanta marola, vai surtar.

É ruim heim...

Quem aguentou tortura tira isso de letra.

E a torrente de verbas federais para acabar com a miséria vai começar a jorrar. Dinheiro que socorria impérios perdulários vai lá para os confins.

É com isso que não se conformam nossos imortais da grande imprensa, papagaios do empresariado mais egoísta e retrógrado do mundo.

Corruptos, se põe na cadeia. Mas, para isso, dependemos dos nossos magistrados.

E dinheiro público se gasta com quem precisa. Para que todos tenham oportunidades iguais de se tornarem um Eike Batista. Ou Machado de Assis.

Blog Rio Acima - Jornalista Marcelo Migliaccio

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