
A esposa do ator, comediante, cômico e humorista Bemvindo Sequeira estava em Salvador, capital baiana, numa lanchonete com seus dois netos, quando entraram dois jovens adolescentes e sentaram-se em uma mesa próxima. Vale ressaltar que eram negros.
Imediatamente, UM segurança, também
negro, veio retirar os dois jovens da lanchonete.
Eles não haviam sequer feito um pedido.
Ela questionou o segurança:
- Porque o senhor está fazendo isso?
Porque está tirando eles daqui?
- Porque eles entram aqui e podem roubar
as pessoas.
- Mas eles não roubaram ninguém, não
fizeram nada, apenas sentaram...eles têm direito de entrar aqui, o senhor não
pode fazer isso. Como o senhor pode dizer que são criminosos?
- Eles são todos iguais. Disse o
segurança.
Um dos jovens, constrangido, abriu sua
mochila e mostrou ao segurança:
- Olha aqui moço, não tem nada roubado
aqui. É tudo meu, coisas da escola, coisas pessoais.
Não adiantou. As pessoas nas outras mesas
faziam de conta que os dois jovens eram INVISÍVEIS e que aquela cena não estava
ocorrendo.
A violência do silêncio e da omissão
delas é tão forte, ou mais até, que um furto de um pivete de rua.
A esposa do humorista rendeu-se àquela
cena de violência para evitar que ela própria entrasse em conflito de UMA violência
maior com o segurança da lanchonete.
Os
jovens foram retirados da lanchonete.
Não se sabe se eles queriam apenas tomar
um sorvete, ou descansar um pouco sentados ali.
Não roubaram ninguém, não agrediram, não
foram violentos. Ao contrário: SOFRERAM a violência diária destinada aos que
“são todos iguais”.
QUE MUNDO
HIPÓCRITA E
CRUEL
COM OS MAIS POBRES !!!
Nenhum comentário:
Postar um comentário