A cantora e atriz brasileira Zezé Motta acredita que o clamor popular pela saída do deputado pastor da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara Federal, no Congresso Nacional, vai surtir efeito e promete se engajar pela causa.
Motta é mais uma artista a manifestar repúdio à permanência do deputado Pastor Feliciano (PSC-SP) à frente daquela Comissão.
Primeira mulher negra a ser protagonista de um filme brasileiro (“Xica da Silva”, dirigido pelo alagoano Cacá Diegues baseado no livro homônimo de João Felício dos Santos em 1976, com Zezé Motta e Walmor Chagas nos papeis principais), Motta disse acreditar que a permanência do deputado pastor, que é considerado homofóbico, na comissão reflete um Brasil ainda preconceituoso.
"Não sei que nome dar a ele. Outro dia chamei ele de babaca, porque os travestis fizeram uma manifestação e eu participei. Chamei ele de babaca e falei: olha, pode me processar, eu não tenho dinheiro para pagar, mesmo (risos). Então fica tudo certo", disse Zezé em entrevista na semana passada.
Zezé prometeu participar de todos os movimentos contra o Feliciano e alegou “que o clamor popular pela saída do deputado da comissão vai surtir efeito, a pressão está muito grande, a gente vai se livrar desse traste".
A artista esteve neste final de semana em Salvador, capital baiana, apresentando o show 'Negra Melodia', de graça, no espaço Caixa Cultural.
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