segunda-feira, 8 de abril de 2013

Ministério Público investiga desperdício de água !!!

MP investiga causas de desperdício de água no Agreste de Alagoas

Problema atinge cidades abastecidas pelo sistema coletivo da região.

De acordo com moradores, o vazamento já dura cerca de trinta dias.

 
   

Com o objetivo de investigar as causas dos vazamentos de água que atingem cidades abastecidas pelo sistema coletivo do Agreste, representantes do Ministério Público do Estado de Alagoas visitaram, na semana passada, o povoado de Taboca, em Feira Grande, cidade vizinha de Arapiraca.

Na região, a água que deveria seguir pela tubulação subterrânea até chegar às torneiras dos consumidores jorra sem parar por uma caixa de cimento ao mesmo tempo em que é disputada por várias pessoas.

A dona de casa Maria do Ó, moradora do bairro de Guaribas, em Arapiraca, é uma das prejudicadas. "Tem vezes que a água chega só depois de 12, 15 dias", afirma.

De acordo com o funcionário público Rogério Lima, o problema já dura um mês. "Está há cerca de 30 dias vazando, a nossa sorte é ainda ter essa água disponível", diz.

A causa do desperdício seria um vazamento na ventosa, equipamento instalado para controlar a entrada e a saída de ar das tubulações. O promotor de defesa do consumidor em Arapiraca, Saulo Ventura, tentou descobrir a causa do vazamento, mas os moradores não souberam informar.
 
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Cerca de 400 metros depois, há mais um flagrante de vazamento na tubulação da rede da Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal) que abastece a região do Agreste. Desta vez, em um volume muito maior.

No local, a pressão é tão forte que faz a água jorrar como um chafariz. Desperdício provocado por mais um vazamento na ventosa, que fica dentro de uma propriedade particular. A força da água abriu um buraco no chão, escoando para a parte baixa e enchendo a barragem da propriedade. O promotor registrou tudo, mas os populares, mais uma vez, não souberam relatar a causa do problema.

Fonte de água no meio do agreste é retrato do desperdício. (Foto: Reprodução/TV Gazeta)
Fonte de água no meio do agreste é retrato do desperdício. (Foto: Reprodução/TV Gazeta)

Poucos metros depois, o representante do Ministério Público identificou outro vazamento, mas em menor proporção. A inspeção prosseguiu e, mais adiante, uma cena rara. Uma propriedade particular com as barragens cheias em uma região que sofre com a seca. A grande quantidade de água forma até uma pequena queda d'água.

Ao final da inspeção, o promotor afirmou que cobrará explicações da Casal, se possível, judicialmente. Ele quer saber se a empresa deixou de prestar as devidas manutenções. "O que vimos nos surpreendeu. Foi mais do que imaginávamos. E a casal, que deveria resolver o problema, não soluciona. Então, vamos buscar no Judiciário a resolução dessa questão", expôs Ventura.

O gerente de negócios da unidade da Casal no Agreste, Ricardo Ítalo, disse que a empresa tem conhecimento do problema e que os vazamentos nas ventosas são causados pela depredação dos equipamentos. Ele informou ainda que a Casal realizará uma correção preventiva nas ventosas onde existem os vazamentos, mas, para isso, terá de interromper o funcionamento da adutora do Agreste por um período de 12 horas – das 07 às 19 horas –, o que suspenderá o fornecimento de água durante os ajustes.

Fonte: http://g1.globo.com/al/alagoas/noticia/2013/04/mp-investiga-causas-de-desperdicio-de-agua-no-agreste-de-alagoas.html

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