MP investiga causas de desperdício de água no Agreste de Alagoas
Problema atinge cidades abastecidas pelo sistema coletivo da região.
De acordo com moradores, o vazamento já dura cerca de trinta dias.
Com o objetivo de investigar as causas dos vazamentos de água que atingem cidades abastecidas pelo sistema coletivo do Agreste, representantes do Ministério Público do Estado de Alagoas visitaram, na semana passada, o povoado de Taboca, em Feira Grande, cidade vizinha de Arapiraca.
Na região, a água que deveria seguir pela tubulação subterrânea até chegar às torneiras dos consumidores jorra sem parar por uma caixa de cimento ao mesmo tempo em que é disputada por várias pessoas.
A dona de casa Maria do Ó, moradora do bairro de Guaribas, em Arapiraca, é uma das prejudicadas. "Tem vezes que a água chega só depois de 12, 15 dias", afirma.
De acordo com o funcionário público Rogério Lima, o problema já dura um mês. "Está há cerca de 30 dias vazando, a nossa sorte é ainda ter essa água disponível", diz.
A causa do desperdício seria um vazamento na ventosa, equipamento instalado para controlar a entrada e a saída de ar das tubulações. O promotor de defesa do consumidor em Arapiraca, Saulo Ventura, tentou descobrir a causa do vazamento, mas os moradores não souberam informar.
saiba mais
No local, a pressão é tão forte que faz a água jorrar como um chafariz. Desperdício provocado por mais um vazamento na ventosa, que fica dentro de uma propriedade particular. A força da água abriu um buraco no chão, escoando para a parte baixa e enchendo a barragem da propriedade. O promotor registrou tudo, mas os populares, mais uma vez, não souberam relatar a causa do problema.
Fonte de água no meio do agreste é retrato do desperdício. (Foto: Reprodução/TV Gazeta)
Poucos metros depois, o representante do Ministério Público identificou outro vazamento, mas em menor proporção. A inspeção prosseguiu e, mais adiante, uma cena rara. Uma propriedade particular com as barragens cheias em uma região que sofre com a seca. A grande quantidade de água forma até uma pequena queda d'água.
Ao final da inspeção, o promotor afirmou que cobrará explicações da Casal, se possível, judicialmente. Ele quer saber se a empresa deixou de prestar as devidas manutenções. "O que vimos nos surpreendeu. Foi mais do que imaginávamos. E a casal, que deveria resolver o problema, não soluciona. Então, vamos buscar no Judiciário a resolução dessa questão", expôs Ventura.
O gerente de negócios da unidade da Casal no Agreste, Ricardo Ítalo, disse que a empresa tem conhecimento do problema e que os vazamentos nas ventosas são causados pela depredação dos equipamentos. Ele informou ainda que a Casal realizará uma correção preventiva nas ventosas onde existem os vazamentos, mas, para isso, terá de interromper o funcionamento da adutora do Agreste por um período de 12 horas – das 07 às 19 horas –, o que suspenderá o fornecimento de água durante os ajustes.
Fonte: http://g1.globo.com/al/alagoas/noticia/2013/04/mp-investiga-causas-de-desperdicio-de-agua-no-agreste-de-alagoas.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário