segunda-feira, 26 de março de 2012

Fãs se emocionam com documentário de Raul Seixas

Sessões de O início, o fim e o meio têm público 
cantando junto as canções do maluco beleza
Fotos: Juliana Flister/Esp. EM/D. A Press Família reunida para assistir ao filme: Hebert de Oliveira com o filho Pablo de Oliveira, o irmão, Ronaldo de Oliveira, o pai, Clemente de Oliveira, e a mãe, Auxiliadora de Oliveira
Impossível assistir ao documentário sobre o Maluco Beleza, um dos principais nomes da história da música popular brasileira, e não ter vontade de cantar Raul. “Já que não tem como tocar Raul aqui dentro do cinema, a gente canta mesmo. Como não acompanhar os versos de Mosca na sopa, Eu nasci há 10 mil anos atrás ou Metamorfose ambulante? Dá vontade de cantar mesmo”, justifica o músico Cristiano Silva, de 31 anos, cover de Raul, que tem banda em homenagem ao artista morto em 1989. Raul, o início, o fim e o meio, de Walter Carvalho, conseguiu emocionar boa parte do público que compareceu a uma sala do Cineart, no Shopping Del Rey. Alguns chegaram até a chorar no fim da sessão. “Chorei mesmo. O fim é bem arrebatador e o Raul faz muita falta. Acho que a única coisa que ficou devendo foi mostrar um pouco do que significa o Raul Seixas hoje, esse mito que ele ainda é”, comentou o professor Luciano Campos, de 38 anos.

Para o amigo Rubens de Moraes, de 42 anos, mesmo no fim da vida e já decadente fisicamente, o cantor e compositor não deixava de mostrar seu lado irreverente e toda a sua poesia. “Acho que o documentário conseguiu resumir bem aquela coisa fantasiosa em torno dele, sua importância e seu legado”, disse.

Quem também prestigiou o filme foi a família Oliveira, que, com representantes de várias gerações, aprovou o documentário. O responsável por levar o clã ao cinema foi o professor Hebert de Oliveira, de 38 anos, grande fã de Raul Seixas, que ficou surpreso com as imagens inéditas do artista baiano. “Gostei da maneira como foi desenvolvida a trajetória dele. O roteiro e o fim ficaram bem à altura de Raul”, declarou Hebert, que fez questão de levar o filho, Pablo, de apenas 8 anos, para conhecer a obra do ídolo. “Achei muito bonito ele cantando Plunct plact zum”, disse o garoto, referindo-se à canção Carimbador maluco.

“Nosso filho que é mais fã mesmo, mas a gente gosta também. Ele foi um grande artista e o filme comprova isso”, resumiu o pai, Clemente de Oliveira, de 63 anos, que estava acompanhado da esposa, Auxiliadora, de 57 anos, e do outro filho, Ronaldo, de 32. 

O casal de namorados Emerson Fonseca, de 30, e Tamires de Paula, de 22 anos, encantou-se e chegou a se surpreender com algumas partes do documentário como a passagem de Raul com as drogas. “Já havia lido a biografia, tenho muito material sobre a vida dele, mas alguns episódios ainda eram meio obscuros. Mesmo quem não gosta de Raul deve assistir ao filme, que, além de emocionante, é muito divertido”, afirmou Emerson.

O empresário Marcelo Saldanha, 29 anos, confessa que achava que Raul, o início, o fim e o meio era um longa-metragem no estilo Cazuza – O tempo não para, mas que mesmo assim não deixou de desgostar do trabalho do diretor Walter Carvalho. Fã póstumo do cantor, Marcelo disse que achou interessante conhecer o lado pessoal do mito. “Passei a conhecer a obra dele quando ele morreu. E só sabia mais desse lado musical mesmo. A relação com as mulheres, as filhas, os amigos, tudo isso ficou bem em evidência no documentário e foi bacana ver esse lado”, opinou.
 
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