O
espalha-vírus do Alvorada.
Por
Fernando Brito
Publicado
originalmente no Tijolaço

presidente GENOCIDA (de moto) conversa
com garis. Registro do fotógrafo Adriano Machado da Agência Reuters
Torça o sr. Jair
Bolsonaro para que o jovem gari com quem ele parou para conversar, sem máscara,
nos jardins do Palácio do Alvorada não contraia o novo coronavírus. E se, por
infelicidade, tiver, que não seja com sintomas graves. Porque, depois da foto
em que o presidente, um dia depois de seu teste ter acusado que ele ainda está
contaminado pelo vírus, se aproxima perigosamente e sem proteção do rapaz que
juntava folhas no gramado do palácio, ele se torna o responsável por qualquer
coisa que lhe venha acontecer.
Bolsonaro, é
claro, poderia ter usado uma máscara ou mesmo um capacete que encobrisse boca e
nariz. Mas é claro que o gesto de aparecer sem máscara foi deliberado, parte
da mise-en-scéne de super-homem que ele faz questão de
simular.
É mais uma imagem
– feita pela agência Reuters = que vai correr o mundo, como mais um retrato
deprimente de nosso país, governado por um palhaço irresponsável que, carregado
do vírus, não hesita em correr o risco de transmiti-lo a pessoas indefesas.
E faz isso no
mesmo dia em que um estudo – amplo,
criterioso e de repercussão mundial, pela publicação no New England
Journal of Medicine – mostra, pela enésima vez, que a sua idolatrada
cloroquina no tem efeito algum na terapia da Covid-19.
Pede-se ao menos que ele contamine seus
cúmplices, não um pobre sujeito humilde, que está ali a deixar limpo um palácio
habitado por um ser imundo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário