“Nunca tivemos um idiota tão completo no poder”
Por Leandro Fortes
O
fato é que não há como ignorar Bolsonaro.
Obviamente,
não por conta de ele ser presidente ou emanar alguma autoridade: nunca, na
história desse País, tivemos um idiota tão
completo no poder.
A questão é mais sensorial do que,
digamos, realista.
Na trapaça mais recente, Bozo
estampou aquela carona avermelhada nas telas de toda parte para dizer que, no
governo, o PT colocou 10 mil médicos cubanos, no Brasil, para montar células de
guerrilha, deduz-se, comunista.
Ele está cercado, sempre, de uma
entourage que dá risadinhas e gritinhos histéricos,
um séquito de imbecis motivados.
De perto, em close, Bolsonaro é ainda
mais asqueroso.
As falas vêm de um boca pequena, mas
monstruosamente desarmônica, de onde se espera sempre emanações de mau hálito
de fezes, sua narrativa preferida.
Perdido nas poucas conexões neurais
que ainda lhe restam, o presidente rumina as ideias como um boi que, ao invés
de capim, mascasse vísceras. O resultado é um fluxo pavoroso de estupidez
pastosa, radioativa.
Aos poucos, embora de forma ainda
envergonhada, os repórteres que o cercam começam a demonstrar certo incômodo
profissional.
“O senhor tem provas?”, pergunta o
rapaz, já na esquiva, ciente que mula irritada dá coice para todo lado.
Bozo não precisa de provas, na
verdade, as despreza, por inúteis à sua jornada. Na cara congestionada, a
pergunta lhe ativa a bílis negra, a boquinha convulsionada se enrola num
torvelinho de língua, restos de dentes, lábios secos.
Os olhos se aproximam entre si, dão
ao quadro geral uma aparência franca, cristalina, de demência.
De
novo, ele defeca, antes de fugir.
ô-XENTE, CUIDADO, pois as palavras
na cor vermelha constam
originariamente no texto, mas os destaques e ênfases são deste BLOGUEIRO.
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