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INFORMAM
Toffoli revela detalhes do
grande acordo para impedir impeachment de Bolsonaro
Pacto para impedir "impeachment precoce"
de Jair Bolsonaro foi fechado após mais de trinta reuniões entre membros do
mais alto escalão dos três poderes. Medidas tomadas a partir do grande acordo
mudaram os rumos do Brasil
(Foto de Pedro França/Agência Senado)
Um grande acordo nacional para frear o processo de impeachment de Jair Bolsonaro (PSL) proposto pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, junto aos presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), incluiu entre os itens o adiamento da sessão em que a corte julgaria a legalidade das prisões em segunda instância, o que poderia resultar na libertação do ex-presidente Lula.
Em entrevista à revista Veja, divulgada ontem (9), o presidente do STF
conta que logo nos primeiros meses do governo foi costurado o acordo entre os
poderes para evitar a convulsão social e o impedimento de Bolsonaro em razão da
insatisfação de militares, da classe política e de empresários, incomodados com
a desastrosa condução do país pelo capitão reformado do Exército.
Segundo a reportagem, o “ponto de ebulição” da crise tinha data para
acontecer: 10 de abril, quando Lula poderia ser libertado por uma decisão do
STF sobre a ilegalidade da prisão em segunda instância.
Após mais de trinta reuniões entre os chefes do Judiciário e do
Legislativo, um grande pacto foi fechado. No Congresso, o projeto do
parlamentarismo e a CPI da Lava-Toga foram arquivados e a reforma da
Previdência destravada. No Planalto, o vice-presidente, Hamilton Mourão (PRTB),
foi calado, e Santos Cruz, demitido da Secretaria de Governo.
No Supremo, Dias Toffoli instaurou inquérito para apurar ameaças contra
os ministros, adiou o julgamento que poderia soltar Lula e paralisou as
investigações contra o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ).
“Estávamos em uma
situação de muita pressão, com uma insatisfação generalizada. Mas o pacto
funcionou. A reforma da Previdência foi aprovada, as instituições estão firmes.
Agora o grande desafio é o país voltar a crescer. O Supremo estará atento para
que julgamentos não impeçam ou atrapalhem o projeto de desenvolvimento
econômico, que é tão necessário”, disse Toffoli na entrevista à Veja.
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