O brasileiro José Graziano da
Silva, diretor-geral da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e
Alimentação (desde 2011) é agrônomo, professor e escritor, está preocupado com a possibilidade do Brasil voltar a ter a fome como um de seus problemas crônicos e estruturais.
Segundo ele “se o
Brasil não conseguir retomar o crescimento econômico, gerar empregos de
qualidade e ter um programa de segurança alimentar voltado especificamente para
as zonas mais deprimidas, nós podemos, infelizmente, voltar a fazer parte do
Mapa da Fome da FAO”, alerta, em entrevista por e-mail ao UOL, da sede mundial
da instituição, em Roma (Itália).
O Mapa da Fome é um
estudo elaborado desde 1990 pela FAO, principal órgão internacional de
incentivo a políticas de combate à fome e à promoção do alimento. O mapa reúne
e analisa dados sobre a situação da segurança alimentar da população mundial,
fazendo diagnósticos por regiões e países.
O Brasil saiu da
“lista negra da fome” no ano de 2014. Pela primeira vez, segundo a FAO, número
inferior a 5% dos brasileiros se alimentava com menos calorias diárias que o
recomendado. Um país com mais de 5% da população subalimentada entra no mapa.
Em 2014, as pessoas com restrição alimentar severa no Brasil representavam 3%
da população.
Na entrevista,
Graziano, defende que “é preciso tornar a questão da fome um problema político
para poder ser objeto de políticas públicas”.
Entre 2003 e 2004, Graziano atuou
no gabinete do Presidente Luiz Inácio LULA da Silva, como Ministro Extraordinário de Segurança Alimentar e Combate à Fome, sendo o responsável pela implementação do PROGRAMA FOME ZERO.
Nenhum comentário:
Postar um comentário