segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Radicalismo estéril e desnorteado !!!

Embora não tenham sido criados nas jornadas de manifestações violentas em julho e julho do ano passado, pode-se dizer que o modismo perverso desse tipo de baderna em nome de mobilizações sociais se instalou naqueles dias de fúria tresloucada e criou escola. Os “rolezinhos”, sem dúvida, se incorporaram a essa onda de rebeldia atabalhoada.

Como todo movimento de massas sem lideranças identificáveis, esses protestos vão sendo apadrinhados por uns e outros e direcionados contra outros e uns, embora todos tenham em comum o desafio aberto à ordem institucionalizada e um radicalismo tão veemente quanto infantil.

Infantilidade ideológica que é transformada em arma perigosa pela manipulação de quem está de fora das ruas em chamas.

Aos sem-rumo rebelados são facilmente colocadas guias que os direcionam para determinados pontos. Assim, os opositores do governo federal canalizam os protestos contra a Copa, por exemplo, em manifestações contra o governo Dilma, fazendo as turbas passarem ao largo dos estádios que servirão ao mesmo torneio mas que estão sob o comando de governadores e/ou prefeitos amigos. Por sua vez, os aliados do governo federal turbinam os protestos nos quintais desses governadores e/ou prefeitos que são oposição à gestão petista. E todos (os partidos) saem machucados dessa temerária onda de rebeldia despolitizada.

Para além dos baderneiros Black Bloc – cuja bandeira resume-se ao vandalismo puro e simples, dispensando slogans –, algumas palavras de ordem dão a exata medida da estupidez que grassa em meio à balbúrdia. Este é o caso da máxima “Não Vai Ter Copa”; ora, essa meta, caso seja alcançada, simplesmente multiplica ao máximo os prejuízos que possam ser registrados na preparação da Copa do Mundo.

Essa “palavra de ordem” dimensiona a imbecilidade que assola as cucas mais radicalizadas desses “indignados”, podendo ser traduzida como “eu quero ter mais prejuízo!!”, pois, no fundo, quem paga o preço do torneio é o povo, que pagará dobrado feito tapioca se a tresloucada meta vier a ser alcançada.

Que se proteste! Que sejam denunciados os abusos, os gastos excessivos, que as responsabilidades sejam cobradas – mas chega de prejuízos e de estupidezes.

Editorial do Jornal Gazeta de Alagoas de ontem, dia dois 

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