domingo, 2 de agosto de 2020

Paulão SOLIDÁRIO com povos indígenas ! ! !


Indígenas pedem testagem em massa na véspera do STF julgar liminar para conter pandemia

Foto de Guilherme Cavalli - CIMI


Deputado Paulão (PT-AL), segundo da esquerda para a direita, Mario Nicácio Wapichana, vice-coordenador da Coiab, participam de uma audiência com deputados.

O  plenário do Supremo Tribunal Federal – STF - julgará amanhã, dia 3, a liminar concedida no início de julho pelo juiz Luís Roberto Barroso, que determinou ao governo federal garantir o atendimento de indígenas que estejam em áreas demarcadas ou não. A epidemia da COVID-19 continua avançando entre os indígenas e já atinge 147 povos no Brasil.

A pandemia se agrava rapidamente com a omissão do DES-governo do sanguinário/assassino/cruel/negacionista e descarado jair capirosco, pois segundo o balanço online da APID - Articulação dos Povos Indígenas do Brasil, até hoje 21.646 indígenas foram infectados pelo novo coronavírus e 620 morreram em decorrência desta pandemia. Os casos suspeitos atingem 884 nativos, mas o DES-governo assassino insiste no genocídio.

O julgamento no STF é o primeiro no tribunal após o recesso do Judiciário. A sessão começará às 15hs e será transmitida pelas redes sociais do Supremo e da APIB.

Para a organização nacional indígena, manter a liminar é fundamental para evitar uma catástrofe maior. A articulação dos indígenas também espera que o STF reveja um dos pontos não atendidos por Barroso: a retirada de invasores de áreas duramente afetadas pela epidemia: as Terras Indígenas (TIs) Karipuna e Uru-Eu-Wau-Wau (RO); Kayapó, Munduruku e Trincheira Bacajá (PA); Araribóia (MA); e Yanomami (AM/RR).

A subnotificação de casos da COVID-19 entre indígenas que não vivem em terras homologadas tem complexificado o enfrentamento da epidemia, diz Yaponã Bone Guajajara, jovem membro da APIB no Maranhão, em recente entrevista.

Do total de mortos pela COVID-19, a maioria – 335 indígenas – morava fora de terras demarcadas. O DES-governo federal decidiu tratar esses índios como “ruralistas”, relata com indignação Yaponã, o que na prática significa que eles não contam com o atendimento especializado da Secretaria Especial de Saúde Índígena (SESAI).

O Maranhão tem 16 territórios demarcados e uma população de 34.000 indígenas. Desse total, segundo organizações de base que se esforçam para manter a contagem atualizada, pelo menos 3.200 foram contaminados. “Mas muitos indígenas com sintomas da COVID-19 não buscam a unidade básica de saúde do município ou o distrito sanitário especial pelo preconceito que sofrem”, destaca Yaponã. “Falta atendimento adequado e principalmente testes”, explica o líder.

Levantamento realizado pela “ONG NA TERRA INDÍGENA BACURIZINHO” identificou que no início do mês de julho, 25 indígenas testados, incluindo idosos e gestantes, 14 estavam infectados pelo coronavírus. “Ou seja, 64% deram positivo. Imagine se fizerem em toda a população?”, questiona a jovem liderança indígena.

A insegurança alimentar e a falta de água potável tem tido forte impacto para os povos. “Quando acaba a comida, muitos saem para vender seus artesanatos e acabam se contaminando”, lamenta o Guajajara. Ele também critica a falta de barreiras sanitárias e a invasão constante de terras por grileiros, garimpeiros e madeireiros, que levam a COVID-19 e outras doenças às aldeias.

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