sábado, 14 de outubro de 2017

BOMBA e EXCLUSIVO: Livro de Tacla Duran revela os subterrâneos da Lava Jato ! ! !

EXCLUSIVO: Livro de Tacla Duran revela os subterrâneos da delação premiada na Lava Jato

Resultado de imagem para capa do livro Rodrigo Tacla Duran

Por Diário do Centro do Mundo - 13 de outubro de 2017

Esta reportagem é a primeira da série financiada através de crowdfunding feito em parceria entre o Jornal GGN e o DCM. Outras virão. Obrigado pelo apoio. Fique ligado.

As delações  premiadas

O instituto da delação premiada é recente na história do direito penal brasileiro. E passou a ser utilizado exaustivamente na Operação Lava Jato.
Como deuses ex-machina, procuradores e juiz passaram a ter poder total sobre o futuro dos réus. O poder de fixar penas, de abrandá-las, de impor multas pesadíssimas ou irrisórias, de confiscar dinheiro ou de liberá-los, segundo critérios pessoais, indevassáveis. E contando com o apoio maciço da mídia tradicional.
Em torno do tema corrupção, criou-se uma indústria riquíssima para a advocacia, seja nos trabalhos mais sofisticados de compliance nas empresas ou no trabalho mais tosco de orientar uma delação. Especialmente em uma operação em que um mero diretor da Petrobras tinha acumulado contas de mais de uma centena de milhões de dólares no exterior.
Nesse universo pouco transparente, o vazamento do livro que está sendo escrito por Rodrigo Tacla Duran foi uma bomba. Nele, Duran denunciava uma proposta que lhe teria sido feita por advogado estreitamente ligado ao juiz Sergio Moro.
No primeiro capítulo da série, traremos um resumo do livro de Tacla Duran, com a ressalva de que se trata de uma visão parcial dele, em sua própria defesa.


A formação do mercado de doleiros

Independentemente das revelações sobre a Lava Jato, o livro de Tacla Duran é um ponto de partida para a história da internacionalização do capital brasileiro, o momento em que o mercado paralelo ganha musculatura, sofisticação e passa a gerir parte relevante da poupança dos bilionários brasileiros.
A primeira investida foi nos anos 80, através da Corretora Tieppo, que quebrou por não entender adequadamente sobre os novos mercados especulativos que surgiram na esteira da liberalização cambial global.
No final dos anos 80 já havia um volume considerável de recursos estrangeiros no exterior. Depois do Plano Collor, que acabou com as contas ao portador, a migração foi maior. E se acelerou definitivamente no pós-Real com a disseminação das contas CC5, que permitiam a residentes estrangeiros abrir no país.
A CC5 foi criada no final dos anos 60, durante a ditadura, mas seu propósito inicial era, em tese, nobre. Era para facilitar a vida de estudantes, pesquisadores e funcionários de multinacionais que vinham ao Brasil para morar durante um certo tempo e, em razão disso, não tinha CPF nem outros documentos necessários para abrir conta bancária. A Carta Circular número 5 do Banco Central resolveu esse problema.
Com o tempo, no entanto, laranjas estrangeiros, que nunca moraram efetivamente no país, e offshores passaram a ser usados para movimentar conta bancária. Não eram alcançáveis pelos órgãos de fiscalização no Brasil e, em consequência disso, eram o canal perfeito para escoar dinheiro sujo.

Como se aproxima da Odebrecht

O pai de Tacla Duran tinha uma firma de serviços, que fornecia refeições para os tribunais em São Paulo, especialmente para o Tribunal de Justiça de São Paulo. Depois, entrou para a política sindical do setor, disputando a direção do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares.
O presidente do sindicato, Nélson de Abreu Pinto, procurado para falar sobre Tacla Duran, disse que o pai dele chegou a fazer parte da diretoria no passado. Ele conheceu os dois, pai e filho, mas não que falar sobre eles. “Como são nomes envolvidos na Lava Jato, melhor não falar nada por enquanto”, disse um dos seus assessores.
Formado em direito, o primeiro emprego de Tacla foi na Federação do Comércio de São Paulo, com Ubirajara Rocha. Depois, trabalhou no Sindicato, com o notório Nelson de Abreu Pinto, um dos mais antigos líderes sindicais patronais do país.
Em 1999 entrou como sócio do escritório Nelson Rui Gonçalves Xavier, irmão do desembargador José Carlos Xavier de Aquino, que tinha muitos clientes do setor de telecomunicações. Aquino é um desembargador roqueiro, popular entre os colegas que, no seu perfil oficial no Facebook, se define como “o desembargador José Carlos Gonçalves Xavier de Aquino que no fim do expediente, quando pendura a toga, se transforma no irreverente Zeca Aquino”.

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ô-XENTE, CUIDADO, pois as palavras na cor vermelha constam originariamente no texto, mas os destaques e ênfases são deste BLOGUEIRO.

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