Nota
distribuída pelo Palácio do Planalto, informa que Bolsonaro se reuniu, no final da semana passada, com os ministros da Defesa, do GSI, das Relações
Exteriores e da Ciência e Tecnologia, e ainda com representantes do Ministério
da Economia e dos comandos da Marinha, do Exército e da Aeronáutica.
“Foram
apresentados os termos das tratativas entre Embraer (privatizada desde 1994) e
Boeing. O presidente foi informado de que foram avaliados minuciosamente os
diversos cenários, e que a proposta final preserva a soberania e os interesses
nacionais. Diante disso, não será exercido o poder de veto (golden share) ao
negócio”, finaliza a nota.
O PDT entrou
com uma ação na Justiça Federal de Brasília pedindo a suspensão da negociação.
O partido defende que o acordo seja submetido ao Congresso Nacional e ao
Conselho de Defesa Nacional e alega que o Judiciário deve fazer com que a União
exerça o direito de veto.
Pelo acordo,
a Boeing seria controladora da empresa, com 80% das ações da “nova companhia” a
ser criada, e, para isso, pagaria US$ 4,2 bilhões. No caso das operações de
Defesa, seria criada uma empresa na qual a Embraer teria 51% das ações.
Ainda
segundo o acordo, a companhia aérea norte-americana pode ficar com a totalidade
da empresa de aviação comercial. Se a opção for exercida nos primeiros dez
anos, a Boeing terá de pagar à Embraer o valor dos 20% determinados na data de
fundação da NewCo, US$ 1,05 bilhão. Com isso, a área de aviação civil da
Embraer pode perder participação brasileira a qualquer momento.
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