segunda-feira, 30 de abril de 2018
sábado, 28 de abril de 2018
Os patos de Uberlíndia ! ! !
O Acampamento
Por Benvindo Sequeira
O Santo Pato
Ethelberg Von Reinstroff é um homem de bem, um cidadão correto, branco como a neve, morador na Uberlindia meridional, e religioso adorador de um totêmico pato amarelo. Levava uma vida recatada e gostava de andar em sua rua sentindo o cheiro matinal das araucárias, que os vulgos chamavam de pinheiros. Experimentava uma paz, um silêncio, uma segurança que só se consegue entre seus iguais.
Tudo isto desmoronou desde o dia em que um grupo de gente estranha, muito estranha, acampou na sua rua. Mais precisamente na pracinha das araucárias.
Era um tal movimento de Ocupa o Pinhal. Que desde seu titulo já éra uma ameaça à moral e bons costumes, porque Ocupa o Pinhal dito de forma rápida era o cu po pinhal.
Mas o tal acampamento era um protesto que exigia a imediata contratação de tradutores de javanês, o javanês havia se tornado a língua oficial da elite da Uberlíndia incompreensível para a maioria do povo.
Fato é que a partir deste acampamento acabou a paz e sossego do cidadão Ethelberg Von Reinstroff e seus vizinhos.
E ele explica que se sente intimidado toda vez que precisa passar pela rua para entrar ou sair de casa.
Sua esposa, a sra Gerda Von Reinstroff und Reisntroff também denunciou: Estamos tendo dificuldade de locomoção. Muitas vezes nós temos que andar algumas quadras a mais para entrar pelo acesso correto.
O vizinho deles sr Frederic Von Ribbentrop ajuntou: Ocorre que passar pelo meio dos manifestantes a gente se sente intimidado porque o pessoal vai saindo da frente devagarzinho, e eles vão te encarando, vão olhando para você de uma forma intimidadora, só porque você não é javanês. muitos deles vão colocando a mão gordurosa no nosso automóvel, como essa gentalha, de uma cor fulva, cabelos em desalinho, e sapatos sujos se atrevem a tocar em nossos automóveis?
Está terrível disse a senhora: até meu cachorro entrou em depressão, e quase morreu depois que essa chusma deu a ele osso de galinha para comer.
Ethelberg prosseguiu: Ontem mesmo quando eu fui passar uma das pessoas ficou me encarando e dizendo que eu era javanês… e todo mundo ficou olhando para mim, eu não quero esta gente me olhando. Vou entrar com um pedido na Justiça proibindo esta gentalha da Uberlindia Setentrional de ficar me olhando. Não quero essa gente de cabeça chata e sotaque estranho me olhando. Incomoda muito.
É uma gente suja. Queremos essa gente fora da Uberlindia, queremos nossa Uberlíndia geneticamente limpa, em paz, onde à noite possamos nos sentar em volta do fogo e assar marshmellows, cantar marchas ao som de nossas panelas, e reverenciar nosso deus o santo pato amarelo.
Ainda bem que a Uberlínia é só uma fantasia deste autor.

A 'grobo' é uma 'PLAGA' ! ! !
BOICOTE a Rede Globo Golpista.
A Globo é uma praga.
postado por Daniel Pearl Bezerra em abril 28, 2018
quinta-feira, 26 de abril de 2018
quarta-feira, 25 de abril de 2018
Chegamos ao CÚMULO da insensatez; pagar para que falem MAL de nós mesmos ! ! !
Em
busca de uma mobilização da opinião pública e formação de ambiente favorável
para sua privatização, a Eletrobras traçou como estratégia a divulgação de um
cenário de mazelas e problemas da estatal, revela a Agência Sportlight de
Jornalismo Investigativo. Esse movimento, segundo a apuração do repórter Lúcio de
Castro, começou em 20 de setembro de 2017, quando a empresa assinou, sem
licitação, contrato com a RP Brasil Comunicações, do grupo FSB Comunicação, a
maior assessoria de imprensa do país.
De
acordo com a reportagem “Atual gestão da Eletrobras pagou quase R$ 2 milhões
para que falassem mal da própria empresa”, a agência acionou os chamados
formadores de opinião, comentaristas econômicos, colunistas e repórteres em
geral para mostrar um cenário que tornasse urgente a privatização, acelerada
pela pressa do governo federal em concretizar o negócio.
A
polêmica se dá em torno do objeto do contrato ECE-DJS 1252/2017, obtido pela
reportagem via Lei de Acesso à Informação (LAI): “assessorar a Eletrobras na
comunicação relativa ao projeto de acionista majoritário de desestatização da
empresa”.
Em
resposta à Sportlight, a FSB nega esse viés e afirma que no contrato está
ressaltada a necessidade de se “preservar a imagem positiva da empresa”, embora
reconheça que a divulgação “não omite dados negativos como prejuízos
financeiros ou dívida bruta superior a R$ 45 bilhões”.
Pelo
plano desenhado no contrato, sustenta a reportagem, foi feita uma “análise do
cenário”, passando em seguida para o chamado “mapeamento dos stakeholders”,
ou seja, definição de quem é o público estratégico alvo das mensagens a serem
enviadas. Em seguida, veio a “mobilização dos influenciadores”, item
discriminado com custo de R$ 170 mil dentro do R$ 1,8 milhão do projeto total.
Além
da execução de uma pesquisa de opinião pública ao custo de R$ 120 mil, o
contrato entre Eletrobras e FSB prevê que os pagamentos entre contratante e
contratada são feitos quando da “entrega dos relatórios mensais elaborados pela
contratada correspondentes à consolidação dos resultados alcançados”.
Sportlight solicitou esses relatórios por meio de novo pedido de Lei de Acesso
à Informação, mas, embora o contrato em si tenha sido disponibilizado também
via LAI, ainda que em recurso de última instância, o acesso aos relatórios foi
negado.
O
início da gestão de Wilson Pinto Ferreira Junior na presidência da estatal,
alçado ao cargo pelo presidente Michel Temer com o objetivo de conduzir o
processo de privatização.
No
entanto, de acordo com o próprio Ministério de Minas e Energia, o valor
patrimonial da estatal é de R$ 46,2 bilhões e o total de ativos da empresa
chega a R$ 170,5 bilhões. Além de R$ 541 bilhões investidos desde a criação, em
1962.
terça-feira, 24 de abril de 2018
Presidente LULA poderá ser solto a qualquer MOMENTO ! ! !
STF tira de Moro processo de Lula e envia para Justiça Federal de SP
Há possibilidade, REAL - agora - de Lula sair da prisão !
Na tarde de HOJE, os ministros
Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes, da Segunda Turma do STF, aceitaram
o recurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para tirar do juiz federal
Sergio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, um processo que teve origem na
delação de dirigentes da Odebrecht sobre o RUMOROSO caso do tríplex. Edson Fachin e Celso de
Mello discordaram.
— Não
diviso por ora nenhuma imbricação dos fatos descritos com desvios de valores na
Petrobras — afirmou Toffoli, acrescentando: — Deve ir para Justiça Federal de
SP, onde teriam ocorrido a maior parte dos fatos.
Discurso do Senador Requião ALERTA sobre a entrega da Petrobras ! ! !
“O Brasil está sendo
engolido pelo entreguismo”
Assista vídeo do
pronunciamento nesta tarde
“Estamos nas mãos do
capital financeiro”
“Em nome de um
suposto combate à corrupção, estamos perdendo nossas riquezas”
“Dirigentes da
Petrobras vão esquartejá-la”
"Turma Marielle Franco" EXPÕE rosto de golpistas ! ! !
Turma Marielle Franco, do
Instituto Rio Branco, expõe o rosto do golpe: homens, ricos e brancos

Formatura
de diplomatas celebra Marielle. E constrange o governo e o golpe
Na presença de Temer e Aloysio Nunes, e em tempos de crimes e prisões
políticas, orador cita Luther King e manifesta indignação de todas as forças
políticas amantes da democracia.
A formatura da turma 2016-2018 de diplomatas do Instituto Rio Branco,
celebrada na última sexta-feira (20), Dia do Diplomata, prestou contundente
homenagem a Marielle Franco.
A turma foi batizada com o nome da vereadora do Psol do Rio de
Janeiro, executada a tiros em 14 de março, junto com o motorista
Anderson Gomes, que a acompanhava.
A lembrança de um crime político contra uma liderança feminista negra,
que comoveu o mundo e ainda não foi esclarecido pelas autoridades, constrangeu
alguns presentes “ilustres” à cerimônia realizada no Palácio do Itamaraty, sede
do Ministério das Relações Exteriores: o presidente Michel Temer, responsável
por uma intervenção militar tido como desastrosa no Rio de Janeiro, e o
ministro titular da pasta, Aloysio Nunes Ferreira.
O orador da turma, Meinardo Cabral de Vasconcelos Neto, conseguiu
discreta e indiretamente provocar constrangimento, ao citar em
seu discurso de sete minutos o líder da luta pelos direitos civis nos
Estados Unidos, Marthin Luther King, na abertura de sua intervenção.
“É sempre o tempo certo de fazer o que é certo. Essas foram palavras de
Martin Luther King, preso, em Birmingham, Alabama, após organizar passeatas de
resistência contra a discriminação racial. A turma Marielle Franco – e Marielle
lutou também contra variadas formas de segregação – escolheu prestar esta
homenagem porque entendeu que era certo. E havia de ser também o tempo certo.
Nós tivemos de escolher prestá-la, é verdade, quando quase nada estava
esclarecido – e muito resta, infelizmente, por esclarecer”, declarou
Vasconcelos Neto.
“Com a convicção de que o tempo, por si, não curará nossos males nem nos
conduzirá inevitavelmente à justiça, escolhemos não nos omitir”, acrescentou,
assinalando que a indignação com morte de Marielle deve inspirar a carreira
diplomática a atuar, como ela, “como instrumentos da luta por uma sociedade
mais justa e igualitária”.
O momento em que a liderança política mais popular do país, e uma das
mais importantes do mundo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se
encontra também na condição de preso político, pode representar o segundo
constrangimento da festa.
“Na mesma ocasião (em que foi preso), Martin Luther King nos lembrava:
uma injustiça em qualquer lugar é uma ameaça à justiça em todos os lugares. Não
é por outro motivo que se unem hoje, com a mesma indignação, Senhor Presidente,
todas as forças políticas amantes da democracia, pois todas elas manifestaram ao
mesmo tempo consternação e solidariedade. Aqui estamos para expressar nosso
repúdio a toda forma de violência e para reforçar nossa crença nas instituições
democráticas”, acentuou o diplomata.
Desigualdade
A embaixadora Thereza Maria Machado Quintella, paraninfa da turma e
primeira mulher formada pelo Instituto Rio Branco a se tornar embaixadora no
Brasil, elogiou a escolha da turma.
Eleitora de Marielle, Thereza lembrou sua luta para a equidade de gênero
e criticou o governo pela pequena presença feminina no corpo diplomático e nos
principais postos do Ministério das Relações Exteriores de Temer – nenhum dos
12 cargos mais importantes do ministério é ocupado por mulher – como destacou o
blog Socialista Morena.
“O que mais preocupa atualmente é a ausência de mulheres na estrutura de
comando do Itamaraty. Só espero que isso seja conjuntural, e não sinal de
retrocesso”, criticou Thereza Quintella.
A turma que se formou nesta sexta tem 30 diplomatas, dos quais nove são
mulheres, como observa o blog:
Num país que tem Michel Temer e Aloysio Nunes Ferreira entre os
articuladores do golpe de 2016, a formatura de uma nova safra de diplomatas
acabou proporcionando um alentador ato de desagravo à sua tão agredida
democracia. Afinal, o golpe teve como primeira etapa requintes de misoginia, ao
oprimir e destituir por força de uma manobra jurídico, midiática e parlamentar
a primeira presidenta eleita da República. E em sua etapa presente, emprega sua
estrutura judiciária encarcerando o presidente que a antecedeu, o de maior taxa
de popularidade da história da República e potencial futuro presidente se puder
disputar a eleição de outubro. Tirar a vida de Marielle e a liberdade de Lula
se encaixa cruelmente na condição dessas injustiças “que ameaçam a justiça em
todos os lugares”.
Aquele Abraço OU Aquela Ironia ! ? ! ? ! ?
"Aquela ironia"

"Aquele abraço", que é uma das canções
mais tocadas de Gilberto Gil e regravada por meio mundo de intérpretes, é uma
ironia que, tudo leva a crer, ninguém nunca parou para perceber.
Ao contrário, a música sempre é cantada como se fosse (e não
é) uma exaltação ao Rio de Janeiro fevereiro e março, à moça (garota) de
Ipanema, ao Realengo e à torcida do Flamengo.
Na quarta-feira de cinzas de 1969 Gil saía da prisão (um quartel perto de Realengo) e rabiscaria a letra da canção num guardanapo, num vôo do Rio para a Bahia, às vésperas da viagem para o exílio em Londres.
Aquele abraço, um bordão do humorista Lilico, era um jeito irônico com que os soldados saudavam Gil, que estava preso porque sua arte incomodava a ditadura dos quartéis (e ainda tem gente pedindo a volta desse regime em nosso país).
Os soldados que cortaram à força a barba de Gil e os longos cabelos de Gil e Cateano, eram os mesmos que lhes sorriam sarcasticamente -na tortura psicológica – e lhes diziam: “Aquele abraço”.
O país era governado pelos militares, que tomaram o poder com um golpe. E passaram a prender, torturar e matar cidadãos, jornalistas, escritores e artistas que eles olhassem para a cara e achassem que eram comunistas.
Gilberto Gil e Caetano Veloso, para a ditadura militar, parecia que eram comunistas. E foram presos porque pareciam ser comunistas. E depois foram exilados (expulsos) do seu país porque pareciam comunistas.
A letra foi feita naquele contexto, ele preso, depois expulso, o país vivendo os anos de chumbo, as prisões, as torturas, a censura. Uma música só era liberada se dissesse que o Rio (o Brasil) é lindo.
"Foi uma catarse para representar aquele momento", escreveu Gil em sua página oficial. Catarse é a "purgação ou expulsão do que é estranho à essência ou natureza de um ser e que, por isso, o corrompe".
Há uma clara ironia em "Alô, alô, Realengo/ Aquele abraço", pois Realengo representa a prisão, o quartel e, portanto, o regime militar e a censura, elementos de opressão e repressão de que Gil era vítima.
Nos versos "Alô, torcida do Flamengo/ Aquele abraço", Gil - um torcedor tricolor no Rio e na Bahia - usa a "saudação" para cutucar o rival, que acabara de perder um título para o seu Fluminense.
Na letra, o Rio representa o Brasil. O Rio, nos versos, é a imagem símbolo do país tropical, abençoado por Deus e bonito por natureza. Assim, quando Gil diz que o Rio (Brasil) continua lindo, ele usa a figura de linguagem da ironia ou antífrase.
Porque, naqueles dias, naqueles tempos sombrios, só um artista alienado para só “falar de coisas boas” - “Para não dizer que não falei das flores”, de Geraldo Vandré, era outro título irônico, da mesma forma que “Aquele abraço”.
É possível que, na letra, a única homenagem de Gil tenha sido a Chacrinha. Ainda assim, percebe-se que, querendo ou não, há uma referência a circo (panis et circenses), na alusão ao "velho palhaço”, que “continua balançando a pança".
Já no final da letra, Gil se revela mais, quando diz: "Meu caminho pelo mundo eu mesmo traço/ A Bahia já me deu, graças a Deus, régua e compasso/ Quem sabe de mim sou eu [...] E pra você que me esqueceu/ Aquele abraço".
Prestem atenção no verso - "Quem sabe de mim sou eu". Há aqui uma dor, uma mágoa. É como se ele dissesse "Só eu sei o que passei nesta prisão, nesta cidade, neste país, neste regime; só eu sei o que sofri".
No ano seguinte, Gil já em Londres, o Brasil iria conceder um prêmio a ele por essa música. Gil recusou. E escreveu no Pasquim: "Os que cortaram meus cabelos e minha barba pensam que, com Aquele Abraço, eu pedi perdão".
Ainda segundo ele, “Aquele abraço não significa que eu tenha me tornado bom crioulo puxador de samba; eles querem que sejamos negros que sabem qual é o seu lugar; eu [recuso] não estou mais servindo a mesa dos senhores brancos”.
Em resumo, a exaltação ao Rio - cidade maravilhosa, cheia de encantos mil - nesta letra não passa de uma bela antífrase, uma belíssima ironia. Assim como são irônicas as referências à garota de Ipanema, ao Realengo e obivamente à torcida do Flamengo.
Na quarta-feira de cinzas de 1969 Gil saía da prisão (um quartel perto de Realengo) e rabiscaria a letra da canção num guardanapo, num vôo do Rio para a Bahia, às vésperas da viagem para o exílio em Londres.
Aquele abraço, um bordão do humorista Lilico, era um jeito irônico com que os soldados saudavam Gil, que estava preso porque sua arte incomodava a ditadura dos quartéis (e ainda tem gente pedindo a volta desse regime em nosso país).
Os soldados que cortaram à força a barba de Gil e os longos cabelos de Gil e Cateano, eram os mesmos que lhes sorriam sarcasticamente -na tortura psicológica – e lhes diziam: “Aquele abraço”.
O país era governado pelos militares, que tomaram o poder com um golpe. E passaram a prender, torturar e matar cidadãos, jornalistas, escritores e artistas que eles olhassem para a cara e achassem que eram comunistas.
Gilberto Gil e Caetano Veloso, para a ditadura militar, parecia que eram comunistas. E foram presos porque pareciam ser comunistas. E depois foram exilados (expulsos) do seu país porque pareciam comunistas.
A letra foi feita naquele contexto, ele preso, depois expulso, o país vivendo os anos de chumbo, as prisões, as torturas, a censura. Uma música só era liberada se dissesse que o Rio (o Brasil) é lindo.
"Foi uma catarse para representar aquele momento", escreveu Gil em sua página oficial. Catarse é a "purgação ou expulsão do que é estranho à essência ou natureza de um ser e que, por isso, o corrompe".
Há uma clara ironia em "Alô, alô, Realengo/ Aquele abraço", pois Realengo representa a prisão, o quartel e, portanto, o regime militar e a censura, elementos de opressão e repressão de que Gil era vítima.
Nos versos "Alô, torcida do Flamengo/ Aquele abraço", Gil - um torcedor tricolor no Rio e na Bahia - usa a "saudação" para cutucar o rival, que acabara de perder um título para o seu Fluminense.
Na letra, o Rio representa o Brasil. O Rio, nos versos, é a imagem símbolo do país tropical, abençoado por Deus e bonito por natureza. Assim, quando Gil diz que o Rio (Brasil) continua lindo, ele usa a figura de linguagem da ironia ou antífrase.
Porque, naqueles dias, naqueles tempos sombrios, só um artista alienado para só “falar de coisas boas” - “Para não dizer que não falei das flores”, de Geraldo Vandré, era outro título irônico, da mesma forma que “Aquele abraço”.
É possível que, na letra, a única homenagem de Gil tenha sido a Chacrinha. Ainda assim, percebe-se que, querendo ou não, há uma referência a circo (panis et circenses), na alusão ao "velho palhaço”, que “continua balançando a pança".
Já no final da letra, Gil se revela mais, quando diz: "Meu caminho pelo mundo eu mesmo traço/ A Bahia já me deu, graças a Deus, régua e compasso/ Quem sabe de mim sou eu [...] E pra você que me esqueceu/ Aquele abraço".
Prestem atenção no verso - "Quem sabe de mim sou eu". Há aqui uma dor, uma mágoa. É como se ele dissesse "Só eu sei o que passei nesta prisão, nesta cidade, neste país, neste regime; só eu sei o que sofri".
No ano seguinte, Gil já em Londres, o Brasil iria conceder um prêmio a ele por essa música. Gil recusou. E escreveu no Pasquim: "Os que cortaram meus cabelos e minha barba pensam que, com Aquele Abraço, eu pedi perdão".
Ainda segundo ele, “Aquele abraço não significa que eu tenha me tornado bom crioulo puxador de samba; eles querem que sejamos negros que sabem qual é o seu lugar; eu [recuso] não estou mais servindo a mesa dos senhores brancos”.
Em resumo, a exaltação ao Rio - cidade maravilhosa, cheia de encantos mil - nesta letra não passa de uma bela antífrase, uma belíssima ironia. Assim como são irônicas as referências à garota de Ipanema, ao Realengo e obivamente à torcida do Flamengo.
Texto de Marcelo Torres marcelocronista@gmail.com
segunda-feira, 23 de abril de 2018
Agora é uma juizeca 'PAPA MOSCA' ! ! !
URGENTE: JUÍZA BARRA VISITA DE DILMA

A juíza Carolina Lebbos, da
12ª Vara Federal do Paraná, indeferiu todos os pedidos de visita ao
ex-presidente Lula. Com isso, a presidenta eleita (com 55.752.524 votos
em 2010) e reeleita (com 43.287.688 votos em 2014), Dilma Vana Rousseff
não poderá entrar no cárcere da PF de
Curitiba.
Além de proibir Dilma, a decisão da juíza também indefere os pedidos de visita
do Prêmio Nobel da Paz Adolfo Pérez Esquivel e da presidenta nacional do PT, senadora
Gleisi Hoffmann.
Assista vídeos no Acampamento Lula Livre em Curitiba
____________________________
PITACO DO ContrapontoPIG
Esta juizeca - obedecendo 'ordens' - está chamando o povo para a
briga !
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