terça-feira, 7 de janeiro de 2025

Presidente LULA acaba com 'boquinha' dos militares ! ! !


Presidente LULA no meio do seu povo
 

Governo Lula toma medida para acabar com influência militar na administração pública

Medida Provisória busca desmilitarizar a administração pública, transferindo funções estratégicas para servidores civis e limitando a presença militar em órgãos como GSI e Ministério da Defesa


Passou despercebido, mas no último dia de 2024, em 31 de dezembro, o governo federal publicou a Medida Provisória nº 1.286, trazendo uma série de mudanças na estrutura administrativa do serviço público. Apesar de não ter chamado atenção, a medida contém elementos que podem provocar transformações significativas, particularmente no que diz respeito à redução da presença de militares em funções administrativas.

A MP estabelece a criação de uma nova carreira civil, a Carreira de Desenvolvimento das Políticas de Justiça e Defesa, com o objetivo de substituir gradualmente os militares em áreas como o Ministério da Defesa e o Gabinete de Segurança Institucional (GSI). A iniciativa reflete uma tentativa de reorganizar a gestão pública e reafirmar o caráter técnico e civil de determinados setores.

A nova carreira terá foco em demandas administrativas de ministérios como o da Defesa, Justiça e do GSI, com servidores civis assumindo funções antes desempenhadas por militares. A transversalidade permitirá que os profissionais dessa carreira atuem em diferentes ministérios com temas correlatos.

Contexto e implicações

Desde a redemocratização, a ocupação de cargos administrativos por militares tem sido uma prática recorrente em ministérios como o da Defesa. A criação da nova carreira busca corrigir essa dinâmica, permitindo que as Forças Armadas concentrem esforços em suas atribuições constitucionais, enquanto a gestão administrativa é transferida para servidores civis.

A ministra da Gestão, Esther Dweck, afirmou que o objetivo da medida é fortalecer a capacidade técnica da administração pública. “As Forças Armadas acabam mobilizando militares para atividades administrativas, o que não é ideal. Queremos reverter isso com a criação de uma carreira civil especializada”, disse a ministra em entrevistas recentes.


Reações à medida


A publicação da MP gerou reações distintas. Enquanto representantes do governo destacam a profissionalização do serviço público, setores das Forças Armadas demonstraram incômodo, especialmente pela ausência de reajustes salariais para militares na MP. Historicamente, reajustes para militares são tratados em legislações específicas, mas o contexto atual adiciona um tom simbólico à discussão.

Membros das Forças Armadas interpretaram a criação da nova carreira como uma tentativa de reduzir sua presença em áreas administrativas. Embora o governo argumente que a medida visa exclusivamente modernizar a gestão pública, o movimento também pode ser entendido como parte de um esforço para reforçar a separação entre funções civis e militares.

O apoio do ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, foi considerado essencial para a viabilização da medida. Segundo relatos de bastidores, Múcio teria articulado com o presidente Lula e outros membros do governo a necessidade de consolidar uma estrutura civil no Ministério da Defesa.

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