Vídeo: “O fascismo está em curso”, diz
professora em forte discurso durante formatura da UFG
Miriam Bianca Amaral Ribeiro classificou o governo
Bolsonaro como "homofóbico, machista, racista, misógino, que odeia
pobre"
Exaltando o nome de Paulo Freire, a
professora Miriam Bianca Amaral
Ribeiro, paraninfa da turma de formandos
de 2020 da Universidade Federal de Goiás (UFG), fez um forte discurso tratando
sobre os desafios que pedagogos e psicólogos vão enfrentar sob o governo do
presidente Jair Bolsonaro.
“Se alguém acha que não se pode falar
em Paulo Freire em uma colação de grau, saiba que a universidade pública e
gratuita só existe porque pessoas como Paulo Freire não abrem mão do direito de
todos em acessar o conhecimento produzido pela humanidade”, diz a professora.
Ela ressalta que o diploma dos formandos é também de toda a sociedade.
“É sob esse tempo que vocês,
pedagogos e psicólogos, vão exercer o seu ofício”, diz Miriam Bianca antes de
descrever o governo Bolsonaro. “O fascismo está em curso em um governo que se
diz que índio não é gente, que ter filha é um vacilo e que a pobreza é que
desmata para comer. Um governo homofóbico, machista, racista, misógino, que
odeia pobre. Um governo que elogio o nazismo, que matou 8 milhões de pessoas, é
um governo nazista”, afirmou, sob aplausos.
A professora ainda criticou o
fechamento de escolas em Goiás e o “reordenamento” do sistema educacional
promovido em Goiânia. “Fechar escolas é um CRI-ME”, disse.
“Conhecimento é para
emancipação. Leve para o seu trabalho a luta incansável contra qualquer
tipo de preconceito, porque a desigualdade não é natural e, se foi construída
por humanos, também pode ser destruída por nós”, disse ainda a professora. “Não
desista de enfrentar a violência, porque ‘pátria amada’ não é pátria armada”,
completou.
O forte discurso foi encerrado com os
versos de Coração Civil, de Milton Nascimento. “Quero
a liberdade, quero o vinho e o pão. Quero ser amizade, quero amor, prazer.
Quero nossa cidade sempre ensolarada. Os meninos e o povo no poder, eu quero
ver”, cantou.
Assista ao discurso da
professora
Fonte
Revista FÓRUM
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