Em
sua nota ameaçadora, o CFM afirma claramente que confiar populações periféricas
aos cuidados de médicos cubanos é submetê-las a profissionais não qualificados. E
esbanja hipocrisia na defesa dos direitos daquelas pessoas.
Não
é isso que consta dos números da Organização Mundial de Saúde. Cuba, país
submetido a um asfixiante bloqueio econômico, mostra que nesse quesito é um
exemplo para o mundo e tem resultados melhores do que os do Brasil.

Graças
à sua medicina preventiva, a ilha do Caribe tem a taxa de mortalidade infantil
mais baixa da América e do Terceiro Mundo – 4,9 por mil (contra 60 por mil em
1959, quando do triunfo da revolução) – inferior à do Canadá e dos Estados
Unidos. Da mesma forma, a expectativa de vida dos cubanos – 78,8 anos (contra
60 anos em 1959) – é comparável a das nações mais desenvolvidas.
Com
um médico para cada 148 habitantes (78.622 no total) distribuído por todos os
seus rincões que registram 100% de cobertura, Cuba é, segundo a Organização
Mundial de Saúde, a nação melhor dotada do mundo neste setor.
Segundo
a New England Journal of Medicine, “o sistema de saúde cubano parece irreal. Há
muitos médicos. Todo mundo tem um médico de família. Tudo é gratuito,
totalmente gratuito. Apesar do fato de que Cuba dispõe de recursos limitados,
seu sistema de saúde resolveu problemas que o nosso [dos EUA] não conseguiu
resolver ainda. Cuba dispõe agora do dobro de médicos por habitante do que os
EUA”.
O
Brasil forma 13 mil médicos por ano em 200
faculdades: 116 privadas, 48 federais, 29 estaduais e 7 municipais. De 2000 a
2013, foram criadas 94 escolas médicas: 26 públicas e 68 particulares.
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