domingo, 31 de março de 2013

Millenium: a oposição institucionalizada na imprensa brasileira !!!

Lurindo Leal: Em 1964, havia o Ipes e o Ibad. Hoje, o Millenium 

Não é mera coincidência a preferência dos integrantes do Instituto Millenium pela subordinação do Brasil aos grandes centros financeiros internacionais e sua ojeriza diante das relações harmônicas entre governos latino-americanos.

por Laurindo Lalo Leal Filho, na Revista do Brasil, via Carta Maior

O economista Cristiano Costa foi recebido em fevereiro pelo pessoal do grupo A Tarde, em Salvador. A companhia de comunicação, que tem provedor e portal na internet, agência de notícias, jornal impresso, emissora de FM, gráfica, reuniu seus profissionais para servirem-se de uma palestra da série ‘Millenium nas Redações’.

Blogueiro e professor de uma universidade capixaba chamada Fucape Business School, Costa é também colaborador cativo do Instituto Millenium, articulador desses eventos destinados a “aprimorar a qualidade da imprensa no Brasil”.

A base de sua explanação são seus artigos reproduzidos no site do instituto, em que critica duramente a política econômica do governo e ataca sem rodeios o ministro da Fazenda, Guido Mantega.

Em um deles, cita o programa ‘Minha Casa, Minha Vida’ como um dos responsáveis por inflacionar o setor imobiliário. Isso num ambiente em que até os preços de imóveis de alto padrão dispararam.

As pessoas estão mais seguras no emprego e foram comprar, a queda dos juros levou mais gente a ter acesso a crédito, ou mais gente a tirar dinheiro de aplicações financeiras para investir em imóveis. Há muitos fatores em jogo, mas lá vai o programa federal destinado a famílias de baixa renda pagar o pato da especulação.

Outras redações de jornais e revistas foram brindadas pelo Millenium com palestras sobre assuntos variados, da reforma do Judiciário à assustadora “crise econômica”.

O currículo dos palestrantes, colaboradores do instituto, explica o objetivo real das palestras: consolidar no meio jornalístico o papel oposicionista da mídia brasileira.

Há algum tempo os ambientes de redação eram conhecidos por ter profissionais críticos, independentes, e o direcionamento da informação era resultado da sintonia dos editores com os donos dos veículos.

Não era incomum a conclusão do jornal ou da revista acabar em atrito entre repórter e superiores. Agora, os donos dos veículos preferem formar “focas” que já cheguem às redações comprometidos com suas crenças.
Essas crenças, recheadas de interesses políticos e econômicos, vêm sendo difundidas de maneira afinada pelos meios de comunicação reunidos no Millenium. Resultado concreto desse trabalho pôde ser visto neste início de ano.

Três assuntos, alardeados como ameaças ao país, ocuparam as manchetes dos grandes jornais e foram amplificados pelo rádio e pela TV: apagão, inflação e crise na Petrobras.

Além do noticiário parcial, analistas emitiam previsões catastróficas. Como elas não se confirmavam, o assunto era esquecido e logo substituído por outro.

No dia 8 de janeiro, o jornal O Estado de S. Paulo estampou na capa: “Governo já vê risco de racionamento de energia”. Um dia antes a colunista da Folha de S. Paulo Eliane Cantanhêde chamava uma reunião ordinária, agendada desde dezembro, de “reunião de emergência” do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico convocada às pressas por Dilma para tratar do risco de racionamento.

Diante da constatação de que a reunião nada tinha de extraordinária, a Folha publicou uma acanhada correção. Como de costume, o tema foi sendo lentamente deixado de lado. O risco do “racionamento” desapareceu.
Pularam para o “descontrole” da política econômica e a ameaça de um novo surto inflacionário. “Especialistas” tentavam, a partir dos índices de janeiro, projetar uma inflação futura capaz de desestabilizar a economia.
Aproveitavam para crucificar o ministro Mantega, artífice de uma política que contraria interesses dos rentistas nacionais e internacionais: a redução dos juros bancários está na raiz da gritaria.

Não satisfeitos, colocaram a Petrobras na roda, responsabilizando a “incapacidade administrativa” dos dirigentes da empresa pela redução dos dividendos pagos aos acionistas.

Sem considerar que, dentro da estratégia atual de ação da Petrobras, os recursos de parte dos dividendos retidos passaram a contribuir para o desenvolvimento do país na forma de novos investimentos.

Variações de uma nota só

Aparentemente isoladas, essas versões jornalísticas são, na verdade, articuladas a partir de ideias comuns que permeiam as pautas dos principais veículos.

No site do Instituto Millenium elas estão organizadas e publicadas de maneira clara. O Millenium diz ter como valores “liberdade individual, propriedade privada, meritocracia, Estado de direito, economia de mercado, democracia representativa, responsabilidade individual, eficiência e transparência”.

Faz lembrar a ex-primeira-ministra britânica Margaret Thatcher, que chegou a dizer que só o indivíduo existe, a sociedade é ficção.

Fundado em 2005, o Millenium foi oficialmente lançado em abril de 2006 com o apoio de grandes empresas e entidades patronais lideradas pela Editora Abril e pelo grupo Gerdau.

Trata-se de uma liderança significativa, pois reúne uma empresa propagadora de ideias e valores e outra produtora de aços, base de grande parte da economia material do país.

A elas juntam-se a locadora de veículos Localiza, a petroleira norueguesa Statoil, a companhia de papel Suzano, o Grupo Estado e a RBS, conglomerado de mídia que opera no sul do Brasil. A Rede Globo, como pessoa jurídica, não aparece na lista, mas um dos seus donos, João Roberto Marinho, colabora.

Essa integração entre empresas de mídia e empresários faz do Millenium uma organização capaz de formular e difundir programas de ação política em larga escala, com maior capacidade de convencimento do que muitos partidos políticos. Com a oposição partidária ao governo enfraquecida, ocupa esse espaço com desenvoltura.

Apesar do apego declarado à democracia, alguns dos colaboradores não escondem o desejo de combater o governo de qualquer forma.

É o que está explícito na fala de outro de seus colaboradores, o articulista Arnaldo Jabor, quando num dos eventos promovidos pelo instituto disse: “A questão é: como impedir politicamente o pensamento de uma velha esquerda que não deveria mais existir no mundo?”

Essa articulação faz lembrar a de organismos privados como o Instituto Brasileiro de Ação Democrática (Ibad), fundado em 1959, e o Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais (Ipes), nascido em 1961. Ambos uniram empresários e mídia conservadora na formulação e divulgação de ideias que impulsionaram o golpe de 1964.

“Ipes e Ibad não eram apenas instituições que organizaram uma grande conspiração para depor um governo legítimo. Elaboraram um projeto de classe. O golpe foi seguido por uma série de reformas no Estado para favorecer o grande capital”, lembra o pesquisador Damian Bezerra de Melo, da Universidade Federal Fluminense (UFF).

No cenário atual, de decadência do modelo neoliberal e de consolidação de políticas desenvolvimentistas no Brasil, o Millenium seria um instrumento ideológico para dar combate a esse processo transformador.

“Nos anos 1990 ocorreu a disseminação da ideologia do pensamento único, de que o capitalismo triunfou, o socialismo deixou de existir como projeto político”, afirma a historiadora Carla Luciana da Silva, da Universidade do Oeste do Paraná. “Quando surgem experiências concretas que podem desafiar essas ideias, aparece em sua defesa uma organização como o Millenium para manter vivo o ideal do pensamento único.”

A difusão dessas ideias não é feita por meio de manifestos ou programas partidários, observa a pesquisadora. “É muito difícil pegar uma revista como a Veja ou um jornal como a Folha de S. Paulo e conseguir visualizar os sujeitos que estão produzindo as ideias defendidas ali. Cria-se uma imagem do tipo ‘a’ Folha, ‘a’ Veja, como se fossem sujeitos com vida própria. É uma forma de não deixar claro em nome de que projeto falam, como se falassem em nome de todos.”

Contra as versões, fatos

Conhecendo as ações do instituto e seus personagens fica mais fácil compreender como certos assuntos tornam-se destaque de uma hora para outra. A presença nos quadros do instituto de jornalistas e “especialistas” com acesso fácil aos grandes meios de comunicação leva suas “notícias” rapidamente ao centro do debate nacional.

E fica difícil contra-argumentar com colaboradores do Millenium, não pela qualidade de seus argumentos, mas pela força de persuasão dos veículos pelos quais difundem suas ideias.

Como retrucar, com igual alcance, comentários de Carlos Alberto Sardenberg, na CBN, de Ricardo Amorim, na IstoÉ, na rádio Eldorado e no programa Manhattan Connection, da GloboNews, de José Nêumanne Pinto, no Estadão e no Jornal do SBT, de Ali Kamel, diretor de jornalismo da TV Globo, entre tantos outros?

Não é mera coincidência a preferência dos integrantes do Millenium pela subordinação do Brasil aos grandes centros financeiros internacionais e sua ojeriza diante das relações harmônicas entre governos latino-americanos.
Trata-se de uma tentativa de ressuscitar um projeto político implementado durante a ditadura que só passou a ser confrontado, ainda que parcialmente, a partir de 2003, com a posse do governo Lula.

Mas parece não haver espaço para uma hipótese golpista, apesar do já citado dilema de Jabor. Para a professora Tânia Almeida, da Unisinos de São Leopoldo (RS) e diretora de relações públicas da Secretaria de Comunicação do Rio Grande do Sul, um dos ganhos da crise política de 2005, com a questão do chamado “mensalão”, foi ter forçado análises e estudos em busca de explicações de como o então presidente Lula conseguiu suportar tanta notícia negativa e manter elevados índices de aprovação.

“Não era só carisma. Desde 2003, havia uma gestão de governo em funcionamento. Não existia somente aquilo de que os jornais e revistas tratavam, não era só escândalo. Outra proposta política estava acontecendo”, observa Tânia. Para a professora, os avanços sociais alcançados não permitem crer em crise que leve a uma ruptura institucional.

“O Millenium é um agente articulador, social, político, que pode fomentar e aquecer debates, mas não teria potencial para causar uma crise nos moldes de 1964. O poder de influência da mídia ficou relativizado desde 2006 em função dessa política que chega lá na ponta e inclui quem estava fora.”

Damian Melo, da UFF, tem visão semelhante, mas com um pé atrás: “O Millenium não possui hoje estratégia golpista. Quer emplacar seu projeto, e isso pode ser pela via eleitoral mesmo. Muito embora nossa experiência nos diga que é melhor ficarmos atentos”.

*Colaborou Rodrigo Gomes
Laurindo Lalo Leal Filho, sociólogo e jornalista, é professor de Jornalismo da ECA-USP. É autor, entre outros, de “A TV sob controle – A resposta da sociedade ao poder da televisão” (Summus Editorial). Twitter: @lalolealfilho.

Milton: cinquenta anos de MPB !!!

Foto: REPRODUÇÃO/ARTE: SANDRO OLIVEIRA
Os jovens Milton Nascimento, Lô Borges e Beto Guedes na época do Clube
Foto: REPRODUÇÃO/ARTE: SANDRO OLIVEIRA
 
Por: RAFHAEL BARBOSA
“Você/ pega o trem azul/ O sol/ Na cabeça/O sol/ Pega o trem azul/ Você/ Na cabeça/ Um sol/ Na cabeça”. O refrão, ouvido à exaustão na trilha sonora do comercial de uma operadora de celular recentemente, é de O Trem Azul, composição de Lô Borges e Ronaldo Bastos para o clássico disco Clube da Esquina. Quem por acaso veio a descobrir a música graças à campanha publicitária desconhecia não apenas uma bela canção, mas um dos mais relevantes capítulos da história da MPB.


Grupo de artistas cuja contribuição à nossa música é considerada tão expressiva quanto foi a do Tropicalismo, os nomes por trás da feitura do álbum duplo lançado em 1972 fizeram uma revolução ‘à mineira’. Sem o mesmo estardalhaço midiático dos baianos, Lô Borges, Wagner Tiso, Beto Guedes e Milton Nascimento produziram um trabalho que, passadas quatro décadas de seu lançamento, ainda soa arrojado aos ouvidos contemporâneos.

Com uma soma de influências que passam pelo jazz, Beatles, bossa nova e sons africanos, Clube da Esquina foi o começo de uma história que continua sendo escrita, ou, por que não dizer, composta pelos autores de canções inesquecíveis como Um Girassol da Cor de seu Cabelo, Paisagem da Janela, Nada Será como Antes e Tudo que Você Podia Ser. Na estrada com a turnê que comemora os 50 anos de carreira de Milton Nascimento, músico que se tornou a voz do movimento, o grupo se apresentará em Maceió no próximo dia 06, no Centro Cultural e de Exposições, com o show Milton Nascimento – Uma Travessia, espetáculo que resgata os principais sucessos dessa lon-ga jornada.

LONGA AMIZADE

No palco, além de Milton estarão Lô Borges e Wagner Tiso, dois parceiros que acompanharam Bituca em toda a sua trajetória musical, inclusive nos encontros juvenis que levaram à criação de Clube da Esquina, disco mais icônico do grupo. Nascido em Três Pontas, no sul de Minas, Tiso preserva com Milton uma amizade ainda mais antiga que todos esses anos dedicados a música. Os dois se conheceram na infância, por volta dos 11 anos de idade, e desde então compartilham o palco e incontáveis horas de estúdio.

SERVIÇO

O quê: show Milton Nascimento – Uma Travessia

Onde e quando: no Teatro Gustavo Leite (Centro Cultural e de Exposições), no dia 06 de abril, às 21h

Ingressos: de R$ 60 a R$ 250

Informações: 3235-5301
 
Fonte: Jornal "Gazeta de Alagoas" deste domingo

31 DE MARÇO. Nada a comermorar. Muito o que lamentar !!!



                                                                                                     foto Linha do Tempo de Celso Amorim


Os Trinta Dinheiros de Ali Kamel !!!!!!!!


Os olhos são as janelas da alma...

Golpe! Forte e indelével contra a liberdade de expressão. Ali Kamel - Diretor das Organizações  Globo - processou o Jornalista Luiz Carlos Azenha do Blog Vi o Mundo devido a algumas postagens envolvendo seu nome.... E ganhou R$ 30.000,00!!!!
Pergunto. Onde fica a liberdade de expressão tão defendida pelos jornalísticos da Rede Globo? A Lei de Meios não é combatida por eles com medo de perder esta liberdade?? Pura hipocrisia!
Em pleno Sábado de Aleluia,  Ali Kamel, apesar de ter sido malhado em plena Praça Pública da Blogosfera, recebeu seu trinta dinheiros... E o Azenha é que foi crucificado! Sem beijo! Em compensação, não foi rejeitado por três vezes pela Blogosfera... Espero que, após a reunião de redação de amanhã, o Vi o Mundo possa ressucitar em pleno Domingo de Páscoa e continuar a fazer a alegria de seus fieis seguidores... Nos salvando do pecado da ignorância!
Espero que ele não leve à frente esta idéia de fechar o Blog Vi o Mundo... Seria uma trincheira a menos... Pior, duas! A Maria Frô também resolveu fechar seu Blog em solidariedade a ele... Mas a luta continua... A conta vai ser dividida, espero, com a Blogosfera Progressista... E vamos em frente!

Rede Globo: Liberdade de expressão para estes cidadãos é pura retórica. Serve apenas para eles... E os outros? Que paguem para se expressar....
 
Fonte: O Cachete - O Remédio para a Crise de Coluna

sábado, 30 de março de 2013

Brasileiros em Paris protestam contra Marco Feliciano !!!

Protesto pediu renúncia do deputado e pastor que assumiu Comissão de Direitos Humanos da câmara Foto: BBCBrasil.com
Protesto pediu renúncia do deputado e pastor que assumiu Comissão de Direitos Humanos da câmara
Foto: BBCBrasil.com

Cerca de 60 pessoas participaram em Paris, de uma manifestação contra a nomeação do deputado Marco Feliciano (PSC-SP) à presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados.


''Como todos aqui, estava indignada com essa nomeação. Vi manifestações sendo organizadas que em várias cidades, tanto no Brasil como outros países e achei que poderíamos fazer algo aqui em Paris também'', explica a coordenadora do evento, Maíra Pôssas Abreu.

O deputado e pastor Feliciano tem sido chamado de homofóbico e racista devido a declarações dadas por ele em entrevistas e a pronunciamentos seus feitos no plenário da Câmara, além de mensagens postadas em sua conta de Twitter.


Conhecendo apenas alguns conterrâneos na capital francesa, Maíria decidiu consultar as redes sociais em busca de grupos de brasileiros que moram na França para sondar qual seria o grau de interesse em um ato desse tipo.


''Percebi que havia uma boa quantidade de pessoas que se engajariam e criei o evento no Facebook'', relata. Após a criação do evento, ela enviou um convite online a diversos potenciais participantes e conseguiu a confirmação de 200 pessoas.


Cartazes e palavras de ordem
O próximo passo foi obter uma permissão da polícia francesa, sem a qual não poderia haver manifestação. A ideia inicial era a de reunir os participantes em frente ao Consulado brasileiro, mas ''por motivos de segurança'', a polícia não permitiu. A autorização só foi liberada para que a manifestação ocorresse em uma praça próxima ao consulado. Alguns manifestantes até tentaram fazer fotos em frente ao edifício da representação brasileira em Paris, mas foram impedidos pelos policiais que estavam no local.

Brasileiros levaram cartazes para protesto, realizado próximo ao consultado brasileiro na capital francesa Foto: BBCBrasil.com
Brasileiros levaram cartazes para protesto, realizado próximo ao consultado brasileiro na capital francesa
Foto: BBCBrasil.com
Na praça do evento, os participantes exibiram cartazes com dizeres como ''Homofobia e racismo não'' e ''Racismo não é opinião'' e gritaram palavras de ordem, pedindo a saída do deputado Feliciano da presidência da CDHM. A motivação dos manifestantes era a vontade de participar da vida política do Brasil, mesmo estando longe do país.


''Moro aqui há oito anos, mas vou ser brasileiro para sempre e tenho que lutar pelos direitos do meu País'', comenta Carlos Rizzetto, que trabalha na unidade francesa de uma multinacional. ''O Brasil é tratado como uma grande fazenda e isso tem que acabar'', complementa.


Carta aberta
Uma carta aberta pedindo a saída de Feliciano da presidência da CDHM foi assinada pelos manifestantes e será entregue ao consulado brasileiro na França. A expectativa é a de que o documento seja encaminhado para a Câmara dos Deputados.

Manifestantes também coletaram assinaturas para carta aberta que será entregue ao consulado brasileiro em Paris Foto: BBCBrasil.com
Manifestantes também coletaram assinaturas para carta aberta que será entregue ao consulado brasileiro em Paris
Foto: BBCBrasil.com
A CDHM é constituída por 18 parlamentares e tem como objetivo tratar de violações aos direitos humanos e de assuntos referentes às minorias étnicas e sociais. Marco Feliciano foi eleito presidente da comissão por 11 votos, um a mais do necessário, no dia 7 de março último.


Em entrevistas, Feliciano já deu declarações dizendo que ''união homossexual não é normal'' e que ''o reto não foi feito para ser penetrado, (porque) não haveria condição de dar sequência à nossa raça''.

Ele também afirmou que ''quando você estimula as pessoas a liberarem os seus instintos e conviverem com pessoas do mesmo sexo, você destrói a família, cria-se uma sociedade onde só tem homossexuais, você vê que essa sociedade tende a desaparecer porque ela não gera filhos''.


Há dois anos, em sua conta de Twitter, ele afirmou que "africanos descendem de ancestral amaldiçoado por Noé. Isso é fato'' e que "a maldição que Noé lança sobre seu neto, Canaã, respinga sobre continente africano, daí a fome, pestes, doenças, guerras étnicas''.

Fonte:BBCBrasil.com BBC BRASIL.com - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização escrita da BBC BRASIL.com.

 

Jean Wyllys, um deputado do Brasil !!!

Manifesto de artistas cobra saída de Marco Feliciano da presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados



Parlamentares, líderes religiosos, artistas e representantes de associações se uniram em evento a favor de uma CDHM para todos e todas
Exmo Senhor Presidente da Câmara dos Deputados
HENRIQUE EDUARDO ALVES:

A permanência de um parlamentar declaradamente racista, homofóbico, machista, preconceituoso e intolerante, que usa o mandato público para fins privados e excludentes, é continuada agressão à cidadania e uma vergonha para o Parlamento brasileiro.
Manifestamos nosso absoluto repúdio a esta situação e cobramos imediata solução.
Rio de Janeiro, 25 de março de 2013.
Assinam, entre outros:
Caetano Veloso – cantor
Frejat – cantor
Aldir Blanc – compositor
Rita Ribeiro – compositora
Nei Lopes – compositor
Rui Faria (ex-MPB 4) – compositor
Preta Gil – cantora
Moacyr Luz – compositor
Marieta Severo – atriz
Wagner Moura – ator
Maitê Proença – atriz
Dira Paes – atriz
Leandra Leal – atriz
Priscila Camargo – atriz
Aderbal Freire Filho – diretor de teatro
Bia Lessa – diretora de teatro
Compartilhe:
Share on Google+




  • No Facebook



ATÉ CRISTO FUGIU DA RAIA !!!


DILMA ESCULACHA A COMISSÃO DA MEIA VERDADE !!!
Que inveja da Argentina ! Ah, se o Brasil tivesse um, basta um Ernesto Sábato !




Dilma cobra mais resultados do trabalho da Comissão da Verdade


Presidente quer ações e depoimentos que sensibilizem a opinião pública

Júnia Gama

Vítima de tortura durante a ditadura militar, a presidente Dilma Rousseff não está satisfeita com os resultados alcançados até agora pela Comissão Nacional da Verdade, e cobrou uma mudança de rumos nos trabalhos do colegiado. Em conversas recentes com integrantes do grupo, Dilma exigiu mais resultados concretos e que sensibilizem a opinião pública, já que pouco do que está sendo feito vem sendo divulgado. A principal intervenção da presidente foi no sentido de pedir que a comissão investisse mais nos depoimentos públicos de familiares, como forma de promover uma “catarse nacional”, como mostrou na quinta-feira a coluna Panorama Político. Alguns focos de resistência na comissão a esse tipo de atuação desagradaram ao Palácio do Planalto, que acompanha de perto os trabalhos. Só este ano, Dilma já teve reuniões reservadas com Cláudio Fonteles e com Paulo Sérgio Pinheiro.

O próximo passo da comissão, que deverá causar comoção nacional, será atuar junto à Justiça brasileira para que autorize a exumação do corpo do ex-presidente João Goulart, deposto e exilado pelo golpe militar. A exumação já foi autorizada pelos familiares de Jango, que acusam os governos militares na América do Sul, no âmbito da Operação Condor, de terem assassinado o ex-presidente em 1976. Um juiz uruguaio requisitou a exumação, e o governo brasileiro concordou com o pedido.
com o pedido.

Navalha


Se depender dos tucanos da Comissão da Meia Verdade, ela vai trabalhar em sigilo conciliar, submersa e, no final, numa sessão com chá e torradas, o presidente Paulo Sergio Pinheiro, em voz baixa e embargada, lerá um resumo conciso e discreto das conclusões.
Num estilo que cabe aos diplomatas de curso internacional.
Quase mudo.
Anti-catártico !
O evento se realizará no iFHC, às 23h45 de uma sexta-feira.
São os tucanos da moderação, da cautela, do bom senso, os Patriarcas da Conciliação.
O líder da bancada tucana na Comissão é o advogado José Carlos Dias – clique aqui para ler “Juiz tira um sarro do Cerra” -, que passou pelo Ministerio da Justiça do Governo FHC e deixou lá uma obra só comparável à de Nabuco de Araújo.
Paulo Sergio Pinheiro é mais loquaz e extrovertido nas questões referentes aos abusos de Direitos Humanos … na Síria.
José Paulo Cavalcanti Filho notabiliza-se pela ausência.
Lá não aparece.
A Comissão não está à altura dele…
E o Ministro Dipp esteve doente.
Portanto, a Presidenta tem razão.
Como temia a deputada Luiza Erundina, essa Comissão tucana será a da Meia Verdade.
Que inveja da Argentina !
Ah, se o Brasil tivesse um, basta um Ernesto Sábato !
A Comissão da Meia Verdade está com medo de meter a mão no câncer dos americanos que iam ao DOPS de São Paulo supervisionar torturas.
Está com medo de entrar na FIESP, como sugere o brizolista (de verdade) Carlo Araújo, que foi casado e torturado com a Presidenta.
Medo do Boilensen, do Theobaldo De Nigris, do Gastão Vidigal, do Nadyr Figueiredo, do Paulo Sawaya, do Octávio Frias (pai) – da turma da caixinha (e das camionetes) da tortura.
Está com medo de apurar os crimes do PiG (*).
Como o Dr Roberto “operava” as notícias de tortura no Globo ?
A Comissão da Meia Verdade prefere o silêncio dos cúmplices.
Porém, chiquérrimos !
Só nos restam os meninos do Esculacho !
Em tempo: sobre a exumação do corpo do Jango (falta exumar o Lacerda e o JK) convém assistir ao excelente “Dossiê Jango”, documentário que vale, por si, mil Comissões de Meia Verdade.
Essa Comissão da Meia Verdade vai acabar conferindo o Prêmio “Faz a Diferença”, post mortem, ao General Geisel, com festa no Globo !


Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

Artigos Relacionados

Quem disse que o Jango
era corrupto ? O PiG (*)
(22)
Jango caiu com apoio popular.
Dilma, Dilma …
(56)
Mataram o chefe do
DOI-CODI do Riocentro
(34)
Fonteles: uma
ditadura assassina
(33)
Urubóloga compara
Dilma a Médici
(149)

Mino, Dulci e a Casa Grande !!!

Mino, Dulci e a
Casa Grande. Bernardo e a
Secom lá dentro

A midia “técnica” da Secom não resiste à prova do pudim: engorda a Globo – PHA
O Convera Afiada reproduz artigo do Mino  e capa Irretocáveis da Carta Capital:

O enigma


Leio o ensaio de Luiz Dulci, Um Salto para o Futuro, recém-publicado pela Editora Fundação Perseu Abramo. Destina-se a demonstrar que o governo Lula, do qual o autor participou ativamente, colocou o País no rumo do desenvolvimento. E demonstra. “Nem por isso os conservadores ressentidos – escreve Dulci – deixam de negar o óbvio. Democratizar a sociedade nunca será uma operação consensual. E já dizia Tocqueville que preconceitos de classe são antolhos formidáveis (…) Não espanta que se recusem a admitir o êxito deste plebeu impenitente.” E mais adiante: “Com efeito, o governo Lula inovou – e inovou profundamente. No conteúdo e na forma de governar. Implementou, na verdade, um novo modelo de desenvolvimento, inteiramente distinto do neoliberal, ainda que não se tenha preocupado em teorizá-lo, e outra modalidade de inserção no Brasil e no mundo”.

Observo que o governo de Dilma Rousseff seguiu pelo mesmo caminho, e de certos pontos de vista avançou mais ao desafiar os interesses das oligarquias financeiras, enquanto esboça, juntamente com os governos dos BRICS, a definição de uma área econômica e comercial livre das influências do ex-Primeiro Mundo. As pesquisas de opinião mais recentes provam com toda a nitidez que a presidenta iguala hoje a popularidade de Lula nos seus tempos de governo.

Dilma não é uma plebeia impenitente. Mesmo assim, as palavras de Luiz Dulci a respeito das reações dos “conservadores ressentidos” a Lula valem também para a sucessora. O substantivo conservadores me soa, contudo, muito condescendente, e até generoso. Há conservadores e conservadores, e sempre houve, alguns notáveis. No Brasil trata-se é dos senhores da casa-grande e dos aspirantes que vivem na mansarda. Qualquer tentativa de demolir de vez a senzala eles a encaram como ataque frontal. Aliás, segundo meus solertes botões, a demolição está apenas no começo.

Interessa-me sublinhar que o instrumento empregado pela casa-grande para manifestar suas resistências e ojerizas irreparáveis, quando não ódio no estado puro, é a mídia nativa, única no mundo por sua capacidade de se unir de um lado só, qual fosse o Forte Apache, e de mandar às favas a verdade dos fatos, como lamenta Luiz Dulci. Penalizado, entretanto, sou forçado a experimentar amiúde a estranha sensação de que autoridades situacionistas, inclusive parlamentares, gostam, com indisfarçável sofreguidão, de aparecer no vídeo da Globo, nas páginas dos jornalões e nas amarelas da Veja.

Situação contraditória. Ou não? A mídia ataca noite e dia, se for o caso inventa, omite e mente, e nem por isso tem êxito junto à maioria dos brasileiros. Haja vista os tais índices de popularidade. Se eleições fossem convocadas hoje, Dilma levaria no primeiro turno. É de estranhar, portanto, que o malogrado apar to comunicador fascine graúdos alvejados e goze de mesuras, afagos e contribuições em matéria. Polpudas. Aconselho aos interessados a leitura da reportagem de capa desta edição, sem se esquecer de passar os olhos sobre os números da publicidade governista garantida aos maiorais da mídia nativa. À Globo, uma enxurrada de grana. Uma enchente.

CartaCapital, que não hesitou em criticar com a devida aspereza a presidência de Fernando Henrique Cardoso, definiu seu apoio, a exemplo do que acontece em países civilizados e democráticos, antes a Lula, depois a Dilma. Escolha sincera, voltada em boa-fé aos interesses do País e dos leitores, normal por parte de uma publicação que não vende a alma. Por causa disso, fomos apresentados à plateia da casa-grande como “revista chapa-branca”. Talvez fosse conveniente saber a opinião das damas e cavalheiros que se incumbem da distribuição das benesses publicitárias governistas. Aposto em surpresas. A categoria fecha com quem agride o governo, em nome de critérios “técnicos” habilitados a transformar os agressores, estes sim em autênticos chapas-brancas. Ao menos, desse específico ponto de vista, iluminado pelo brilho do dinheiro.

Neste ínterim, deletam-se alegremente os planos do ex-ministro Franklin Martins, democraticamente empenhado em limitar os alcances dos oligopólios midiáticos. Não falta à mudança o pronto aval das piscadelas do ministro Paulo Bernardo, personagem da capa.



Clique aqui para ler: Secom engorda o PIG.

E aqui para ler o Azenha e a publicidade do governo. Viva a Globo!

Fonte: Saite "Convera Afiada" - Jornalista Paulo Henrique Amorim 

DILMA ENFIA LULA PELO GOELA DE EDUARDO !!!

Dilma: Lula nunca se esqueceu de onve veio. E Eduardo ? 


 
Eduardo, temos um encontro em Pernambuco


Na solenidade em Serra Talhada para inaugurar o Sistema Adutor do Pajeú, Dilma mostrou a Eduardo Campos como vai tratá-lo na campanha eleitoral.

Dilma enumerou a longa lista de obras que Lulilma fizeram em Pernambuco.

Falou dos programas diretamente dirigidos aos pobres.

Como o abastecimento de água que inaugurava.

De Suape – a jóia da coroa de Eduardo – em que Lula e Dilma construíram a refinaria Abreu e Lima, a primeira que o Brasil constrói em 30 anos !, e que, em breve, vai produzir 230 mil barris/dia, os estaleiros, e o complexo petroquímico ali em volta.

O mais significativo, porem, foi Dilma reforçar a enfase que Lula deu a Pernambucano – como se dissesse: Eduardo, não venha me dizer que você fez isso sozinho.

E o que tornou o Governo Lulilma diferente foi colocar o povo no centro.

Dilma lembrou que tem lado, que estar ao lado do povo significa ter lado e vai ser muito difícil renegar essa “parceria”, a que ela se referiu muitas vezes.

Dilma tratou Eduardo a pão e água.

Com a distância protocolar que dispensa a um Governador da Oposição.

Quase não falou o nome dele – falou mais em Renata, mulher dele, que ajudou o Governo Federal a montar um programa de creches.

Dilma encheu a bola do Ministro Fernando Bezerra da Integração – aliado de Eduardo, mas que fez um discurso em que elogiou bastante Dilma.

Convocado ao microfone por Dilma, Bezerra anunciou a construção de uma ferrovia que vai cortar Pernambuco.

Ao sair da ligação ferroviária entre Suape (Recife) e Aratu (Salvador), essa nova ferrovia vai a Parnamirim, Petrolina e corta o São Francisco em Juazeiro.

Depois de enquadrar o Benjamin Steinbruch na Transnordestina (o que deve ocorrer breve), Dilma poderá chegar ao eleitor de Pernambuco em 2014 com essa nova obra fundamental, estratégica.

O recado foi claro.

Eduardo, quero ver você trair o que deve a Lula.

E a mim.

E a Arraes, a quem ela citou, como um leão na defesa das causas do povo.

O discurso de Eduardo foi de calorosa oratória anódina.

Citou o avô para falar da seca.

E defendeu o direito de divergir.

Foi massacrado pela Presidenta que subiu no palanque da campanha.

Que avisou: eu tenho o que mostrar ao povo de Pernambuco.

E o Lula vem comigo pro palanque.


Paulo Henrique Amorim

Tenho escárnio por toda publicação da família "civita" !!!


 
Publicado em Sábado, 30 Março 2013 00:16
Escrito por Daniel Pearl
Acesse e divulgue o BLOG DA DILMA - A pretexto de elogiar um "marco civilizatório", revista Veja anuncia que onda de desemprego  pode atingir 20 milhões de trabalhadores nos lares da classe média  nacional; afinal, custará muito caro manter funcionários caseiros; não é verdade; empregados domésticos já têm direito a normas da CLT há mais de 30 anos; apenas houve regulação da jornada máxima de trabalho, para oito horas diárias.

O que nos Estados Unidos, Europa, Japão e qualquer país civilizado – por falar em marco civilizatório – é uma praxe, um costume e um traço cultural transmitidos de geração em geração, com exceções entre os escravocratas derrotados na Guerra da Secessão, a realeza de sangue azul e os samurais com suas gueixas, para a revista Veja é um fardo. Uma humilhação. Um derradeiro rebaixamento. Lavar os próprios pratos, onde já se viu!

Com gravata azul céu, camisa bem cortada e felpuda toalha de rosto caída no ombro sobre o avental vermelho – Veja ainda não descobriu o pano de prato! –, um modelo simulando um personagem de classe média está ensaboando uma louça na qual se come o almoço e o jantar ao lado do título Você Amanhã. No que é chamado de olho no jargão jornalístico – texto curto que vai imediatamente abaixo da frase em destaque --, a publicação carro-chefe do Grupo Abril vaticina o desemprego de milhões de empregados e empregadas domésticas no Brasil, de maneira nem tanto subliminar: "As novas regras trabalhistas das empregadas são (...) um sinal de que em breve as tarefas domésticas serão divididas entre toda a família". A expressão "marco civilizatório" está entre o início e o fim da ameaça.

Em outras palavras, a revista propaga que, em razão da Proposta de Emenda à Constituição aprovada agora pelo Senado, com entrada em vigor na próxima semana, e que finalmente extende direitos trabalhistas básicos aos profissionais que historicamente realizam tarefas domésticas nos domicílios dos outros, seus patrões, ergue-se dentro das casas e apartamentos uma onda de desemprego. Uma onda capaz de afetar o mercado de trabalho de 20 milhões de profissionais.

Veja, com a capa da presente edição nas bancas, chega a um de seus mergulhos ideológicos mais baixos. Uma superação em termos de preconceito, cinismo e terrorismo social. Em oito paginetas, como se diz entre os jornalistas para designar folhas de papel editadas, a revista crava de saída que os serviços domésticos ficarão mais caros. As tarefas do lar terão de ser feitas, em razão do buraco nas contas familiares que a nova legislação indica, pelos donos da casa. Fica subententido que isto seria um retrocesso no modo de vida do brasileiro, uma derrota pessoal e familiar.

As inverdades na tese – é assim que se chama, entre os profissionais da mídia, o viés ideológico de uma reportagem – são muitas. Não é de hoje, mas sim de logo depois da redemocratização do País, nos anos 1980, que as empregadas e empregados domésticos ganharam o acesso à carteira de trabalho assinada, recolhimento de contribuição à Previdência Social e todos os demais direitos trabalhistas estabelecidos no Brasil entre as décadas de 1930 e 1940, já lá se vão mais de 60 anos. O que se aprovou agora foi apenas a regulação da jornada de trabalho, de oito horas diárias, como a de muitas categorias profissionais, e o estabelecimento de vínculo empregatício após a chegada ao limite de uma quantidade mínima de horas dedicadas ao trabalho. Nada assustador. "Um marco civilizatório", como acentuou a própria Veja – porém, para soltar o fantasma do rompimento de antigas relações de lealdade e colaboração.

Nos Estados Unidos do pós-guerra, disseminou-se a cultura entre os casais que protagonizariam o baby boom dos anos 1950 de cuidar de suas próprias casas. Um costume que não existia antes da industrialização do país, herança dos tempos da escravidão. Isso não foi nenhum flagelo. Ao contrário, em lugar de lançar hordas de ascendentes de escravos para as sarjetas das grandes cidades, a ausência do serviço doméstico terceirizado empurrou-os para novas oportunidades de emprego, ajudando a formar um capitalismo socialmente democratizado. À exceção da nobreza, nunca na Europa moderna houve o costume de presença de empregados nos lares. Algo igualmente inadmissível no Japão, a não ser para os samurais do atípico feudalismo local.

No Brasil, praticamente toda a classe média tem empregados domésticos, quer sejam diaristas ou celetistas. As carteiras de trabalho deles estão assinadas há muito tempo. A revolução ao contrário propalada por Veja simplesmente não tem base para existir. Não se quebra um costume cultural e social, tão arraigado, de uma hora para outra, ao sabor da disseminação de temores. O que poderá haver, entre patrões e empregados domésticos, serão ajustes para melhor nas relações do dia a dia de trabalho, com mais respeito aos direitos e deveres de uns e outros.

E além do mais, que mal há em lavar o próprio prato em que se comeu?

Atenção: as palavras em destaques e de outra cor são deste BLOGUEIRO.