segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

sábado, 26 de dezembro de 2015

Os investigadores poupam o PSDB exatamente porque sabem que não contariam com a simpatia da mídia ! ! !

"Hipótese plausível é que os investigadores poupem o PSDB exatamente porque sabem que não contariam com a simpatia da mídia se apertassem o cerco aos tucanos. Conforme deixa claro o juiz Sergio Moro no artigo de 2004 sobre a "mãos limpas" na Itália, a aliança com a imprensa é crucial para o sucesso desse tipo de empreitada. Trata-se de um sistema justiça-imprensa, que aqui tem agido de modo gritantemente seletivo."



         Seletividade

O pagamento de R$ 60 milhões por parte da Alstom, como indenização por uso de propina no mandato do pessedebista Mário Covas em São Paulo (Folha, 22/12), a revelação de que a dobradinha Nestor Cerveró-Delcídio do Amaral remonta ao tempo em que ambos serviam ao governo Fernando Henrique Cardoso (Folha, 18/12) e a condenação do ex-presidente tucano Eduardo Azeredo a 20 anos de prisão (Folha, 17/12), por esquema análogo ao que levou José Dirceu à cadeia em 2012 (condenado à metade do tempo), confirmam que há dois pesos e duas medidas no tratamento que a mídia dá aos principais partidos brasileiros.

Enquanto o PT aparece, diuturnamente, como o mais corrupto da história nacional, o PSDB, quando apanhado, merece manchetes, chamadas e registros relativamente discretos. O primeiro transita na área do megaescândalo, ao passo que o segundo ocupa a dimensão da notícia comum.

Isso não alivia a situação do PT, o qual, como antigo defensor da ética, tinha compromisso de não envolver-se com métodos ilícitos de financiamento. No entanto, o destaque desequilibrado distorce o jogo político, gerando falsa percepção de excepcionalidade do Partido dos Trabalhadores. A salvaguarda do PSDB pelos meios de comunicação reforça a tese de que o objetivo é destruir a real opção popular e não regenerar a República.

Note-se que o acordo feito pela Alstom não inclui os processos "sobre o Metrô, a CPTM e as acusações de que a multinacional francesa fez parte de um cartel que agia em licitações de compra de trens", diz este jornal. Os 60 milhões de reais ressarcidos dizem respeito só ao "contrato de fornecimento de duas subestações de energia". Será que o montante completo dos desvios, caso computado, não chegaria a proporções petrolíferas?

Se a mídia quisesse, de fato, equilibrar o marcador, aproveitaria o gancho para mostrar que juízes, procuradores e policiais, vistos em conjunto, têm sido parciais. Enquanto a máquina investigatória avança de maneira implacável sobre o PT, o PSDB fica protegido por investigações que andam a passo bem lento. Aposto que se uma vinheta do tipo "e o metrô de São Paulo?" aparecesse todo dia na imprensa, em poucas semanas teríamos importantes novidades.

O problema, contudo, pode ser mais grave. Hipótese plausível é que os investigadores poupem o PSDB exatamente porque sabem que não contariam com a simpatia da mídia se apertassem o cerco aos tucanos. Conforme deixa claro o juiz Sergio Moro no artigo de 2004 sobre a "mãos limpas" na Itália, a aliança com a imprensa é crucial para o sucesso desse tipo de empreitada. Trata-se de um sistema justiça-imprensa, que aqui tem agido de modo gritantemente seletivo.

*andré singerAndré Singer É cientista político e professor da USP, onde se formou em ciências sociais e jornalismo. Foi porta-voz e secretário de Imprensa da Presidência no governo Lula.

Postado por Helio Borba no BLOG APOSENTADO INVOCADO

FRASE DA SEMANA ! ! !

“Numa sociedade embriagada pelo consumo, prazer, abundância, luxo, aparência e narcisismo, Jesus nos chama a um comportamento sóbrio, simples, equilibrado, linear, capaz de entender e viver o essencial.”

Jorge Mario Bergoglio, 

o Papa Francisco

nasceu em Buenos Aires, capital da Argentina.


Blog do Zé sai do ar "provisoriamente" ! ! !



BLOG DO ZÉ DIRCEU
UM ESPAÇO
para a discussão sobre o Brasil

Há poucos mais de dez anos nascia o Blog do Zé Dirceu, dentro de uma seção de blogs de colunistas políticos criada pelo portal iG e tendo como pano de fundo as eleições de 2006.

Em seus primeiros posts, Zé Dirceu, injustamente cassado pela Câmara dos Deputados em 2005, na esteira do chamado “mensalão”, comentava temas que seriam recorrentes ao longo dos anos: a imprescindível reforma política com financiamento público de campanha, para acabar com a subordinação do Parlamento aos interesses econômicos; a necessidade de investimentos em infraestrutura para fazer o Brasil crescer; a defesa dos programas sociais do governo Lula para extirpar a miséria; o combate ao rentismo e ao receituário neoliberal para a economia.

Zé Dirceu engajou-se na campanha de 2006 por meio do blog. Sempre apostou na reeleição de Lula, animando a militância. Mas abria pausas em seu discurso político para recomendar, naquele agosto de 2006, em plena polarização eleitoral, o documentário de Sergio Rezende sobre Zuzu Angel, mãe do desaparecido político Stuart Angel e morta em um acidente de carro nebuloso, em plena ditadura.

Nesses dez anos, à exceção dos meses em que esteve preso como réu na ação penal 470, a ação do “mensalão”, e em sua prisão mais recente, desde agosto deste ano, na operação Lava Jato, o blog foi uma atividade diária do político Zé Dirceu, ex-ministro da Casa Civil do primeiro governo Lula. Zé dedicava três a quatro horas diárias para o blog. Recebia o resumo do noticiário gerado na noite anterior, lia os jornais, conversava com pessoas e escrevia. E gostava de comentar tudo. Dos fatos internacionais relevantes à repressão policial nas periferias, alguma dose de cultura e política, sempre política.

O blog, montado pelo trabalho voluntário de um grupo de amigos jornalistas, ganhou peso, expressão e se tornou leitura obrigatória de colunistas e jornalistas políticos, de políticos da base de sustentação do governo e da oposição e de milhares de militantes.

Do trabalho voluntário nos primeiros meses, o blog conseguiu se profissionalizar à medida em que Zé Dirceu consolidava sua atividade profissional. Passou a ser um site com várias sessões, onde se destacaram entrevistas históricas onde ele próprio era o entrevistador.
A primeira entrevista foi com o economista e professor Luiz Gonzaga Belluzzo, em agosto de 2006. Naquele momento, o governo Lula havia consolidado a estabilidade da moeda, ampliado a autonomia externa do país e praticamente zerado a dívida externa do setor público. Na época, ele disse: “Não há desenvolvimento sem a radicalização da democracia. A democracia entendida como a participação das massas. Aqui, no Brasil, há muito democrata que gosta da democracia sem a participação do povo. Quando o povo começa a colocar as mangas de fora, eles começam a achar ruim. Então, essa é a mensagem da Carta e também, ao mesmo tempo em que isso avance, isso se chama consolidação do Estado Democrático de Direito Social. Não há democracia sem ampliação dos direitos sociais. Nós estamos muito atrasados nisso aí”. Poderia dizer hoje, novamente.
Foram dezenas de entrevistados e entrevistadas. Alguns exemplos: Venício Artur de Lima, José Eduardo Dutra, Tânia Bacelar, Ciro Gomes, Zé de Abreu, José Eduardo Dutra, Ermínia Maricato, João Carlos Martins, Delfim Netto, Sergio Amadeu, Daniela Silva, Ligia Bahia, Mário Magalhães, Luís Nassif, Ladislau Dowbor, Nelson Barbosa. O mais recente, antes da reprisão de Dirceu, foi Guilherme Boulos, falando da necessidade de construir uma ampla mobilização social para alterar a relação de forças e impulsionar um novo ciclo de luta de massas no país.
De 2006 até dezembro de 2015 foram cerca de 14 mil posts, 2,5 milhões de leitores únicos, 17, 2 milhões de pageviews. Em todos os posts, à exceção dos períodos de sua prisão, Zé Dirceu sempre deu ritmo ao blog. Quando não escrevia, recomendava, orientava e dizia o que era para publicar.

Sem a tribuna do Parlamento, o blog foi a sua tribuna. Para defender o PT – sem abrir mão das críticas –, defender suas ideias, orientar a militância, animá-la nos momentos dos embates mais difíceis. Foi a tribuna para fazer a sua defesa na ação penal 470, na qual foi condenado sem provas sob a teoria, sacada da algibeira pelo ex-ministro do STF, Joaquim Barbosa, do “domínio do fato”. Para fazer a sua defesa, Zé Dirceu, além da publicidade dada pelo blog, percorreu o Brasil de Norte a Sul, com recursos próprios, ganhos em suas consultorias, reunindo-se com a militância, com políticos, com formadores de opinião. Expunha seus argumentos, suas provas, pois pela mídia tradicional já tinha sido condenado muito antes de qualquer prova.

Foi para fazer sua defesa, pagar os advogados, os profissionais do blog e percorrer o Brasil, que Zé Dirceu se tornou consultor. Com sua biografia, seus contatos em vários países da América Latina e mesmo Estados Unidos e Europa, ele tinha tudo para ser um consultor bem-sucedido. Essas atividades, que envolveram também a prestação de serviços para construtoras que terminaram envolvidas na Operação Lava-Jato, levaram à sua segunda prisão.

Hoje, voltamos ao ponto onde começamos. Desde a prisão do Zé Dirceu, em novembro de 2013, o site vem sendo tocado por um grupo de amigos. Até maio deste ano, foi possível manter dois profissionais contratados, um jornalista e um assistente. De lá para cá, continua no ar graças ao trabalho voluntário. Diante da indefinição de sua situação, de não sabermos quando ele poderá ter direito novamente a se manifestar, nós, os amigos do blog, chegamos à conclusão de que sua atualização diária deve ser interrompida temporariamente.
Não é o fim de uma história. É apenas uma pausa.
E, ao fazer esta pausa, um agradecimento aos nossos leitores e aos seus milhares de comentários, para o bem e para o mal, aos nossos colunistas, aos que deram suas horas de trabalho de forma voluntária. Nos orgulhamos de ter contribuído para o debate político, sempre do ponto de vista da esquerda e da defesa das mudanças ainda necessárias para que o Brasil se torne um país à altura de sua maior riqueza: os brasileiros, as brasileiras, a maioria da população que ainda enfrenta as injustiças geradas por centenas de anos de desigualdade. E tem muitos direitos a conquistar.

"Como eu queria um igreja pobre para os pobres", Papa Francisco ! ! !

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a paz 



“Que os presentes trocados e as festanças em bonanças de ONTEM (25), tenham sido plantadas nos corações dos humanos e que desabrochem como flores capazes de produzir, cada vez mais, sementes da PAZ no ano que se avizinha”
é o desejo deste rapadureiro @ família

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Francisco, o
PAPA
de todos os credos e religiões
LaraBeatriz, minha netinha

sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

Você já acessou o Blog da Helena ? ? ?

Peço à Helena Sthephanowitz LICENÇA para utilizar de suas palavras as que GOSTARIA de escrever.
  

sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

Mensagem do Lula para o blog "Os amigos do Presidente Lula"

Este ano nós da comunidade de leitores, comentaristas, compartilhadores, ativistas e colaboradores da comunidade do blog "Os amigos do presidente Lula" ganhamos um presente especial de Natal.

O presidente Lula gravou uma mensagem comemorativa de mais um ano de aniversário do blog e que compartilhamos com vocês agora:



Nós é que agradecemos o presidente Lula por tudo o que ele é, por tudo o que ele fez e faz pelo povo brasileiro, latino-americano e africano, e por tudo o que ele nos representa.

Um Feliz Natal para todos os amigos leitores, ativistas, guerreiros, tuiteiros, facebookeiros, compartilhadores, que estão na luta por um país e um mundo cada vez melhor e mais justo, onde ninguém seja deixado para trás.

Ela tem o CORAÇÃO de aço ! ! !


Vídeo EMOCIONANTE sobre o Natal ! ! !


quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Um presente de natal ParaTodos ! ! !

Presente de Natal: o vídeo de Paratodos

Meu maestro soberano...



O Blog Conversa Afiada, do jornalista Paulo Henrique Amorim reproduz vídeo indicado pelo amigo navegante Plínio Loy


Mais uma BELA lição do NOSSO poeta MAIOR ! ! !


Como sempre, Chico nos deu uma boa lição
chico-buarque-pb-1.jpg
Entre humanos que relincham e outros capazes de zunir, num comportamento próprio de quadrúpedes morais, mais uma vez Chico Buarque de Holanda assegurou seu lugar na história do Brasil e dos brasileiros.
A cena vista e gravada num fim de noite no Rio de Janeiro é apenas a confirmação recente de que Chico é um artista que sabe qual é seu lugar em cada momento de nossa história.
Comporta-se dessa maneira há meio século, seja através da música, dos versos de gênio, de uma literatura cada vez mais apurada e espetacular. Age assim pela postura política de quem recusa o lugar de artista-mercadoria e sabe responder aos percalços e tragédias da conjuntura histórica com clareza, com valentia e uma auto ironia que o acompanha tanto nas horas agradáveis como nas mais difíceis, como se descobre pelo depoimento de um de seus amigos de “Chico: um artista brasileiro”, documentário que é uma obra prima obrigatória para todo brasileiro preocupado em entender o seu país em 2015.
Mais do que um poeta, um grande escritor recém confirmado, Chico Buarque é uma das raras consciências da nação.   Ajudou e ajuda os brasileiros a entender o país em que vivem. Por qualquer meio utilizado, seus enredos convergem para a defesa das grandes maiorias, a solidariedade diante dos explorados e excluídos.
Sempre denunciou o regime militar, combateu a censura,  a brutalidade covarde da ditadura e o empobrecimento dos anos 1960 e 1970.  Antes e depois da democratização, atuou para defender a primazia dos direitos e interesses dos que não tem direito à palavra, o que explica a importância do pobre, do negro, do explorado, em sua música, na literatura, no engajamento político direto, num tratamento frequentemente solidário e até carinhoso em alguns momentos. Entendeu o ponto de vista mulher, muito antes que se tornasse moda. Defendeu - como o filme mostra num depoimento surpreendente do início da carreira - os direitos de homossexuais quando palavras como veado e bicha eram parte do vocabulário familiar. 
Acima de tudo recusou as clássicas tentativas de acomodação com os interesses do alto, o que se reflete num comportamento que rejeita as vulgaridades típicas que a sociedade contemporânea reservas aos artistas de sucesso – a começar pelo inevitável beija-mão dos ricos e poderosos, entre eles a TV Globo.
Mostrando que aquilo que parece inevitável pode ser evitado, Chico mostrou uma força moral surpreendente no país da dialética da malandragem. Tem compromissos claros. Nunca deixou de ter um lado e sabemos muito bem que lado é este – e é isso, mais do que qualquer outro fator, que explica vários momentos de sua carreira, inclusive a agressão da segunda-feira.   
Atacado, cercado, naqueles movimentos tensos que podem descambar para uma situação fora de controle, Chico soube enfrentar com sorrisos e ironias uma provocação tipicamente fascista. Ouviu expressões inaceitáveis de ódio (“você é um merda, quem apoia o PT é um merda”) e ressentimento (“para quem mora em Paris é fácil”).
Manteve a postura adequada ao dizer que cada um tem direito a liberdade de sua opinião (“eu acho o PSDB bandido. E aí?”). No dia seguinte, ao postar a música "Vai trabalhar, vagabundo", lembrou a matriz moral de uma elite que jamais aceitou pegar no pesado. Três séculos e meio de escravidão nos contemplam. Seu nome é o desprezo pela democracia, a vontade indomável de recuperar privilégio, o desprezo pelos de baixo.
Meses depois da filósofa Marcia Tiburi escrever “Como conversar com um fascista”, Chico Buarque saiu da teoria para o terreno áspero da prática.
A experiência ensina que a bestialidade fascista costuma ser uma ação preparatória para atos de violência física, aberta e escancarada. É uma faísca a espera de uma chama capaz de produzir uma catarse.
Ao contrário de uma briga de rua, dos conflitos entre gangues adolescentes e mesmo guerras por ponto de tráfico, que se equivalem num mesmo universo entre interesses idênticos e apenas concorrentes, a violência fascista pretende assumir sempre um caráter político punitivo. É aí, pela pancadaria sem freios, até selvagem, que tenta produzir um espetáculo para sua ideia de superioridade com direito a prevalecer com base na força bruta.
Simula um discurso de redenção num universo que – de seu ponto de vista aloprado - se tornou incapaz de aceitar indispensáveis remédios civilizatórios. Tenta acobertar a própria brutalidade, de caráter criminoso, a partir de um discurso que busca apontar supostas falhas morais, incorrigíveis, inaceitáveis e vergonhosas, no Outro. Seu discurso tem como destino a morte, numa agressão animalesca que quer fingir que não se trata de pura bestialidade doentia, tentando justificar-se pelas falhas e faltas do Outro. É pura barbárie, mas pretende ser castigo. Quer dar uma lição.
Num flerte que nasceu pela ilusão suicida de que os movimentos fascistas podem ser úteis a um negócio que eu sempre imaginei que precisava da liberdade de expressão para sobreviver, nossos meios de comunicação fizeram um papel vergonhoso. Numa clássica banalização do mal, pois precisam das bestas-feras para alimentar um golpe de Estado disfarçado de impeachment, editaram um noticiário com verbos e palavras que invertem os papéis, transformando a vítima em agressor. É preocupante, quando se recorda a estatura cultural de Chico Buarque de Holanda. Nem ele precisa poupado, ensina-se. Vale-tudo - essa foi a mensagem no dia seguinte.
Quem deu a boa lição foi Chico e isso não surpreende, para quem já assistiu “Chico: um artista brasileiro”. Não vou lembrar, aqui, as inúmeras passagens maravilhosas e diversas cenas pouco conhecidas da biografia de Chico Buarque. Só isso já vale o filme – mas o documentário tem mais. Tem ideias, reflexões.
Fico na principal, que tem a ver com o Brasil de hoje. Num depoimento sobre um país envolvido com um ambiente de desencanto e inconformismo com a economia, a política, a cultura, Chico Buarque formula uma visão indispensável.
Diz que a situação

“piorou porque 
 melhorou”.

Você entendeu: as mudanças e progressos ocorridos num período recente, quando as maiorias conquistaram direitos e garantias impensáveis em qualquer época, mudaram o país de alto abaixo. Mas essas mudanças trouxeram contrapartidas que, do ponto de vista de quem já se encontrava do outro lado da nossa imensa avenida social, nem sempre são confortáveis, muito menos bem vindas. Muitas podiam ser corretas, mas sequer ocorreram como se tinha imaginado. E agora? pergunta o filme.
Falando dos anos de sua juventude, em boas escolas, numa família com vida confortável, Chico responde. Lembra da bossa nova, dizendo que, para seu gosto pessoal, era uma música muito mais agradável do que a fase atual da música brasileira. Admite, contudo, que fala de um ponto de vista de uma determinada elite, com uma certa formação e hábitos próprios de quem habita determinados patamares da pirâmide social.
Deixa claro, com sinceridade, que prefere viver num país onde todos possam expressar a música a seu gosto e a seu estilo – mesmo que isso não seja o mais agradável a seus ouvidos. Essa é a opção.
Você sai do cinema convencido de que, como a maioria das pessoas, Chico tem muitas críticas ao que ocorre no país de hoje. Nem por isso, contudo, perdeu as referências de sua história nem os valores que nos ensinou a preservar – mesmo quando eram impronunciáveis e até malditos. Essa é sua força, seu lugar.
Recusa-se a negociar princípios democráticos em nome do gosto pessoal.

Essa é a lição que se deve aprender.
porPauloMoreiraLeite


ôXENTE, CUIDADO, pois as palavras na cor vermelha constam originariamente no texto, mas os destaques e ênfases são deste BLOGUEIRO.

Célia Rocha, Paulão do PT e Ivens Leão ! ! !

O Deputado Federal Paulão do PT de Alagoas, a Prefeita Célia Rocha e o Secretário Municipal de Meio Ambiente e Saneamento de Arapiraca Ivens Leão lhes DESEJAM  ! ! !


Deputado PAULÃO lhe deseja ! ! !


2015 na tvAFIADA ! ! !

Era uma vez um Golpe
Paulo Henrique dos Santos Amorim

Chico Buarque será cidadão honorário de Minas ! ! !

Chico Buarque será cidadão honorário de Minas Gerais

A solidariedade dos mineiros

chico buarque
Saiu no site do deputado estadual Rogério Correia do PT de Minas Gerais
O deputado estadual Rogério Correia apresentou nesta quarta-feira (23) um requerimento na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), para conceder ao músico, dramaturgo e escritor Francisco Buarque de Hollanda, mais conhecido como Chico Buarque, o título de cidadão honorário de Minas Gerais.

Na noite da última segunda-feira (21), o ícone da cultura popular brasileira foi cercado no Leblon, Zona Sul do Rio de Janeiro, onde reside, por um grupo de jovens que se declararam ‘antipetistas’. Chico, que tem posições políticas assumidamente de esquerda, defendeu o Partido dos Trabalhadores (PT).

Ele saía de um jantar no restaurante Sushi Leblon, localizado na Rua Dias Ferreira, acompanhado do cineasta Cacá Diegues e do escritor e jornalista Eric Napomuceno.

Entre os agressores que o abordaram estava o filho de Alvaro Garnero, empresário paulista. Herdeiro de uma família tradicional, Alvaro se filiou ao PRB e cogitou ser candidato a deputado federal.

No vídeo, de cerca de 2 minutos, um dos jovens grita: “Petista, vá morar em Paris. O PT é bandido”. Em resposta, Chico diz, em tom de voz controlado: “Eu acho que o PSDB é bandido, e aí?”. Apesar da agressividade dos jovens, Chico permaneceu calmo e ironizou a posição política do grupo, dizendo que “com base na revista Veja, não dá para se informar”.

Na noite desta terça (22), o presidente Lula, em sua página no Facebook, se solidarizou com o compositor. “Chico Buarque é um patrimônio da cultura e do povo brasileiro; nosso maior artista, o mais fino intérprete da alma de nossa gente. É admirado, por tudo o que fez e faz na música e na literatura, e respeitado, como cidadão consciente que jamais se omitiu nas lutas pela democracia e justiça social. Um brasileiro com essa trajetória, e que tem no sangue a herança do professor Sérgio Buarque e de dona Maria Amélia, não merece ser ofendido, muito menos por sua coerência. É muito triste ver a que ponto o ódio de classe rebaixa o comportamento de alguns que se consideram superiores, mas não passam de analfabetos políticos. Apesar de vocês, amanhã há de ser outro dia. Receba, querido Chico, nossa solidariedade, sempre.”

Nesta quarta (23), a presidenta Dilma Rousseff também se manifestou contra o ódio e a intolerância sofrida por Chico. “O Brasil tem uma tradição de conviver de forma pacífica com as diferenças. Não podemos aceitar o ódio e a intolerância. É preciso respeitar as divergências de opinião. A disputa política é saudável, mas deve ser feita de forma respeitosa, não furiosa. Reafirmo meu repúdio a qualquer tipo de intolerância, inclusive à patrulha ideológica. A Chico e seus amigos, o meu carinho.”

Também nesta quarta, Chico Buarque se manifestou ironicamente compartilhando a música “Vai trabalhar, vagabundo“, de 1976, clássico de sua obra.