Enquanto Lula e Dilma se preocupavam
com futilidades como tirar dezenas de milhões de
brasileiros da pobreza extrema, em implantar o virtual pleno emprego no país, em fazer a renda média do trabalhador bater recordes sucessivos de crescimento, em levar médicos a regiões em
que muitos nunca foram atendidos por tais profissionais durante toda uma vida,
aqueles que realmente importam neste país foram deixados à míngua.
A crueldade da ditadura lulopetista, porém, ultrapassou todos os limites com o recente aumento do IOF
sobre os gastos dos turistas brasileiros no exterior. Esse governo sádico acaba
de impor mais uma sevícia a essa pobre classe social rica que, lá se
vai mais de uma década, vem sendo submetida a torturas cada vez mais diabólicas
e que agora, para completar, nem pode mais buscar refúgio consumista
em Miami.
Para se refazer das agruras nacionais,
as madames e os doutores podiam ir obter suas bolsas Prada, seus X-Box ou mesmo
um mísero burgundy Henri Jayer de 16 mil dólares em condições monetárias
minimamente aceitáveis. Agora, no entanto, graças à perversidade de Dilma
Rousseff tais condições ficaram insuportáveis.
É um crime de
lesa-pátria, se não de lesa-humanidade. Só porque uma classe social que tem
tanto do que reclamar – não é mesmo? – torrou vinte bilhõezinhos de dólares em
compras de bugigangas no exterior, chegando a desequilibrar as contas externas
do país, a imperadora vermelha baixou uma carga desumana de impostos sobre quem produz.
E o que é pior: para torrar tudo em
programas sociais para uma gentinha que não faz a menor ideia do que são esses
itens tão essenciais a qualquer pessoa com um mínimo de bom gosto.
Mas eis que surge uma heroína, fidedigna
defensora dos pobres e oprimidos ricaços. Essa verdadeira Joana D’Arc dos
Jardins e do Leblon tem nome e profissão. Eliane Cantanhêde, uma simples colunista
de jornal, levantou seu brado retumbante contra a iniquidade lulodilmista.
Quem não leu o grito de indignação
contra a crueldade rubra da presidente da República agora pode conhecer esse
documento histórico que se ombreia à Declaração francesa dos Direitos do Homem
e do Cidadão – muito mais chique do que as declarações de direitos humanos
sucedâneas.
O post, claro, prossegue em seguida,
logo que o leitor tiver ingerido um copo d’água para arrefecer a emoção. Leia o artigo da IDIOTA
Eliane Cantanhêde
Presente de grego no
Natal
BRASÍLIA – Os
viajantes brasileiros deixaram (deixamos) mais de US$ 20 bilhões no exterior
neste ano. No fim das contas vai dar umas cinco vezes mais do que a compra de
caças suecos para renovar a frota da FAB, a serem pagos durante décadas.
Em vez de aquecer a
economia do Brasil, estamos movimentando o comércio e gerando empregos nos
países alheios, sobretudo nos ricos. Miami passou a ser o principal destino da
brasileirada, que volta com malas gigantescas abarrotadas de peças de grife e
todo tipo de bugiganga.
Na versão cor de rosa
do governo, tudo isso é resultado do sucesso: o país está bombando, e os brasileiros
estão cheios de amor para dar e com montanhas de dinheiro para viajar e gastar.
Mas a realidade é outra e tem um nome: preço. Os preços no Brasil estão pela
hora da morte.
Numa tarde em Miami,
sentei para tomar um café e me senti em casa, mas a minha casa é aqui. À mesa
da direita, paulistas; à da esquerda, nordestinos. E havia três moças de Minas.
Todos cheios de sacolas.
Na volta, fiquei
vagando duas horas num shopping em São Paulo à procura de lembrancinhas de
Natal e tudo o que comprei foram dois lencinhos de seda, só para não sair de
mãos abanando. Ah! E gastei R$ 60 de estacionamento num único dia.
Os produtos nacionais
viraram artigo de luxo, os importados custam três vezes mais que nos EUA. Nem
as feiras e o comércio popular escapam. Imagine a aflição da maioria de
trabalhadores ao procurar brinquedos, tênis e roupas para os filhos.
Não foi nenhuma
surpresa saber que o comércio teve seu pior Natal em 11 anos. A surpresa ficou
por conta da reação desvairada do governo: em vez de se preocupar e se ocupar
com os preços internos abusivos, aumentou o IOF e penalizou os cartões de
débito em moeda estrangeira. Falta pão? Suprimam-se os brioches.
Se o brasileiro
ficar, o bicho preço come; se correr, o bicho imposto pega. Obrigada,
presidente Dilma, pelo presente de grego no Natal.
Fonte:
Nota: as palavras em destaques e na cor vermelha são
deste BLOGUEIRO.