O
BRASIL COM FHC E AGORA COM DILMA
divulgação
Uma
Singela Homenagem às anciãs e anciãos do Brasil, tão injustiçados e
incompreendidos
Vivemos tempos sombrios para aqueles que passaram a vida dando de si aos
seus.
O mau exemplo, como de costume, ou talvez “como nunca antes nesse paíz” vem
de cima: as pessoas com mais idade que a média da expectativa de vida dos
brasileiros, não faz muito tempo, foram intimadas a dirigir-se a um posto do
INSS e explicar o que diabos ainda estavam fazendo entre os vivos.
Aprofundo esse tema lá embaixo, para não perder o sentido da singela
homenagem que presto àqueles que deram tanto de si aos seus e deles hoje
recebem tão pouco.
Há meses recebi por e-mail uma belíssima apresentação em PowerPoint que
continha algumas imprecisões ortográficas e gramaticais. Efetivei a devida
retificação e o levei ao ar em um ponto de minha página que acabou ficando
“esquecido”. Vamos revivê-lo?
Em síntese, a apresentação, caprichada com nobres fotos bem trabalhadas,
demonstra com carinho e pedido de compreensão de um pai ou uma mãe a um filho
ou uma filha a partir de demonstrações elementares dos cuidados ternos que
se tem com bebês (trocar-lhes a roupa para que fiquem sempre limpinhos;
segurar-lhes pela mão para que caminhem pois ainda não têm bom equilíbrio;
ler-lhes historinhas pois seus olhos não tem a agilidade necessária à leitura;
alimentá-los com cuidado e carinho, insistindo no quanto a alimentação faz
bem e é necessária e assim por diante) e fica no ar a pergunta: por que agora
que estou velho você nem sempre me trata com a mesma dedicação e cuidados?
Elaborei duas versões, uma para as mães (assinando ao final “Sua Velha”) e
uma para os pais (assinando afinal “Seu Velho”). Desconheço a autoria do
trabalho original. Gostaria de conhecer para poder parabenizar àquela pessoa
pela brilhante idéia que só faço aperfeiçoar um tiquinho e divulgar. Se
alguém descobrir, por gentileza, entre em contato e me avise!
Enfim, já na Terceira Idade eu mesmo, embora solteiro e sem filhos, cuido de
minha mãinha octogenária com o maior respeito, carinho e atenção que sempre
recebi dela e ela merece. Uma HEROÍNA que ficou viúva aos 40 anos de idade,
nunca mais se casou e criou sozinha 5 filhos menores mantendo-nos a todos
juntos e no bom caminho com todas as dificuldades que se tem no Brasil em
casos assim.
Mostrei à mãinha aquela apresentação e as lágrimas em seus olhos me fizeram
compreender que mais gente precisa vê-la e divulgá-la!
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O texto integral da
apresentação é assim:
Amado
filho,
O dia em que este velho não for mais o mesmo, tenha paciência e me
compreenda...
Quando derramar comida sobre minha camisa e esquecer como amarrar meus
sapatos, tenha paciência comigo e lembre-se das horas que passei ensinando-o
a fazer as mesmas coisas.
Se quando conversar comigo, eu repetir os mesmos casos, que você sabe de
sobra como terminam, não me interrompa e me escute. Quando você era pequeno,
para que dormisse, tive que lhe contar milhares de vezes a mesma história até
que você fechasse os olhinhos.
Quando estivermos reunidos e sem querer eu fizer minhas necessidades, não
fique com vergonha. Compreenda que não tenho culpa disso, pois já não as
posso controlar. Pense quantas vezes, pacientemente, troquei suas roupas para
que você estivesse sempre limpinho e cheiroso.
Não me reprove se eu não quiser tomar banho. Seja paciente comigo.
Lembre-se dos momentos em que o persegui e os mil pretextos que inventava
para convencê-lo a tomar banho.
Quando você me vir inútil e ignorante na frente de novas tecnologias que já
não poderei entender, eu lhe suplico que me dê todo o tempo que seja
necessário, e que não me machuque com um sorriso sarcástico.
Lembre-se de que fui eu quem lhe ensinou tantas coisas. Comer, vestir-se e
como enfrentar a vida tão bem como você hoje faz. Isso é resultado do meu
esforço, da minha perseverança.
Se em algum momento, quando conversarmos, eu me esquecer do que estávamos
falando, tenha paciência e me ajude a lembrar. Talvez a única coisa
importante para mim naquele momento seja o fato de ver você perto de mim,
dando-me atenção, e não o que falávamos.
Se alguma vez eu não quiser comer, saiba insistir com carinho. Assim como fiz
com você.
Também compreenda que com o tempo não terei dentes fortes, nem agilidade para
engolir.
E quando minhas pernas falharem por estar tão cansadas, e eu já não conseguir
mais me equilibrar...
…com ternura, dê-me sua mão para eu me apoiar, como eu o fiz quando você
começou a caminhar com suas perninhas tão frágeis.
E se algum dia me ouvir dizer que não quero mais viver, não se aborreça
comigo. Algum dia entenderá que isto não tem a ver com seu carinho ou com o
quanto o amo.
Compreenda que é difícil ver a vida abandonando aos poucos o meu corpo, e que
é duro admitir que já não tenho mais o vigor para correr ao seu lado, ou para
tomá-lo em meus braços, como antes.
Sempre quis o melhor para você e sempre me esforcei para que seu mundo fosse
mais confortável, mais belo, mais florido.
E até quando me for, construirei para você outra rota em outro tempo, mas
estarei sempre com você e zelando por você.
Não se sinta triste ou impotente por me ver assim. Não me olhe com cara de
dó. Dê-me o seu coração, compreenda-me e me apóie como o fiz quando você
começou a viver. Isso me dará forças e muita coragem.
Da mesma maneira que o acompanhei no início da sua jornada, peço-lhe que me
acompanhe para terminar a minha. Trate-me com amor e paciência, e eu lhe
devolverei sorrisos e gratidão, com o imenso amor que sempre tive por você.
Atenciosamente,
Seu Velho
À
memória e lembrança de todas as mães e de todos os pais do mundo
Dica: melhor
clicar com o botão direito do rato ("mouse") e escolher a opção
"salvar como", que fica mais fácil de encontrar depois...
Não hesite em entrar em
contato se tiver dificuldade ou desejar emitir o seu parecer,
combinado? ;)
Divulgue, passe
adiante! Estou seguro de que muita gente se beneficiará com esse texto cuja
autoria, insisto, gostaria muito de conhecer...
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